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Terapia Comunitária Integrativa é certificada pelo Banco do Brasil como tecnologia social

A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) acaba de ser certificada como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil!

Confira a lista completa das tecnologias certificadas neste link: https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/terapia-comunitaria-integrativa

A TCI é uma prática que promove o bem-estar emocional e o fortalecimento de vínculos comunitários, trazendo benefícios significativos para quem dela participa.

Essa certificação reconhece o impacto positivo que a TCI tem na promoção da saúde mental e na construção de redes de apoio solidárias.

Vamos celebrar essa conquista e continuar promovendo o acesso a essa tecnologia social tão importante para o nosso bem-estar individual e coletivo!

Fonte: ABRATECOM-Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa

 

Canción para mis nacimientos

Vengo esta mañana con una vieja nueva alegría.

La del niño que nació otra vez.

Descubro que yo soy mi propio juguete.

Yo juego conmigo.

Recordé la muerte que trae la vida. No así, de esta manera chocante, pero melodiosa. Poética. Dulcemente. Amorosamente.

Este año el 31 de octubre me tendrá a mí mismo como regalo de cumpleaños.

Le diré a mi madre Gita, a mi padre Omar, a cada una y cada uno de mis familiares (en este o en otro plano de realidad ¿Cuántos planos tiene la realidad?) que nací otra vez.

Pasito a paso, un escaloncito cada vez, seguí viniendo otra vez. Otra vez yo. Cada vez más yo. Toda esta multiplicidad vertiginosa, toda esta diversidad intensa y vibrante, todos estos yos que soy.

Tienen fecha precisa todos y cada uno de mis nuevos nacimientos. Es toda una secuencia de nacencias.

Por eso la poesía, que es nacer, es nacerse, es nacernos juntas y juntos.

Mis papeles son yo y no son yo. Yo soy mis papeles y más que mis papeles. Yo soy el papel que escribo. Soy todos mis papeles y ya me dejo ir en el viento, hacia el sol, adonde me lleve.

Solamente aquí, en la hoja, soy yo. Siempre yo. Cada vez más yo mismo.

Terapia Comunitária Integrativa com grupos específicos

Ontem tive a oportunidade de assistir a uma mesa redonda sobre Terapia Comunitária Integrativa com grupos específicos. Masculinidades não violentas. Migrantes. Juventudes de bairros populares. Pessoas com deficiências.

A escuta das falas me proporcionou uma alegria difícil de transmitir com palavras.

A desconstrução de traços da cultura dominante, que oprime identidades, gerando violência e exclusão, apresentada por terapeutas comunitários e comunitárias de diversos países.

A minha sensação mais clara, talvez, seja a de quanto vale a pena fazer parte destas redes da TCI. Um lugar onde somos acolhidos e acolhidas como seres humanos.

Me enche de alegria ver o conhecimento que liberta. A escuta das vozes plurais que nos fortalece. O pertencimento que reforça e realça a beleza das diferenças.

(03-08-2023)

Traços da Mãe África: Em busca de nossas raízes (V)

Dotadas, além de enorme beleza espiritual, cultural, também de tantas riquezas naturais, a terra e as Gentes d’África têm sido alvo e vítimas seculares de incessante cobiça por parte dos Ocidentais, sobretudo das principais potências europeias e Estados Unidos. A sede expansionista de ingleses, franceses, portugueses, holandeses, belgas, italianos, espanhóis, estadunidenses… parece não conhecer limites.

Primeiro, invadem-lhes as terras, sob o curioso pretexto de “descobri-las” e de “cristianizá-las”… De suas terras arrancam o que têm de melhor, a começar de sua Gente. Quantos milhões de africanos foram, durante séculos, arrancados à força, para serem convertidos em máquinas de fazer riquezas para os Ocidentais? A escravidão – que ainda está longe de acabar! – constituiu um negócio fortemente lucrativo para as ex(?)-metrópoles.

O regime de escravidão não se restringiu a escravizar pessoas africanas, apanhadas feito bicho, torturadas e embarcadas nos fétidos “Negreiros”, como mera carga de peças lucrativas. Sucedendo ou associando-se ao tráfico de Africanos e Africanas escravizados no “Novo” Mundo, os Ocidentais passaram a apropriar-se diretamente das terras e das demais riquezas da África, continuando a dizimar, sob múltiplas formas, suas populações e a devastar suas riquezas materiais.

Tantas vezes invadidas pelos ocidentais, não raro em nome do Cristianismo, desde o começo da Modernidade, sempre a serviço dos projetos colonialista e capitalista (hoje sob a roupagem dita neo-liberal), eis que no final do século XIX, os avanços da Geografia prestaram relevantes serviços aos invasores. O formato do mapa da África, elaborado pelos Ocidentais, não deixa de ser emblemático: respeita mais a Geometria do que os próprios acidentes geográficos.

A Geografia e outras ciências e invenções tecnológicas foram — e continuam sendo! — empregadas como instrumento de otimização do saque ocidental às terras e às Gentes d’África.

À semelhança do que, antes, fizeram — e continuam a fazer, com a cumplicidade dos respectivos governantes, inclusive dos nossos! -, em relação às terras e às Gentes pré-colombianas (Que tal refrescar-nos a memória com o livro de Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latina?), sua ambição desmedida e cada vez mais requintada se estende, voraz, ao continente africano. Em sua versão atual, os capitalistas (as transnacionais, o G-7, os organismos multilaterais, com a cumplicidade de quase todos os governos dos países periféricos) cometem o desplante de tentar mascarar esse massacre, por meio de requintes de retórica, tais como “democracia”, “desenvolvimento”/”países em vias de desenvolvimento”, “ajuda ao desenvolvimento” e similares…

Na prática, porém, o que têm feito? Basta conferir alguns resultados básicos do desempenho desses países. A ofensiva dos Ocidentais em terras africanas, com a grave cumplicidade dos governantes locais, tem resultado, a despeito da valentia dos que resistem bravamente ao avanço da barbárie, numa explosão de guerras, de massacres, de golpes de Estado e de ditaduras, incessantes e crescentes crises, aumento de doenças graves (quantos milhões de Africanos vêm sendo dizimados pela AIDS?).

Diante desse quadro dantesco, o quê fazem os senhores das ex(?)-metrópoles, através dos seus organismos multilaterais, a exemplo do FMI e do Banco Mundial? Para responder a essa indagação, vou citar uma pessoa insuspeita, Joseph Stiglitz, ex-vice presidente do Banco Mundial: “Aumentou o abismo entre pobres e ricos, aumentou o número de pessoas vivendo na pobreza absoluta com menos de um euro por dia. Se um país não atende a certos critérios mínimos, o FMI suspende sua ajuda, e, quando o faz, é costume que outros doadores o imitem.  Esta lógica do FMI apresenta um problema evidente: implica que, caso um país consiga ajuda para qualquer realização, um país africano não poderá nunca investir esse dinheiro. Se a Suécia, por exemplo, outorgar uma ajuda financeira à Etiópia para construir escolas, a lógica do FMI impõe ao governo desse país conservar esse fundo como reserva, sob o pretexto de que a construção dessas escolas vai acarretar despesas de funcionamento (salários, manutenção de equipamentos) não previstas no orçamento, e vai provocar desequilíbrios nocivos ao país.” (Citação extraída de Ignácio Ramonet. “Un continent em mutation”, Le Monde diplomatique, Février 2005 (http//:www.mondediplomatique.fr). Como se fosse possível o diálogo entre pescoço e guilhotina…

Fevereiro de 2005.

Frecuencia sensible

Salgo a caminar por las veredas de mi barrio

La belleza en seguida aparece

Dos mujeres de la mano por la vereda de en frente

Cabellos al viento.

Una pequeña multitud volviendo de la playa

Gente reivindicando su derecho a la diversidad

Diverso es lo humano

A veces no sé qué hacer conmigo

Ando por ahí y de pronto no sé qué hacer

Aprendo a andar en mi fecuencia

Frecuencia sensible

Sensible

Sintonía con el amor

Pasa un perrito y me alegra

El personal de la limpieza de calles, alegre y bullicioso

Voces cantando

Hablando

Tarde de domingo en Cabo Branco

(De tanto escribir, de tanto leer

Hice el mundo en que vivo.)

Sobre el amor

El amor me envuelve

Soy amor

Nada me puede dañar, ya que amo y soy amor.

Hoy me levanté pensando en el sueño que tuve anoche

Una película con Los Beatles me viene guiando

Voy por ahí

Los Blue Meanies no van a ganar.

Sólo el amor

Ahora ya puedo venir a lo que me trae

No tengo miedo, ya que amo y soy amor

YOS

SOY

He estado viendo películas sobre el amor

Todo es posible si amo

El amor es lo que permanece

Mis padres están aquí

No seguiría citando lo que me envuelve y da poder

Todas y todos lo saben

Es el amor

Así empieza este día

Así empiezan todos los días.

No me vengan con la estructura social

El cambio institucional

Lo inalcanzable.

Eso no cambia

El amor es cambio

Liberación.

Palabras antiguas y actuales.

Escribo para vivir.

Escribía ya en los años 1970

Una revista Conciencia

Facultad de Ciencias Políticas y Sociales

Universidad Nacional de Cuyo.

Hoy esta conciencia

Me trae al mismo eje, el mismo foco, el mismo centro

Han pasado muchos años

O quien sabe no pasó el tiempo

Cantan las pájaras y los pájaros esta mañana

En seguida las calles de la ciudad y la memoria

Me llevarán al lugar donde estoy

¡Buen día!

Parada LGBTQIA+ volta às ruas de SP depois de dois anos com o tema “voto com orgulho”

Por Nara Lacerda e Thalita Pires

Organização espera 3,5 milhões de pessoas na primeira edição presencial do evento desde 2019

Depois de dois anos com atividades online, a Parada LGBTQIA+ de São Paulo volta às ruas nesse domingo (19), na Avenida Paulista. Com o tema “Vote com Orgulho – Por uma Política que Representa”, a 26ª edição do evento deve contar com a participação de 3,5 milhões de pessoas, segundo a organização.

O tema deste ano foi escolhido de maneira coletiva, por militantes e ONGs que atuam com a temática LGBTQIA+. “Tivemos três reuniões que convergiram para esse tema”, afirma Renato Viterbo, vice-presidente da Parada LGBT+ de São Paulo.

O objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre o voto e possam escolher candidatos comprometidos com a causa LGTBQIA+, sem perder de vista as outras injustiças da sociedade. “Estamos com um governo que destruiu políticas públicas e desconstruiu toda a história que o Brasil tinha fora do país”, diz Viterbo. “Isso não foi apenas com as políticas LGBTQIA+, mas para todas as pessoas. Estamos falando de uma questão de sobrevivência.”

Outro objetivo da Parada deste ano é dialogar com os jovens e mostrar a importância da manutenção da democracia. “A juventude, que tem a força para mudar o país, tem que estar atenta para o quanto a democracia é importante”, explica. “Passamos por períodos sombrios e a democracia é algo muito recente, que está ameaçada o tempo todo”.

Festa política

A Parada LGBT+ é encarada por muitos como uma grande festa, mas, se por um lado o evento é de fato uma grande celebração, é sobretudo um ato político. “As paradas do Brasil, dos interiores, são muito importantes porque constroem políticas públicas em suas cidades”, explica Viterbo.

“A Parada de São Paulo discutiu os principais temas e direitos da população LGBTQIA+. Em 2005, a gente falava da parceria civil, e só conseguimos esse direito, pelo Judiciário, em 2013”, lembra. Outros direitos que já foram abordados pela Parada foram a criminalização da homofobia e o uso do nome social, que também foram conquistados ao longo dos anos.

“Isso mostra que a gente está no caminho certo. A parada tem essa função de festa sim, levamos nossa pauta e celebramos o orgulho de sermos quem somos”.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

Fonte: Brasil de Fato

(18/02/2022)

Nacerá otro mundo

El día va legando a su fin

Recuerdo el comienzo

El paseo por la plaza de las lechuzas

La vecina paseando el perrito

Las flores de color indefinible

¿Sería violeta, lila, celeste, o una mezcla?

El pasar de las horas hasta esta hora

Mi historia presente todo el tiempo

El presente es el tiempo que no pasó

Está pasando, pero todavía no pasó

Son tantos años ya que soy como un libro

Todas las páginas pasan rápidamente todo el tiempo

Todo se va juntando

Todos los días son un único día

Es este día en que trato de juntar las emociones

Las vivencias, la experiencia, lo aprendido

Los pasos sumados por el tiempo

Este transcurso tan próximo e intenso

Tan personal y comunitario

Esta insistencia en seguir siendo yo

En medio a presiones violentas para deformarme

Todavía estoy aquí

Y seguiré estando

Suma de memoria, historia, identidades

Todo eso y más

Un arco-iris en el cielo esta mañana me emocionó

De lado a lado ese puente de luz colorida

Alegría antigua y actual

Vamos a sobrevivir

Nacerá otro mundo

Amor y justicia.

 

Por que ler Anaïs Nin?

No ano de 1984 eu tomei conhecimento de um escrito de Anaïs Nin intitulado “A nova mulher,” publicado no livro Em busca de um homem sensível. De lá para cá –desde o momento em que pus os olhos nesta breve e densa peça– nunca mais deixei de voltar a ela, de uma maneira ou de outra.

Em vão tentei dizer para mim mesmo e para as leitoras e leitores desta revista, os por quês deste encantamento. São tantos e tão essenciais, que tentar enuncia-los seria pouco mais do que repetir o referido texto.

Para não dizer que estou evitando a tarefa a que me propus, decido agora enunciar algumas perguntas e questões que ao meu ver fazem deste escrito uma obra memorável. (1) Define de maneira clara e precisa as razões pelas quais as pessoas escrevem.

(2) Enuncia de maneira concreta e real, as razões da criação artística, que não se restringem à produção de obras de arte, mas se voltam para a própria vida, e (3) Dilui por falso, o esquema sexista que separa a humanidade em homens e mulheres.

Somos todas e todos andróginos. Uma composição de feminino e masculino é o que nos constitui. Espero que esta breve nota possa estimular mulheres e homens a tentarem se ver nos escritos desta mulher que soube ser ela mesma. Não desistiu do seu sonho de ser escritora. E deixou uma semente duradoura.