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Memoria de la victoria

Difícil mantenerme lejos de este espacio. Un lugar con historia. Identidad.

Pertenecimiento. Acogimiento. Proyección.

Solidaridad. Consciencia es esto y mucho más.

Cosas que descubrimos al darnos las manos.

Al ver lo que nos une más allá de las diferencias.

Lo que crece en la diferencia. Educación libertadora. Arte y cultura.

Memoria de la victoria.

Traços da Mãe África: Em busca de nossas raízes XIII

Quanto mais buscamos mergulhar no universo africano, tanto mais nos impactam as descobertas, que não cessam de nos surpreender. Não deveria ser assim, não fosse a longa distância que, desde o pacto colonial, se tem cultivado entre nós.

Alegra-nos, a propósito, saber que as novas gerações terão menos dificuldade, a julgar pela recente conquista de espaço curricular nas escolas brasileiras, acerca do universo africano. A publicação do roteiro temático, publicado no número anterior, há de ser um promissor atestado do que estamos afirmando.

De fato, sob os mais diferentes prismas, a Mãe-África se mostra um precioso tesouro escondido. Aqui, vamos destacar mais um ponto desse vasto e complexo universo: a contribuição dos intelectuais africanos – mulheres e homens -, na área das ciências sociais. Tomemos, desta vez, o caso de SAMIR AMIN, cuja densa obra é conhecida nos mais distintos continentes.

Nascido no Egito, em 1931, já nos anos 50, Samir Amin começava a revelar-se um intelectual respeitado. Tem passagem relevante pelo Mali, pelo Senegal, pela Europa e outras partes do mundo. Dentre sua vasta obras, destacam-se, entre outros textos: La acumulación a escala mundial (1970), El desarrollo desigual (1973), La nación árabe (1976) y La desconexión (1986).

Ainda recentemente, em 2000, por ocasião da realização do Seminário organizado em função das comemorações dos 80 anos do economista Celso Furtado, e dos 40 anos da fundação da SUDENE, esteve em Recife, Samir Amin, juntamente com outros expositores internacionais e nacionais (além do próprio Celso Furtado, Ignacy Sachs, Francisco de Oliveira, Cristovam Buarque…). Em sua exposição, Samir Amin fez um balanço da economia política característica so século XX. De forma bastante fundamentada, passou em revista os principais desafios dos países periféricos em relação à sua emancipação social das forças do Capitalismo.

Como outros bons intelectuais, fiéis aos interesses das classes populares, Samir Amin continua a apostar na união e na organização das forças populares, em âmbito internacional. Não é por acaso, que sempre tem trabalhado como uma equipe de pesquisadores africanos, asiáticos e latino-americanos. Voltaremos a dizer algo mais sobre Samir Amin.

 

João Pessoa, novembro de 2005

Círculo de escucha “El cuerpo grita lo que la boca calla”

Los círculos de escucha son espacios de encuentro en los que podés abrirte sin ser criticado/a ni juzgado/a. Podés hablar de lo que te aflige, y también celebrar tus victorias y conquistas.

Se desarrollan siguiendo la metodología de la Terapia Comunitaria Integrativa, una tecnología de cuidado orientada al aumento de la autoestima y la construcción de vínculos sociales.

Se realizan el quinto domingo del mes, y son gratuitos.

Hablar de nuestras emociones nos permite aliviar el sufrimiento, y al mismo tiempo, nos ayudan a ver que no estamos solos ni solas. Hacemos amistades y ganamos confianza para seguir adelante.

La TCI se ha expandido en todo el mundo de habla española, ayudando a que muchas personas mejoren su calidad de vida.

Este es el enlace para participar: https://us02web.zoom.us/j/625753071?pwd=UEZWeU93Vi9xMVc2RGVBTzVOS0VWQT09

Fuente: Red de Terapia Comunitaria Integrativa en Español

Traços da Mãe África: Em busca de nossas raízes VI

Do multifacetado terreno cultural africano, focalizamos, desta feita, alguns aspectos do seu universo literário, buscando compreender as condições da produção literária e dos seus artesãos e artesãs da pena.

Estamos interessados em conhecer como, em terras africanas, se exercita a arte de escrever. Que áreas de conhecimento são mais trabalhadas na produção literária? Que gêneros literários predominam? Que temas são abordados? Quais as inquietações e os valores dominantes? Do vasto leque de seus representantes – mulheres e homens – quais os que hoje e aqui destacamos?

Nunca é demais insistir, junto aos leitores e leitoras, sobre os riscos de se pretender uma panorâmica satisfatória da produção literária nesse gigantesco e multissecular continente. Contentemo-nos com aflorar alguns elementos.

O que se segue corresponde, por conseguinte, apenas a um primeiro esforço de perfilar algumas das figuras africanas que se têm destacado como produtoras literárias (de romances, de contos, de novelas, etc), com o intuito de estimular a leitura desses autores e autoras, conforme as preferências do leitor, da leitora.

Comecemos por apontar uma inquietação. Em nossa breve incursão, um primeiro cuidado a tomar, diz respeito a superar a tendência a uma folclorização da Literatura produzida por escritores e escritoras da África. Ávidos de conhecimentos e detalhes sobre o assunto, poderíamos sucumbir a uma leitura reducionista da produção artístico-literária dos autores e autoras africanos, de tal sorte a pretender que tal produção se restrinja tão-somente ao universo africano. Há, sim, como em qualquer parte do mundo, contos, romances, novelas, a focalizar gentes e coisas específicas dÁfrica. Assim como há, também, temas literários abordando desafios da condição humana, dentro ou fora do continente africano.

Cometeremos uma leitura reducionista e preconceituosa caso esquecêssemos desse “detalhe”… Dificilmente isto sucederia em relação à leitura que fazemos de ocidentais, cujos escritos, não raro, incorporamos como “universais”. Às vezes, com razão, mas nem sempre…

Que não poucos dentre europeus e norte-americanos atribuam caráter de universalidade à sua produção, até podemos entender. O problema é que, com espantosa frequência, são leitores e leitoras dos países periféricos que também introjetam, de modo acrítico, essa chave de leitura. Isso ocorre, aliás, não apenas no campo literário. No plano filosófico e científico, não se passa diferentemente, haja vista a hipertrofia de citações bibliográficas de autores europeus e norte-americanos, em relação não apenas a autores e autoras africanos, asiáticos, da Oceania, mas também em relação aos nossos próprios escritores latino-americanos e brasileiras. Do Nordeste, então, nem se fala…

Como em outras partes do mundo, os temas trabalhados na produção literária africana são de uma enorme variedade. Os autores africano da velha geração se firmaram em cima de temas tais como valorização da imagem dos Negros, recuperação da memória africana, o colonialismo e o processo de descolonização, o exílio, a migração….

Quanto aos da nova geração, referem-se a fatos, acontecimentos e situações do cotidiano, envolvendo relações ecológicas, afetivas, etárias, políticas, de gênero, de etnia, etc, etc.

Diversos igualmente são os gêneros artístico-literários praticados: contos, romances, peças teatrais, autobiografias, poesias…

Que nomes poderíamos destacar, sem a mínima promessa de cobrirmos um leque satisfatório de autores e autoras, mesmo como “amostragem”? Vejamos alguns, começando pelos escritores da velha geração, entre os quais cumpre lembrar Léon Gontran Damas, Aimé Césaire, Lépold Sedar Senghor, Birago Diop, Chinua Achebe, Camara Laye, Tchicaya U Tam’Si, ou Mongo Beti.

Dentre os escritores atuais, destacamos aqui:

Boniface Mongo-Mboussa (Congo), Jamal Mahjoub (Sudão), Kossi Efoui e Sami Tchak (Togo), Aminata Sow Fall, Boubacar Boris Diop e Ken Bugul (Senegal), Joseph Ki-Zarbo (Burkina-Faso), Odile Biyidi (Camarões), Tanella Boni (Costa do Marfim), Michêele Rakotoson (Madagascar), Nimrod (Tchad), Abdourahman Waberl (Djibouti), Virginie Mouanda Kibinde (Cabinda), Chenjerai Hove (Zimbabwe).

Como sugestões de leitura de obras de autoras africanas, a julgar pela síntese feita das mesmas no site www.arts.uwa.edu.au/AFLIT/FEMEChome.html (“Femmes écriveines”), vão os seguintes títulos: Henritee Dakota. Une esclave modern. Paris: Michel Lafon, 2000 (Autobiografia de uma jovem do Togo que, enganada por promessas sedutoras, vai viver em Paris, e cai vítima de cruel exploração; sem dinheiro, sem documento, jogada no olho da rua…); Regina Yaou. La revolte d’Affiba. Abidjan: Les Nouvelles Éditions Adricaines, 1985 (Romance); Angèle Ntyugwetondo Rawiri. Fureurs et cri de femmes. Paris: L’Harmattan, 1989; e Aoua Keita. Femme d’Afrique, Lavie de d’Aoua Keita racontée par elle-même. Paris: Présence Africaine, 1975.

 

Março de 2005

Presencia

En mí.

¿Puedo estar en mí?

¿Estoy en mí?

¿Hay algún otro lugar donde yo pueda estar, que no sea aquí?

¿Qué es estar en mí?

¿Si no estoy en mí, donde podría llegar a estar?

Todas estas preguntas, obviamente, presuponen alguna consciencia. Alguna noción de sí.

Estar en sí.

Volver en sí.

¿Qué es lo que podría llegar a apartarme de mí?

Abandono. Sensación de no ser querido.

Falta de raíces. Extrañamiento. Descalificación. Violencia.

Migración.

Necesidad de agradar, aún desagradándome.

Sobre-exigencia. Perfeccionismo.

¿Cómo es que puedo ir volviendo a mí?

Acogimiento. Reconocimiento de la propia identidad. Descubrir que sí fui amado, aunque no de la forma como pude llegar a querer que hubiera sido.

Adopción de la propia persona. Aceptación incondicional de sí mismo. Conocimiento de la propia historia.

¿Por qué son tan importantes los servicios de acogimiento a migrantes?

¿Por qué son tan importantes los programas de inserción laboral de jóvenes?

Una persona sin raíces es facilmente manipulable.

¿Por qué es importante que sepamos qué queremos, y qué es lo que no queremos ni debemos aceptar bajo ninguna condición?

¿Cuál es el papel de la sociología en la construcción de una sociedad realmente humana?

¿Qué tipo de conocimiento libera, y cuál es el que embrutece?

¿Qué significa educación libertadora?

¿Por qué es fundamental el conocimiento de la Historia?

¿Arte y cultura tienen importancia para la humanización de la gente?

Sentido de viver

Esperar o sol. Espreitar o sol. Saber que logo mais irá clarear o horizonte. E que embora possa ter nuvens, ou não, de todo jeito o sol irá aparecer. Esta é uma certeza que podemos ter.

O que é que me anima?  O que é que faz valer a pena ter amanhecido? Respondo para mim mesmo e escuto a resposta. É o prazer. A beleza a que me agarro como o musgo à pedra. Algo tão simples, tão ao alcance. Vê-la e saber disto. Ver a flor e saber disto, sem sombra de dúvida. Ter um projeto, ou mais de um, entrelaçados.

Saber sentindo, que há, na verdade, um único projeto. Ser feliz. Ser quem sou. Mais eu cada vez. Menos o implante que tanto me confundiu tantas vezes! Desta forma começa a jornada. Segunda-feira. Este é o meu trabalho. Juntar e me juntar. Partilhar o que vou vendo e aprendendo. Costurar tempos e me coser nesta juntada.

Sei que não estou só. Há mais mãos nesta empreitada. Somando. Somar. Para o bem. Para o desabrochar daquilo que embeleza a vida. Escuto o galo cantar. Será a revolução? O que é a revolução hoje? Qual é a minha revolução? Voltamos ao começo. O que me faz viver. O que me alegra e anima. O que dá sentido ao meu viver.

Isto aprendo garimpando dentro de mim, constantemente. Desfazendo equívocos. Isto não, isto não. Vai restando apenas uma faísca. Uma luz bem pequenininha ou nem tanto. Por vezes é um clarão, do tamanho e esplendor do sol. Vou por aí. Aí está tudo e isso é tudo. Hoje posso afirmar sem rodeios, que o meu sentido maior é o prazer.

O desfrute das pequenas coisas da vida, essenciais. A respiração. O saber-me parte do todo, tal como as árvores e as estrelas. Sentir que o medo não me paralisa, como não me paralisou no passado. Cresci, frutifiquei. Eis me aqui! Pronto para esta revolução diária em volta do sol. Deixo vir as palavras que vão apontando o caminho e vou por aí.