Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Quanto mais buscamos mergulhar no universo africano, tanto mais nos impactam as descobertas, que não cessam de nos surpreender. Não deveria ser assim, não fosse a longa distância que, desde o pacto colonial, se tem cultivado entre nós.
Alegra-nos, a propósito, saber que as novas gerações terão menos dificuldade, a julgar pela recente conquista de espaço curricular nas escolas brasileiras, acerca do universo africano. A publicação do roteiro temático, publicado no número anterior, há de ser um promissor atestado do que estamos afirmando.
De fato, sob os mais diferentes prismas, a Mãe-África se mostra um precioso tesouro escondido. Aqui, vamos destacar mais um ponto desse vasto e complexo universo: a contribuição dos intelectuais africanos – mulheres e homens -, na área das ciências sociais. Tomemos, desta vez, o caso de SAMIR AMIN, cuja densa obra é conhecida nos mais distintos continentes.
Nascido no Egito, em 1931, já nos anos 50, Samir Amin começava a revelar-se um intelectual respeitado. Tem passagem relevante pelo Mali, pelo Senegal, pela Europa e outras partes do mundo. Dentre sua vasta obras, destacam-se, entre outros textos: La acumulación a escala mundial (1970), El desarrollo desigual (1973), La nación árabe (1976) y La desconexión (1986).
Ainda recentemente, em 2000, por ocasião da realização do Seminário organizado em função das comemorações dos 80 anos do economista Celso Furtado, e dos 40 anos da fundação da SUDENE, esteve em Recife, Samir Amin, juntamente com outros expositores internacionais e nacionais (além do próprio Celso Furtado, Ignacy Sachs, Francisco de Oliveira, Cristovam Buarque…). Em sua exposição, Samir Amin fez um balanço da economia política característica so século XX. De forma bastante fundamentada, passou em revista os principais desafios dos países periféricos em relação à sua emancipação social das forças do Capitalismo.
Como outros bons intelectuais, fiéis aos interesses das classes populares, Samir Amin continua a apostar na união e na organização das forças populares, em âmbito internacional. Não é por acaso, que sempre tem trabalhado como uma equipe de pesquisadores africanos, asiáticos e latino-americanos. Voltaremos a dizer algo mais sobre Samir Amin.
Velho hábito me traz para este espaço ao começar o dia. O prazer de ver o sol raiar.
Uma oportunidade para, mais uma vez, ensaiar alguns passos na direção do bem a alcançar.
Não consigo falar no abstrato, no genérico. Para mim, se trata de chegar um pouco mais perto da felicidade. A plenitude. O ser autêntico.
Para isto, deverei prestar atenção ao que me faz bem. Aquilo que me traz satisfação. O que dá sentido à minha vida.
Isto dá uma orientação aos meus passos. Consistência. Integração com a minha história. O que eu elejo hoje, as minhas decisões de hoje, brotam do chão que percorri.
O que eu quero, o que me faz bem, me orienta e direciona. Não me obrigo a repetir constantemente as mesmas escolhas, sempre. Trato de manter um olhar conectado com o que está aqui.
Vejo que muitas vezes preciso mudar de olhar. Ver as coisas de outra perspectiva. Isto é o que chamo de olhar poético. Deixar que a realidade venha, se mostre, então posso fluir melhor.
Tinha fixado a minha leitura de mundo e de mim mesmo, da minha história, e isto me deixava preso. Posso agora manter a minha integridade, sem necessidade de ficar repetindo sempre as mesmas coisas.
Uma visão fixa esconde o que é. Quando eu deixo a realidade vir, venho com ela. Remoço, renasço, abre-se outra possibilidade.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Dotadas, além de enorme beleza espiritual, cultural, também de tantas riquezas naturais, a terra e as Gentes d’África têm sido alvo e vítimas seculares de incessante cobiça por parte dos Ocidentais, sobretudo das principais potências europeias e Estados Unidos. A sede expansionista de ingleses, franceses, portugueses, holandeses, belgas, italianos, espanhóis, estadunidenses… parece não conhecer limites.
Primeiro, invadem-lhes as terras, sob o curioso pretexto de “descobri-las” e de “cristianizá-las”… De suas terras arrancam o que têm de melhor, a começar de sua Gente. Quantos milhões de africanos foram, durante séculos, arrancados à força, para serem convertidos em máquinas de fazer riquezas para os Ocidentais? A escravidão – que ainda está longe de acabar! – constituiu um negócio fortemente lucrativo para as ex(?)-metrópoles.
O regime de escravidão não se restringiu a escravizar pessoas africanas, apanhadas feito bicho, torturadas e embarcadas nos fétidos “Negreiros”, como mera carga de peças lucrativas. Sucedendo ou associando-se ao tráfico de Africanos e Africanas escravizados no “Novo” Mundo, os Ocidentais passaram a apropriar-se diretamente das terras e das demais riquezas da África, continuando a dizimar, sob múltiplas formas, suas populações e a devastar suas riquezas materiais.
Tantas vezes invadidas pelos ocidentais, não raro em nome do Cristianismo, desde o começo da Modernidade, sempre a serviço dos projetos colonialista e capitalista (hoje sob a roupagem dita neo-liberal), eis que no final do século XIX, os avanços da Geografia prestaram relevantes serviços aos invasores. O formato do mapa da África, elaborado pelos Ocidentais, não deixa de ser emblemático: respeita mais a Geometria do que os próprios acidentes geográficos.
A Geografia e outras ciências e invenções tecnológicas foram — e continuam sendo! — empregadas como instrumento de otimização do saque ocidental às terras e às Gentes d’África.
À semelhança do que, antes, fizeram — e continuam a fazer, com a cumplicidade dos respectivos governantes, inclusive dos nossos! -, em relação às terras e às Gentes pré-colombianas (Que tal refrescar-nos a memória com o livro de Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latina?), sua ambição desmedida e cada vez mais requintada se estende, voraz, ao continente africano. Em sua versão atual, os capitalistas (as transnacionais, o G-7, os organismos multilaterais, com a cumplicidade de quase todos os governos dos países periféricos) cometem o desplante de tentar mascarar esse massacre, por meio de requintes de retórica, tais como “democracia”, “desenvolvimento”/”países em vias de desenvolvimento”, “ajuda ao desenvolvimento” e similares…
Na prática, porém, o que têm feito? Basta conferir alguns resultados básicos do desempenho desses países. A ofensiva dos Ocidentais em terras africanas, com a grave cumplicidade dos governantes locais, tem resultado, a despeito da valentia dos que resistem bravamente ao avanço da barbárie, numa explosão de guerras, de massacres, de golpes de Estado e de ditaduras, incessantes e crescentes crises, aumento de doenças graves (quantos milhões de Africanos vêm sendo dizimados pela AIDS?).
Diante desse quadro dantesco, o quê fazem os senhores das ex(?)-metrópoles, através dos seus organismos multilaterais, a exemplo do FMI e do Banco Mundial? Para responder a essa indagação, vou citar uma pessoa insuspeita, Joseph Stiglitz, ex-vice presidente do Banco Mundial: “Aumentou o abismo entre pobres e ricos, aumentou o número de pessoas vivendo na pobreza absoluta com menos de um euro por dia. Se um país não atende a certos critérios mínimos, o FMI suspende sua ajuda, e, quando o faz, é costume que outros doadores o imitem. Esta lógica do FMI apresenta um problema evidente: implica que, caso um país consiga ajuda para qualquer realização, um país africano não poderá nunca investir esse dinheiro. Se a Suécia, por exemplo, outorgar uma ajuda financeira à Etiópia para construir escolas, a lógica do FMI impõe ao governo desse país conservar esse fundo como reserva, sob o pretexto de que a construção dessas escolas vai acarretar despesas de funcionamento (salários, manutenção de equipamentos) não previstas no orçamento, e vai provocar desequilíbrios nocivos ao país.” (Citação extraída de Ignácio Ramonet. “Un continent em mutation”, Le Monde diplomatique, Février 2005 (http//:www.mondediplomatique.fr). Como se fosse possível o diálogo entre pescoço e guilhotina…
La vida no puede ser cancelada. La realidad no puede ser cancelada. La humanidad no puede ser cancelada.
Que haya quienes quieran implantar la inevitabilidad de lo que nos niega, es otra cosa. Es una lucha diaria, recuperar la noción de sí.
Quién soy yo, de dónde vengo, cuáles son mis valores, qué quiero, mi historia. De aquí viene mi fuerza.
Mi historia es sobre todo, la fuerza mayor de mi vida. Reúne todo y resume todo. Lo que fui capaz de hacer de mí.
Pertenecer a un colectivo en movimiento, restablece mi sensación de acogimiento, seguridad, y aquél sentimiento de que la vida permanece.
No puede ser cancelada.
Mantengo la noción clara de ser parte de una comunidad activa. Este enraizamiento es la base de mi respirar. Mi confianza y la integridad por la que me empeño diariamente, son tarea de una colectividad humanizadora.
Más allá de individualismos y otros tipos de alienaciones que hay por todas partes, hay un resguardo, un refugio seguro.
Es el poder de la pregunta que restablece la unidad de mi vivir. La unidad de mi vida. ¿De dónde viene mi fuerza?
Hoy recordé esta pregunta poderosa y sentí como siento ahora, mi vida devuelta. Mi vida de vuelta. Vida nueva. Recomienzo.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
No existe una consciencia genérica, abstracta, la misma para todas las personas, en cualquier tiempo
Por lo tanto, la consciencia es también cambiante
A menos que seamos conscientes, no se puede decir que estemos, a rigor, vivos, presentes.
La consciencia es una pre-condición, un pré-requisito de la vida
Si no conozco ni me conozco, si no estudio ni investigo ni me indago, si no busco ni tengo objetivos o metas, no se puede decir con certeza, que yo sea humano en la plenitud del término
Ser humano es estar atento, atenta. Estar en movimiento. Construír. Construírse.
Por lo tanto, historia, filosofía, arte, son imprescindibles. Escucha atenta de sí y del mundo. Diálogo.