Arquivo da categoria: Saúde

Dibujando

Creí que podría llegar a dibujar

Pero apenas veo en mi memoria

Dibujos que ya hice

Jarrones con flores y plantas

El mar agitado en Carapibus, golpeando en los arrecifes

Las montañas de Mendoza

Las palmeras de Cabo Branco

Que un día talvez dibuje

O si no, quien sabe las deje como están

Ahí sobre la playa y el mar de fondo.

Presente

A celebração, ontem, do dia das mães, me trouxe para o seio da família.

Estar presente do meu modo, um modo que é aceito por todas as pessoas, me permitiu desfrutar da quietude e do rebuliço simultaneamente.

Costurando histórias e sentires, enquanto repousava na rede, me vi a contemplar as nuvens no céu azul celeste.

Uma profunda quietude tomou conta de mim. Lembrança da família próxima e distante. Os sentires que me fazem.

As pessoas chegam e partem. Um dia será a minha vez de passar também. Enquanto isso, aprecio o viver como algo em constante renovação.

Posso estar aqui, de fato estou aqui. Se apenas um dos passos passados faltasse, não seria quem sou nem estaria como estou.

Estou bem. Uma história costurada a muitas mãos. Um tempo novo que me repõe na essencialidade do meu ser.

Libros y colores

Vine a existir en libros

Así me libro

Nazco y renazco

Reencuentro caminos

Mi ser vuelve

En colores

Me anido

Y sigo.

Leitura

Identificação. Acolhimento. Isto é sobretudo o que busco na leitura. Provavelmente mais acolhimento do que qualquer outra coisa. Ter um lugar aonde ir.

Um lugar onde você pode estar à vontade, sem ter que se defender ou atacar, sem necessidade de representar um papel. Aliás, o papel de leitor é talvez o mais prazeroso já que nos permite ser parte e fazer parte mediante um esforço mínimo, o de abrir um livro.

Escritor/escritora e leitor formam então uma parceria. Um dar as mãos e fazer juntos/juntas, algo em comum. Um crescimento. Um passo a mais. Um aprendizado nesta jornada imprevisível que é a vida.

Lendo recupero partes minhas que me eram desconhecidas e que apenas reconheço no reflexo, no espelhamento. Encontro respostas para indagações que nem sabia que tinha! Saio de encruzilhadas, resolvo de uma penada, penas pesadas arrastadas por anos.

Ocorreu-me dias atrás ao ler uma crônica da Martha Medeiros, uma das minhas escritoras favoritas. A crônica era sobre Mario Benedetti, o poeta uruguaio. A frase final do escrito diz que, para o poeta, não importa o que não foi, mas sim a direção, o rumo que decidimos manter. Foi como por arte de mágica. Senti um alívio imediato. Por isso leio, continuo a ler.

Valor da vida

O tempo passou. Continua a passar. É o que não se detém. Muda o sentido, o significado de estar vivo.

Nos dias de hoje nos toca, aos que temos alguma idade, conviver e tornar positivo o mero fato da existência. Algo que fora assim já nos primeiros anos, e também depois.

Recolher o fio da vida, juntar os momentos, os pedaços. Refazer a caminhada na memória. Diminuir a auto-exigência agora já é praticamente algo inevitável. Refluir para o que é mais prazeroso.

O instante adquire um valor sem igual. A poesia nos traz de volta o que é mais valioso. Resplandece o valor implícito da pessoa que somos. Nada é já tão imperioso nem impossível.

Ao mesmo tempo, necessariamente devo me ater aos meus limites. Longe de ser isto algo imposto, embora o seja, é como que o espaço justo. O que é devido. A ordem natural das coisas. O mundo é mais belo quando me disponho a vê-lo. Aceito o fato de que o aprendizado é contínuo. É por isso que estou vivo.

Imagem: ‘Nascendo’

Tesoros

Gusto más de mí
Tanta gente gustando de mí
Gusto yo también de mí.
Me valorizo más
Aprecio mis cualidades
Amor de familia
Amistad
Comunidad
Compartiendo.
Creatividad
Arte. El mayor lugar.
Un día por vez.
Más colaboración, menos competición.
Más confianza, menos miedo.
Estoy sano.
Soy feliz.  

Soy un vencedor.

De donde vine y como estoy

Soy un vencedor.

 

Criar

Uma das estratégias para manter o ânimo é fazer coisas que nos gostam. Adquiri o hábito de falar na primeira pessoa, de forma que volto a esta modalidade.

Escrever e publicar é uma destas coisas que mais me gostam. Contribuo para a libertação de outras pessoas, me libertando.

Esta revista, bem como os livros que vou publicando, é o meio por excelência que venho utilizando para esta finalidade. Daí o meu empenho em continuar a ocupar este espaço.

As minhas ações no campo da família e do círculo de amizades, giram em torno de um eixo que gosto de chamar de “arte.” A arte de viver. Viver uma vida bela.

Desfrutar da vida. Fazer junto. Agir colaborativamente. Construir. Criar. Esta é a chave. Uma das chaves.

Conexão

O fato de podermos escrever livremente, deixando vir simplesmente o que vem vindo, sem arrumação, permite um estar aqui conectivo. Conectado. Há quem se incomode com esta possibilidade. Esta proximidade.

A realidade social está composta por interações. Papéis. No jogo da vida, esses papéis mudam. Dominado ou dominante. Dominada. As posições mudam. Você têm que se arrumar. Não vai sair assim pra rua. Não fale desse jeito. O que vão dizer!

Tem os textos arrumadinhos e os outros. Uma possibilidade de existência respeitosa das diversidades, da individualidade. Desconstruir o outro, a outra, como ameaça. Pode ser um recurso.

Poema

Es un lugar adonde vuelvo muchas veces
No me canso.
Descanso de la descartabilidad.
Me aquieto
Me expando
Me reconozco.
Es un lugar adonde vuelvo
Sin nunca haberme ido.
Es como Mendoza.