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Nunca mais

Tenho a minha visão própria e pessoal sobre a ditadura de Videla, bem como sobre os motivos que a moveram.

Contrariamente a outras versões, tenho a impressão de que o golpe, a ditadura e o genocídio, tinham como único e principal objetivo, cancelar definitivamente a possibilidade de um país civilizado.

A exclusão social, que contraria o projeto de país que deveria nortear a ação de governantes e atores sociais, seria sacralizada pelo genocídio perpetrado pela ditadura de 1976-1983.

Argentina seria assim uma eterna terra de ninguém. Um país sem pátria. Um espaço para a exploração sem lei e contra toda lei.

Videla e a quadrilha que perpetrou a carnificina que enluta até hoje a Argentina, foram condenados pela justiça comum.

A ‘guerra’ dos genocidas foi contra a humanidade. Foram condenados por crimes contra a humanidade.

Um povo foi crucificado e tenta ainda se recuperar das sequelas impostas pelo terror da ultradireita.

Manifestações marcam os 48 anos do golpe que instaurou última ditadura militar na Argentina

Neste domingo (24), a organizações de direitos humanos, movimentos populares e partidos de esquerda foram às ruas na Argentina na marcha para homenagear as vítimas da última ditadura no país (1976-1983), instaurada há 48 anos por meio de um golpe civil e militar. Na data é celebrado o Dia da Memória pela Verdade e Justiça, que marca a reivindicação pelo esclarecimento dos crimes cometidos durante o período autoritário e a punição dos responsáveis.

Milhares de pessoas protestam em vários pontos do país, mas a concentração principal é na Plaza de Mayo, em Buenos Aires. Ali milhares de pessoas trouxeram cartazes sobre a importância da memória e rejeitando a negação dos horrores da ditadura, que são discurso habitual do atual presidente Javier Milei. “Memória sim, medo não” e “tudo fica guardado na memória”, eram algumas das frases dos menifestantes.

A presidente da associação Avós da Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, foi a primeira a falar no principal evento do dia. “Hoje é um dia histórico, com mobilizações massivas, e é uma demonstração de que o povo está enfrentando esse governo neofascista. Precisamos fortalecer a unidade e a organização para defender a democracia”, disse ela, diante de milhares de pessoas que se reuniram na Plaza de Mayo.

“Nossos parentes e companheiros estavam lutando por uma sociedade mais justa, igualitária, solidária e soberana. É por isso que eles foram levados. Nós, organizações de direitos humanos, levantamos as mesmas bandeiras no auge do genocídio, quando saímos para enfrentar a ditadura mais sangrenta. E fazemos isso hoje, porque o governo de Milei está vindo para tudo: para nossos direitos, para nossa soberania e para nossa liberdade”, continuou Estela.


Marcha pela Memória, Verdade e Justiça / Belen de Los Santos

A manifestação na Plaza de Mayo foi uma das maiores dos últimos 40 anos de democracia na Argentina. Foi a primeira vez em 40 anos de democracia que o evento ocorreu em um contexto em que o governo nacional nega que tenha havido 30.000 desaparecidos. Javier Milei é o primeiro governo negacionista na história da Argentina.

Taty Almeida, integrante das Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora, logo no início de seu discurso exclamou: “Temos 30 mil motivos para defender a Pátria”. Para ela, é preciso uma forte unidade dos diferentes grupos para defender a democracia e derrotar o ódio. “A unidade das forças políticas e sociais, dos sindicatos e dos movimentos de direitos humanos, dos feminismos e das diversidades deve ser um mandato urgente para organizar a resistência e gerar as alternativas necessárias para acabar com tanto sofrimento”, disse Almeida.

“Vemos no governo de Milei atitudes de extrema crueldade e violência contra aqueles que pensam de forma diferente. Ele nega as contribuições que os movimentos populares, os movimentos de mulheres e as organizações de direitos humanos fizeram ao longo desses 40 anos de democracia. Um governo que não está a serviço do povo, está contra o povo. Reafirmamos nosso compromisso com os direitos humanos que nos afetam diariamente: alimentação, saúde, educação, moradia, cultura e trabalho. E também com as crianças e os jovens. Com a sociedade, o estado e o meio ambiente que deixamos para eles. Devemos fortalecer os valores fundamentais dos direitos humanos, da solidariedade e da proteção coletiva”, concluiu ela.

O ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, também participou do evento central na Plaza de Mayo e destacou que “o governo de Milei e (a vice-presidenta Victoria) Villarruel está executando, de forma brutal e acelerada, o plano de ajustamento mais implacável destes 40 anos de história democrática”.

“Dias depois de tomar posse, implementaram uma desvalorização que significou uma enorme perda de salários e pensões. Pretendem desmantelar o sistema laboral, previdenciário e previdenciário com as piores receitas do neoliberalismo. ajuda. Interromperam a entrega de alimentos às cozinhas populares. É necessário que sejam restauradas imediatamente. É claro: a única coisa que este plano gera são lucros extraordinários para alguns e fome para a maioria. Nos bairros populares há é uma emergência humanitária sem precedentes no nosso país. Lembramos a este governo que deve ter em mente que com ódio, repressão e vingança não se pode construir uma sociedade mais justa e fraterna”, criticou Esquivel.


Mural da memória / Belen de Los Santos

Tensões

A marcha deste ano foi marcada por um clima de tensão na véspera, diante da disputa pelo significado da data. Desde a campanha eleitoral o presidente ultraliberal Javier Milei e sua vice Victoria Vilarruel, contestam os dados oficiais e negam o número de desaparecidos durante o regime de exceção. Na sexta-feira (22), Vilarruel ironizou a mobilização do 24 de março e usou o termo “festejar” para se referir à celebração dessa data trágica na história do país.

“Estamos em um estado democrático, se querem festejar o golpe, vão lá”, disse a vice de Milei. Questionada sobre o uso do termo, ela afirmou que “há claramente uma morbidez” em relação à data, “porque toda a vida da esquerda parece que vai desaparecer se no 24 de março não fizer ser escutada sua mensagem ininterrupta há 40 anos”. Hoje, o governo Milei divulgou um vídeo com o título “Dia da Memória pela Verdade e Justiça”, deturpando informações sobre o período.

Em uma entrevista à rádio Delta, também na sexta, a presidente das Avós da Praça de Maio, principal organizadora da mobilização de domingo, Estela Barnes de Carlotto respondeu à fala da vice-presidente. “Isto não é um festejo, mas sim manter viva a memória, saber o que aconteceu nessas datas para que não volte a acontecer. Não queremos que as novas gerações passem pelo que passamos de ter que procurar nossos filhos e netos devido a uma ditadura feroz”.


Marcha pela Memória, Verdade e Justiça / Belen de Los Santos

Na quinta-feira (21), outra organização que luta pelos direitos-humanos na Argentina, Hijos (Filhos e Filhas pela Identidade e Justiça contra o Esquecimento e o Silêncio), denunciou a agressão sexual e ameaça de morte a uma de suas integrantes, que atribuíram a uma motivação política.

“Estes atos têm uma clara relação com as ações e os discursos de ódio que as autoridades máximas do país expressam cotidianamente e incita a violência contra nós que militamos pelos direitos humanos. Exigimos o imediato esclarecimento do fato por parte do poder judicial e responsabilizamos o governo nacional pelos fatos ocorridos”, diz o comunicado da organização.

Punição dos crimes

Diferente do Brasil, onde os militares que cometeram crimes durante a ditadura (1964-1985) permanecem impunes, na Argentina nove líderes das três primeiras juntas militares que governaram o país após o golpe de Estado de 1976 foram condenados. Os julgamentos de crimes da ditadura no país foram reabertos em 2004 com Políticas de Estado de Memória, Verdade e Justiça no governo de Néstor Kirchner (1950 – 2010).

Em torno de 1.100 repressores foram julgados após a declaração de inconstitucionalidade das leis de proteção:  Lei de Ponto Final (1986), instituída um ano após o primeiro grande julgamento das juntas militares, e lei de Obediência Devida (1987), na qual os feitos cometidos pelos membros das forças armadas não eram puníveis por, supostamente, terem agido em virtude de obediência devida.

48 anos do Golpe

Na madrugada do dia 24 de março de 1976, um golpe de Estado derrubou a presidenta argentina María Estela Martínez, conhecida como Isabelita Perón, que assumiu o poder em 1974, após a morte de seu marido Juan Domingos Perón (1895 – 1974), de quem era vice. O golpe foi comandado por uma junta militar formada pelo general Jorge Rafael Videla, pelo almirante Emilio Massera e pelo brigadeiro Orlando Agostí. A junta militar comandada por Videla dissolveu o Congresso, afastou os juízes e suprimiu as liberdades de imprensa e de expressão no país.

Sob a justificativa de combater a “influência socialista”, os militares instauraram um regime de terror, com sistemática violação dos direitos humanos.

Um ano após o golpe, o jornalista argentino Rodolfo Walsh publicou uma carta em que denunciava as torturas e mortes causadas pela repressão instaurada no país, assim como a piora da qualidade da vida e o aumento da miséria devido à má gestão econômica da junta militar. “O que vocês chamam acertos são erros, os que reconhecem como erros são crimes e o que omitem são calamidades”, escreveu o jornalista na “Carta aberta de um escritor à Junta Militar“.

“O que vocês liquidaram não foi o mandato transitório de Isabel Martínez, mas a possibilidade de um processo democrático onde o povo remediaria males que vocês continuaram e agravaram”, escreveu Walsh.

“A política econômica dessa junta só reconhece como beneficiários a velha oligarquia de grãos, a nova oligarguia especuladora e um grupo seleto de monopólios internacionais encabeçados pela ITT, Esso, empresas automobilísticas, USSteel, Simenes, às quais estão ligados pessoalmente o ministro Martínez de Hoz e todos os membros do seu gabinete”, diz o último texto publicado pelo jornalista. Dias depois da publicação da carta, Walsh se tornou mais um desaparecido pela ditadura militar argentina.

Coordenação internacional da repressão 

A Ditadura Civil Militar na Argentina fazia parte do chamado Plano Condor, uma coordenação repressiva entre as diferentes ditaduras que governavam a América Latina na época (como Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai) e o governo dos Estados Unidos.

Washington estava encarregado de fornecer apoio logístico, propagandístico e econômico por meio do Departamento de Estado dos EUA e da CIA às várias ditaduras para “combater o comunismo”.

Além disso, os EUA foram responsáveis pelo treinamento das forças militares ditatoriais no Instituto do Hemisfério Ocidental para Cooperação em Segurança, mais conhecido como Escola das Américas. Membros das forças armadas latino-americanas aprenderam métodos de tortura, assassinato e repressão em grande escala contra setores sociais que “distribuíam propaganda em favor de grupos extremistas de esquerda ou de seus interesses e simpatizavam com manifestações ou greves”, de acordo com o Manual de Estudos de Contrainteligência da Escola, um documento desclassificado em 1996.


Lenço das mães da Plaza de Mayo / Belen de Los Santos

Edição: Rodrigo Gomes e Rodrigo Durão Coelho

Fonte. Brasil de Fato

Lula sanciona lei que cria o Dia Nacional de Combate à Tortura

Foto: Fernando Frazão/ABr

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.797, que institui o Dia Nacional de Combate à Tortura, a ser celebrado, anualmente, no dia 14 de julho, em todo o país. O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 8 de janeiro.

A iniciativa reforça o compromisso assumido pelo Brasil de tomar medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de outra natureza para prevenção e combate à tortura.

A data remete ao 14 de julho de 2013, quando o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza foi detido e levado para a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, na comunidade da Rocinha. De acordo com a Justiça, ele foi torturado e morto por agentes na sede da Unidade. O corpo não foi encontrado até hoje.

O 14º Ciclo de Levantamento de Informações Penitenciárias, que diz respeito ao primeiro semestre de 2023, localizou 814 incidências do crime de tortura. Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada (IPEA) sobre tortura, 44% das vítimas foram agredidas por agentes de segurança pública, sendo que 31% ocorreram em situações envolvendo estabelecimentos penais e unidades de internação. Abordagens policiais/capturas e interrogatórios com uso da força corporal/espancamentos representam 36%. Ainda não há dados em relação ao processamento por crime de tortura.

O compromisso de combater a prática de atos de tortura em qualquer território sob sua jurisdição foi assumido pelo Estado brasileiro em 1991, quando foi promulgada a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes.

Posteriormente, em 1997, foi publicada a Lei nº 9.455, que define os crimes de tortura e dá outras providências. Em 2007, foi promulgado o Decreto nº 6.085, onde o Brasil se obriga a estabelecer um sistema de visitas regulares efetuadas por órgãos nacionais e internacionais independentes a lugares onde pessoas são privadas de sua liberdade, com a intenção de prevenir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.

Já em 2013, foi publicada a Lei nº 12.847, que instituiu o Sistema Nacional de Prevenção e combate à Tortura, criou o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Em junho de 2023, o Governo Federal reativou o Sistema, que não promovia reuniões desde 2018.

Entre os dias 6 e 7 de novembro de 2023, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania sediou, em Brasília (DF), o 4º Encontro Nacional dos Comitês de Prevenção e Combate à Tortura e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura.

A atividade contou com a participação de 70 pessoas representando os comitês estaduais, membros do Comitê Nacional, integrantes do Mecanismos Estaduais e do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura – além de entidades da sociedade civil atuantes atuam no enfrentamento às violações de direitos em espaços de privação de liberdade.

Plagiadores, atenção!

Tive o trecho de um texto meu plagiado na internet

O autor ainda me informou do seu feito

Colando o site onde copia o texto roubado, sem citar meu nome nem o da revista Consciência, onde o publiquei

Ignoro se me afetou mais o roubo em si mesmo, ou o deboche do elemento que o praticou

Seja como for, avisei que praticou um ato ilegal

E que poderia ter processo judicial por plágio

Silêncio

Impunidade dói. Você lê, pesquisa, estuda, escreve e publica, e um ladrãozinho lhe rouba e ainda lhe faz raiva

Não sei se são resíduos de uma baixeza moral que infelizmente está bastante difundida

O que sei é que se trata de um delito que pode levar a multa e prisão

Eu avisei.

O Brasil está saindo de um longo período de ilegalidade e impunidade. A justiça parece ter acordado, e começa a cumprir o seu papel

Plagiadores, atenção!

Governo Lula une PF, PRF e Forças Armadas no combate ao crime organizado

O presidente Lula assinou, nesta quarta-feira (1º), decreto que estabelece uma operação integrada que unirá Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Forças Armadas no combate ao crime organizado, especialmente às facções que atuam nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Com a medida, o governo federal amplia o apoio que tem dado aos governos estaduais na luta contra as milícias e o tráfico de drogas e armas. Embora o plano tenha sido anunciado dias depois dos ataques realizados no Rio de Janeiro, no último dia 23, ele vinha sendo elaborado havia cerca de quatro meses, inclusive com reuniões entre os governos brasileiro e paraguaio.

“Chegamos a uma situação muito grave, a violência a que temos assistido tem se agravado. Então, resolvemos tomar uma decisão, fazendo com que o governo federal participe ativamente, com todo o potencial que tem, para ajudar os governos dos estados e o próprio Brasil a se livrar do crime organizado, do tráfico de drogas e do tráfico de armas”, afirmou o presidente (assista no vídeo abaixo).

LEIA MAIS: Lula anuncia apoio federal ao Rio no combate a milicianos e traficantes

A operação — pensada em conjunto pelo Ministério da Defesa, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Forças Armadas e Polícia Federal — tem o objetivo de asfixiar a logística das narcomilícias, aumentando significativamente as apreensões de armas, drogas e dinheiro e bens ilegais em três tipos de área: portos e aeroportos, fronteiras com outros países e território marítimo.

 

GLO específica para portos e aeroportos

As ações se concentrarão em três portos — Rio de Janeiro, Santos (SP) e Itaguaí (RJ) — e dois aeroportos — Galeão (RJ) e Guarulhos (SP). Para isso, o presidente assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que permite o trabalho conjunto da Polícia Federal, da Marinha e da Aeronáutica nesses locais, dando às duas forças armadas poder de polícia nesses cinco terminais.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, explicou que esta GLO é diferente de todas as demais adotadas recentemente no país, pois está restrita apenas a áreas que já são de responsabilidade federal.

“Não se trata de uma GLO para bairros, ruas, comunidades etc. Esta GLO está incidindo sobre áreas que já são federais. Então por que a GLO? Porque é o melhor caminho para a ação integrada entre Polícia Federal e as Forças Armadas”, esclareceu Dino.

Já para a atuação conjunta nas áreas de fronteira e no território marinho, a Constituição não exige GLO. Logo, foi apenas definido um novo plano que estabelece uma presença mais intensa da PF, PRF e Forças Armadas nas áreas de fronteira e da PF e da Marinha nas regiões que dão acesso aos portos.

Nas regiões fronteiriças, a ênfase será dada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, estados com maior conexão com o crime organizado de Rio e São Paulo. Já no mar, o foco será a Baía de Guanabara e a Baía de Sepetiba, no Rio; o litoral de Santos; e o Lago de Itaipu (PR).

Modernização tecnológica

O decreto assinado por Lula estabelece ainda o prazo de 30 dias para que seja apresentado o Plano de Modernização Tecnológica. “Esse plano vai detalhar o que as polícias e as Forças Armadas precisam para cuidar de três itens estratégicos no combate ao crime organizado no Brasil: portos, aeroportos e fronteiras”, disse Flávio Dino.

Depois de pronto, o plano será coordenado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. “Foi decidido pelo presidente que sejam feitos todos os esforços necessários para modernizar a Polícia Federal e as Forças Armadas com o que de melhor existir de tecnologia para rastreamento e monitoramento da movimentação de cargas nos portos e aeroportos, e também monitoramento aéreo”, afirmou Costa.

Fonte: PT

(01-11-2023)

Governo lança Programa de Ação na Segurança (PAS) com assinatura dos primeiros atos e medidas na área

Presidente Lula e ministro Flávio Dino oficializam a assinatura de atos relacionados ao controle de armas, combate à violência nas escolas, proteção da região amazônica, repasses financeiros, entre outros

Empenhado em fortalecer a segurança pública em todas as regiões do país, o Governo Federal vem desenvolvendo ações em diferentes áreas de atuação a fim de acurar processos, ampliar investimentos para combater a violência e aprimorar o arcabouço jurídico penal. Para reunir esses esforços, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lançam nesta sexta-feira (21/7), no Palácio do Planalto, o Programa de Ação na Segurança (PAS).

A iniciativa engloba medidas para combater o tráfico de drogas, a violência nas escolas, o crime ambiental e a violência contra mulher; proteger a região amazônica; valorizar profissionais de segurança; apreender armas e munições ilegais; e desenvolver operações integradas entre forças policiais.

Durante a cerimônia, Lula e Dino formalizam a assinatura dos primeiros nove atos no âmbito do PAS. As medidas estão relacionadas ao combate à violência no ambiente escolar, controle de armas, proteção da região amazônica e das fronteiras, repasses financeiros aos estados, valorização dos profissionais da segurança pública e endurecimento de leis envolvendo ataques ao Estado Democrático de Direito.

Os atos envolvem a assinatura de projetos de lei, decretos, termos e portarias e tem como objetivo, em especial, o fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2); a soberania territorial; e o combate a crimes contra crianças e adolescentes e ao crime organizado.

Medidas Assinadas

1. Decreto sobre controle responsável das armas

As principais alterações dizem respeito à redução de armas e munições acessíveis para civis, entre eles caçadores, atiradores e colecionadores; retomada da distinção entre as armas de uso dos órgãos de segurança e as armas acessíveis aos cidadãos comuns; fim do porte de trânsito municiado para caçadores, atiradores e colecionadores; restrições às entidades de tiro desportivo; redução da validade dos registros de armas de fogo; e a migração progressiva de competência referentes às atividades de caráter civil envolvendo armas e munições para a Polícia Federal.

2. Decreto que visa instituir o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano AMAS)

O Plano Amas – Amazônia: Segurança e Soberania visa ao desenvolvimento de ações de segurança pública que observem as necessidades dos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins) para o enfrentamento aos crimes na região, especialmente crimes ambientais e conexos.

Investimento de R$ 2 bilhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Fundo Amazônia, para implantação de estruturas e compra de equipamentos para os estados (viaturas, armamentos, helicópteros, caminhonetes, lanchas blindadas, etc).

Haverá a implementação de 28 bases terrestres e seis fluviais para combater crimes ambientais e infrações correlatas, totalizando 34 novas bases integradas de segurança (PF, PRF e Forças Estaduais). E, também, a implementação da Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública (sede em Manaus) e a estruturação e aparelhamento do Centro de Cooperação Policial Internacional da Polícia Federal (sede em Manaus).

3. Projeto de Lei tornando violência contra escolas crime hediondo

A proposta, sugestão das famílias vitimadas pelo ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), acrescenta o inciso X ao art. 121 do Código de Processo Penal para prever nova espécie de homicídio qualificado, o homicídio cometido no interior de instituições de ensino, com pena de reclusão de 12 a 30 anos.

A pena do homicídio cometido no âmbito de instituições de ensino será aumentada de 1/3 até a metade, se a vítima for pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade. Também será aumentada em 2/3 se o autor for ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela, a exemplo de professores e demais funcionários.

Da mesma forma, propõe-se a criação de um novo crime, denominado “Violência em Instituições de Ensino”, para as situações de lesão corporal praticada no interior dessas instituições, com pena de detenção de três meses a três anos. Em casos de lesão corporal grave, gravíssima, lesão corporal seguida de morte ou quando o crime for cometido contra pessoa com deficiência, a pena seria aumentada em 1/3.

Por fim, haverá alteração na Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, a fim de que tanto o homicídio cometido no interior de instituições de ensino quanto a violência em instituições de ensino (de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte) sejam considerados crimes hediondos. No crime hediondo, o condenado não tem direito a fiança, é insuscetível de graça, indulto ou anistia e liberdade provisória, além de ter progressão de regime mais lenta.

4. PACOTE DA DEMOCRACIA | Projeto de Lei que autoriza apreensão de bens, bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros nos casos de crimes contra o Estado Democrático de Direito

A proposta acrescenta o artigo 144-B ao Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). Nos casos em que houver indícios suficientes de autoria ou de financiamento de crimes contra o Estado Democrático de Direito juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou da União, nos casos de prejuízo ao seu patrimônio, ou mediante representação da autoridade policial, ouvido o Ministério Público, poderá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, pessoas, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.

Com o Projeto de Lei, espera-se fortalecer os instrumentos jurídicos disponíveis para ação dos danos derivados dos crimes contra a soberania nacional, contra as instituições democráticas, contra o funcionamento das instituições democráticas no processo eleitoral e contra o funcionamento dos serviços essenciais.

5. PACOTE DA DEMOCRACIA | Projeto de Lei que aumenta penas aos crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito

A proposta altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código de Processo Penal), para aperfeiçoar o art. 359-L e o art. 359-M e para dispor sobre as causas de aumento aplicáveis aos crimes contra o Estado Democrático de Direito. Prevê pena de reclusão para quem cometer crimes contra o Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado:

  • De 6 a 12 anos para quem organizar ou liderar movimentos antidemocráticos;
  • De 8 a 20 anos para quem financiar movimentos antidemocráticos;
  • De 6 a 12 anos, mais pena correspondente à violência, para crimes que atentem contra a integridade física e a liberdade do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Presidente do Senado Federal, do Presidente da Câmara dos Deputados, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Procurador-Geral da República, com fim de alterar a ordem constitucional democrática;
  • De 20 a 40 anos para crimes que atentem contra a vida das autoridades citadas acima, com fim de alterar a ordem constitucional democrática.

Em caso do crime ser cometido por funcionário público, há a perda automática do cargo, função ou mandato eletivo. Também há proibição da pessoa física contratar com o Poder Público e de obter subsídios, subvenções, benefícios ou incentivos tributários. Inclui também a possibilidade de suspensão de direitos de sócio e de administrador, enquanto perdurarem subsídios, subvenções ou benefícios ou incentivos tributários nos casos em que o condenado participar de sociedade empresária por decisão judicial motivada.

Os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, que culminaram em gravíssimos danos contra os Poderes do Estado e ao patrimônio público, demonstraram que o tratamento penal aos crimes contra o Estado Democrático de Direito precisa ser mais severo a fim de que sejam assegurados o livre exercício dos Poderes e das instituições democráticas, o funcionamento regular dos serviços públicos essenciais e a própria soberania nacional.

Por essa razão, com o Projeto de Lei, espera-se fortalecer tanto a finalidade retributiva da pena (repressão proporcional à gravidade do ilícito penal), quanto o caráter preventivo, reforçando seu poder intimidativo sobre os destinatários da norma, bem como reafirmando a existência e eficiência do direito penal brasileiro.

6. Termo de Autorização para antecipação do repasse de R$1.009.563.054,00 do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para os estados

Os valores a serem repassados do Fundo Nacional de Segurança Pública para os Estados dizem respeito ao exercício 2023. A primeira metade dos valores será paga em agosto e o restante será quitado até o fim do ano de 2023.

Rateio do Fundo Nacional de Segurança Pública

UF

% do FNSP

Rateio final

São Paulo

4,1675

R$ 42.073.540,28

Minas Gerais

3,9354

R$ 39.730.344,43

Pará

3,9109

R$ 39.483.001,48

Rio de Janeiro

3,8767

R$ 39.137.730,91

Bahia

3,8728

R$ 39.098.357,96

Rio Grande do Sul

3,8655

R$ 39.024.659,85

Paraná

3,8576

R$ 38.944.904,37

Amazonas

3,8292

R$ 38.658.188,46

Rondônia

3,8246

R$ 38.611.748,56

Ceará

3,8196

R$ 38.561.270,41

Maranhão

3,8158

R$ 38.522.907,01

Pernambuco

3,8084

R$ 38.448.199,35

Acre

3,808

R$ 38.444.161,10

Roraima

3,8048

R$ 38.411.855,08

Amapá

3,8032

R$ 38.395.702,07

Santa Catarina

3,5

R$ 35.334.706,89

Mato Grosso do Sul

3,5

R$ 35.334.706,89

Mato Grosso

3,5

R$ 35.334.706,89

Goiás

3,5

R$ 35.334.706,89

Paraíba

3,5

R$ 35.334.706,89

Alagoas

3,5

R$ 35.334.706,89

Sergipe

3,5

RS 35.334.706,89

Piauí

3,5

R$ 35.334.706,89

Rio Grande do Norte

3,5

RS 35.334.706,89

Tocantins

3,5

R$ 35.334.706,89

Espírito Santo

3,5

RS 35.334.706,89

Distrito Federal

3,5

R$ 35.334.706,89

TOTAL

100

RS 1.009.563.054,00

7. Repasses no valor de R$ 170 milhões para o Programa Escola Segura a 24 estados e Distrito Federal e a 132 municípios habilitados no edital Escola Segura, lançado em abril  – relativos ao edital Escola Segura

Os projetos habilitados e que serão financiados pelo edital envolvem medidas preventivas das patrulhas/rondas escolares das polícias militares ou das guardas civis municipais, cursos de capacitação para profissionais da área de segurança e cursos que contemplem o acolhimento, escuta ativa e encaminhamento para a rede de proteção às crianças e adolescentes, além de pesquisas e diagnósticos, bem como fortalecimento da investigação e monitoramento cibernéticos.

Edital Programa Escola Segura – REPASSES

Proposta

UF

Município

Valor de Repasse

1

8069/2023

MG

R$    2.998.097,85

2

8070/2023

GO

R$    2.991.481,00

3

8212/2023

PI

R$    2.979.361,15

4

8262/2023

AM

R$    2.886.183,17

5

8199/2023

PE

R$    2.994.763,73

6

8248/2023

PR

R$    2.933.333,26

7

8244/2023

RN

R$    3.000.000,00

8

8073/2023

MS

R$    2.984.762,99

9

8227/2023

SC

R$    3.000.000,00

10

8261/2023

SP

R$    2.955.000,00

11

8159/2023

BA

R$    2.999.998,56

12

8124/2023

RO

R$    3.000.000,00

13

8076/2023

SE

R$    3.000.000,00

14

8271/2023

TO

R$    3.000.000,00

15

8071/2023

AL

R$    2.968.550,00

16

8075/2023

AP

R$    2.898.000,00

17

8130/2023

RJ

R$    2.999.929,12

18

8243/2023

MT

R$    2.986.121,62

19

8213/2023

PB

R$    2.997.730,00

20

8267/2023

RR

R$    2.999.700,00

21

8191/2023

RS

R$    3.000.000,00

22

8077/2023

PA

R$    2.378.000,00

23

8174/2023

MA

R$    3.000.000,00

24

8078/2023

CE

R$    2.973.415,16

25

08074/2023

DF

R$    3.000.000,00

26

12612/2023

MA

CAXIAS

R$    1.000.000,00

27

12754/2023

MA

CHAPADINHA

R$        968.944,84

28

13741/2023

SP

SANTO ANDRE

R$        975.090,60

29

16152/2023

SP

SERRANA

R$        368.262,74

30

12750/2023

SP

GUARULHOS

R$        970.200,00

31

12852/2023

SP

FRANCO DA ROCHA

R$        914.082,78

32

13417/2023

MS

CAMPO GRANDE

R$        840.000,00

33

12801/2023

RN

NATAL

R$        937.140,00

34

15026/2023

SP

VARZEA PAULISTA

R$        561.600,00

35

16858/2023

SP

CORDEIROPOLIS

R$        979.000,00

36

17010/2023

SP

CABREUVA

R$        552.237,88

37

14722/2023

SP

DIADEMA

R$        931.872,88

38

16959/2023

RN

VERA CRUZ

R$        974.960,21

39

17005/2023

AL

SAO MIGUEL DOS CAMPOS

R$        615.205,27

40

17327/2023

PE

CAMARAGIBE

R$        574.000,00

41

12620/2023

PR

ARAPONGAS

R$        399.263,00

42

13668/2023

MS

DOURADOS

R$    1.000.000,00

43

13704/2023

MG

SETE LAGOAS

R$        641.820,28

44

16963/2023

PE

SERRA TALHADA

R$        243.877,16

45

13764/2023

RJ

PARACAMBI

R$        518.373,47

46

14540/2023

SP

LOUVEIRA

R$        733.945,27

47

17487/2023

SP

MOGI DAS CRUZES

R$        769.700,00

48

12474/2023

MA

LAGO DA PEDRA

R$        465.000,00

49

13079/2023

SP

SAO PAULO

R$        832.080,69

50

13702/2023

PR

FOZ DO IGUACU

R$        891.155,00

51

14439/2023

SP

PEDREIRA

R$        987.541,86

52

15043/2023

PE

RECIFE

R$        954.300,44

53

15757/2023

SP

JUNDIAI

R$    1.000.000,00

54

17535/2023

SP

ITAQUAQUECETUBA

R$        956.934,00

55

12589/2023

PR

CAMPINA GRANDE DO SUL

R$        467.310,00

56

12861/2023

CE

CANINDE

R$        905.717,69

57

13290/2023

RJ

SAO GONCALO

R$        811.516,67

58

14182/2023

BA

ITARANTIM

R$        489.985,13

59

14959/2023

RJ

PARATI

R$        422.000,00

60

15656/2023

RJ

SANTO ANTONIO DE PADUA

R$        320.000,00

61

16197/2023

SP

PIRACICABA

R$        976.617,71

62

16398/2023

SP

CAMPINAS

R$        799.191,72

63

17012/2023

SP

PORTO FERREIRA

R$        293.135,24

64

17722/2023

SP

CAJAMAR

R$    1.000.000,00

65

12505/2023

SP

LIMEIRA

R$        900.000,00

66

12564/2023

SP

AMERICANA

R$    1.000.000,00

67

12743/2023

PR

CURITIBA

R$        982.617,87

68

15535/2023

PI

ALTOS

R$        468.125,93

69

12460/2023

PR

TOLEDO

R$        988.839,32

70

12478/2023

PE

CARUARU

R$        943.579,72

71

12552/2023

RJ

QUATIS

R$        813.091,10

72

12563/2023

ES

VILA VELHA

R$    1.000.000,00

73

14027/2023

PR

SAO JOSE DOS PINHAIS

R$        432.183,03

74

14451/2023

SP

RIBEIRAO PRETO

R$        826.485,00

75

15115/2023

MG

JUIZ DE FORA

R$        787.480,93

76

17593/2023

MG

ANDRADAS

R$        420.000,00

77

12753/2023

AL

PILAR

R$        369.461,66

78

13600/2023

GO

JATAI

R$    1.000.000,00

79

14672/2023

PR

LONDRINA

R$        988.310,42

80

15634/2023

PR

SARANDI

R$        731.800,20

81

15765/2023

SP

SANTOS

R$        859.320,00

82

15787/2023

MG

PIRAPORA

R$        695.053,32

83

16153/2023

SP

PIRACAIA

R$        969.790,80

84

16161/2023

SP

SUZANO

R$        968.566,64

85

16406/2023

SP

SAO JOSE DO RIO PRETO

R$        500.000,00

86

16957/2023

SP

JANDIRA

R$        406.138,34

87

17117/2023

RJ

TERESOPOLIS

R$        520.776,46

88

17686/2023

PE

ALTINHO

R$        921.939,84

89

12520/2023

SP

SAO CARLOS

R$        977.899,83

90

12555/2023

SP

SOROCABA

R$    1.000.000,00

91

12558/2023

RJ

MIGUEL PEREIRA

R$        991.765,38

92

16753/2023

MA

ANAPURUS

R$        787.766,32

93

17365/2023

CE

MARACANAU

R$        975.550,00

94

17627/2023

MG

BELO HORIZONTE

R$        986.436,25

95

12579/2023

TO

ARAGUAINA

R$        764.627,90

96

12604/2023

RJ

QUEIMADOS

R$        700.000,00

97

12621/2023

RS

SAO LEOPOLDO

R$        950.081,29

98

12632/2023

SP

TABOAO DA SERRA

R$        800.130,98

99

17623/2023

SP

GUARUJA

R$        515.196,00

100

12461/2023

PR

MARINGA

R$        972.015,02

101

12481/2023

SP

ARACATUBA

R$        210.870,00

102

12637/2023

SP

CAMPO LIMPO PAULISTA

R$        715.826,24

103

12657/2023

GO

APARECIDA DE GOIANIA

R$        575.135,76

104

12858/2023

SP

ITAPEVA

R$        482.872,13

105

13206/2023

PR

CAMPO LARGO

R$        980.000,00

106

13559/2023

SP

ARACOIABA DA SERRA

R$        771.747,67

107

14206/2023

SP

BOITUVA

R$        988.134,00

108

14209/2023

SP

ITU

R$        950.478,15

109

14815/2023

RJ

ITABORAI

R$        808.631,53

110

15693/2023

AP

MACAPA

R$    1.000.000,00

111

16172/2023

RS

CACHOEIRINHA

R$        389.516,54

112

16952/2023

RN

CEARA-MIRIM

R$        999.600,00

113

16958/2023

MA

CODO

R$        626.900,91

114

17186/2023

PE

IGARASSU

R$        919.812,52

115

17481/2023

ES

CARIACICA

R$        974.338,41

116

17608/2023

MA

RAPOSA

R$        325.000,00

117

13695/2023

MS

CORUMBA

R$        975.244,13

118

17231/2023

CE

FORQUILHA

R$        452.758,95

119

17334/2023

SP

CAIEIRAS

R$        272.012,28

120

17670/2023

MA

SAO LUIS

R$    1.000.000,00

121

13348/2023

SE

ARACAJU

R$        937.682,30

122

13923/2023

SP

APIAI

R$        400.000,00

123

17241/2023

SP

MAIRIPORA

R$        664.729,12

124

17471/2023

SE

LAGARTO

R$        920.000,00

125

12656/2023

RS

CANOAS

R$        989.921,19

126

12588/2023

SC

FLORIANOPOLIS

R$        848.190,13

127

15033/2023

SP

POTIRENDABA

R$        699.838,00

128

12635/2023

BA

LUIS EDUARDO MAGALHAES

R$        463.483,97

129

17717/2023

PE

OLINDA

R$        776.257,88

130

14637/2023

RJ

CAMPOS DOS GOYTACAZES

R$        998.055,10

131

12462/2023

RJ

SAO JOAO DA BARRA

R$        279.713,34

132

12853/2023

CE

FORTALEZA

R$        853.726,50

133

12456/2023

SP

ITARARE

R$        159.900,00

134

12472/2023

PR

MATINHOS

R$        759.240,00

135

12570/2023

ES

LINHARES

R$        900.000,00

136

12648/2023

MA

LAJEADO NOVO

R$        300.000,00

137

12842/2023

SP

TAUBATE

R$        588.500,00

138

12931/2023

BA

COCOS

R$        494.630,34

139

12934/2023

BA

CORRENTINA

R$        494.930,34

140

13061/2023

BA

CAMACAN

R$        539.517,60

141

13076/2023

AM

PRESIDENTE FIGUEIREDO

R$        942.332,36

142

13528/2023

SP

PINDAMONHANGABA

R$        570.000,60

143

14912/2023

MG

IPATINGA

R$        698.424,86

144

14932/2023

SP

ITANHAEM

R$        651.037,42

145

15058/2023

SP

SANTA FE DO SUL

R$        199.800,00

146

15319/2023

SP

IRACEMAPOLIS

R$        266.429,98

147

15632/2023

RJ

NOVA IGUACU

R$        998.400,60

148

15673/2023

SP

COTIA

R$        987.604,99

149

16032/2023

CE

RUSSAS

R$        997.694,68

150

16296/2023

RS

NOVO HAMBURGO

R$        720.440,30

151

16318/2023

CE

SOLONOPOLE

R$        645.572,03

152

16537/2023

BA

FATIMA

R$        222.069,52

153

16542/2023

SP

ITAPOLIS

R$        200.000,00

154

17116/2023

MG

PATROCINIO

R$        716.010,00

155

17128/2023

PR

MAUA DA SERRA

R$        205.000,00

156

17146/2023

PR

QUATRO BARRAS

R$        467.310,00

157

17465/2023

PE

CAMOCIM DE SAO FELIX

R$        442.092,67

TOTAL

169.298.934,73

8. Portaria da Polícia Federal que dispõe sobre a expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISEs) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs).

A portaria autoriza a instalação de cinco novos GISEs nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Ceará e Santa Catarina, passando de 15 para 20 unidades ao todo no país. Esses grupos são constituídos exclusivamente por policiais federais e regem-se pelas seguintes diretrizes: a) utilização de recursos e meios investigativos extraordinários; b) descapitalização das organizações criminosas com apreensão e sequestro de bens de alto valor econômico; c) investigação de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes, direta ou indiretamente, dos crimes apurados; d) prisão de lideranças e de integrantes de alto valor estratégico para as organizações criminosas; e) cooperação internacional; e f) capacitação contínua.

A medida também autoriza a instalação de 15 novas FICCOs, passando de 12 para 27 unidades. Esse tipo de agrupamento existe atualmente em 12 estados (CE, PB, RN, AC, AP, ES, GO, MG, MT, PE, PI, RR) com a presença de forças policiais estaduais e coordenadas técnica e operacionalmente pela Polícia Federal, com apoio orçamentário e financeiro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O investimento adicional será de R$ 100 milhões.

9 – Edital de Chamamento Público para seleção de projetos culturais no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci 2

Lançamento do edital de chamamento público do Fundo de Direitos Difusos para seleção de projetos, conduzidos por Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que visem fomentar as manifestações culturais que promovam a reparação de danos e de direitos das populações em territórios com altos índices de violência e vulnerabilidade social. O valor total do edital é de R$ 30 milhões destinado aos 163 municípios prioritários do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci 2.

Fonte: Governo do Brasil. Presidência da República
(21-07-2023)

Como colaborar para a manutenção da ordem social e política?

Como ajudar a refazer o tecido social, a solidariedade, o amor e a justiça?

São perguntas grandes e miúdas ao mesmo tempo.

Cada um de nós, cada uma, sabe o que fazer.

Não estamos aqui para prescrever comportamentos ou linhas de ação.

Apenas queremos lembrar de algo básico:

Todas e todos, todes, temos alguma responsabilidade para que o mundo em que vivemos seja mais  digno de ser vivido.

Mais seguro e prazeroso, mais propício para o desenvolvimento de uma vida humana em plenitude.

O poder público, as instituições tem uma grande responsabilidade na execução de políticas públicas includentes, na implementação da justiça social, na preservação e defesa da vida.

Distribuir riqueza e oportunidades, abrir as portas para que entrem aquelas pessoas que o sistema deixa de fora.

Mas a cidadania como um todo tem um papel crucial para que a ordem social esteja de fato apoiada nos valores superiores, e não na cobiça, na ambição de poder, nem menos ainda o ódio ou a raiva.

Lembremos que acabamos de sair de um período absurdo e anômalo, em que o governo federal estava nas mãos da delinquência nazifascista.

Cuidemos da democracia recuperada.

Iniciativas pessoais e comunitárias, familiares e próximas, devem ser um espaço a ser ocupado para que brote o melhor de nós!

A palavra certa

Ontem à noite, assistindo ao Jornal Nacional, não pude evitar a revolta.

Os terroristas e as terroristas de 8 de janeiro eram chamados e chamadas de “manifestantes”. Não terroristas, mas manifestantes.

Não é novidade a tarefa deliberada de confundir, ou tentar confundir, usando palavras equívocas.

A reportagem era também sobre militares que foram ouvidos a respeito do ataque à Praça dos Três Poderes.

No meio das notícias, nova reprodução das imagens das hordas fascistas atacando e destruindo os edifícios públicos.

Não acredito que seja eu a única pessoa revoltada com esta ação “jornalística” que mais uma vez falta com a verdade.

As coisas têm nome. Atacar as instituições é ataque às instituições, não é “manifestação.” O Brasil pagou um preço muito caro pelo uso equivocado das palavras, deliberadamente.

Ladrões prendendo Lula inocente. Corruptos validando eleições ilegítimas que empossaram alguém sem qualquer qualidade positiva, um defensor das armas, não dos livros nem da vida.

Saiba o que diz e o que ouve. Pense por si mesmo e por si mesma. Não acredite em qualquer coisa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Advertência

O nazismo, como é sabido, não é meramente uma ideologia. É uma negação da humanidade. É a pregação e a prática da destruição do que nos constitui como pessoas.

O combate ao nazismo e às suas versões tais como o neonazismo e certos fundamentalismos, deve prosseguir. O Brasil foi governado por um presidente e apoiadores, apoiadoras, que não escondiam a sua afinidade com este pensamento e ação destrutivos.

Negação da ciência. Pregação da morte e do armamentismo. Com a redemocratização, estes delitos voltam a ser combatidos. É importante que as pessoas compreendam que não há nada acima da vida.

Não existe um valor superior à vida humana. A vida em todas as suas manifestações. Se por acaso você segue esta falsa filosofia da supremacia branca, o racismo, a xenofobia, saiba que estará sujeito e sujeita às penalidades da lei. Voltou a democracia. Volta a justiça. Lentamente, a justiça está voltando.