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Criar

Uma das estratégias para manter o ânimo é fazer coisas que nos gostam. Adquiri o hábito de falar na primeira pessoa, de forma que volto a esta modalidade.

Escrever e publicar é uma destas coisas que mais me gostam. Contribuo para a libertação de outras pessoas, me libertando.

Esta revista, bem como os livros que vou publicando, é o meio por excelência que venho utilizando para esta finalidade. Daí o meu empenho em continuar a ocupar este espaço.

As minhas ações no campo da família e do círculo de amizades, giram em torno de um eixo que gosto de chamar de “arte.” A arte de viver. Viver uma vida bela.

Desfrutar da vida. Fazer junto. Agir colaborativamente. Construir. Criar. Esta é a chave. Uma das chaves.

Terapia Comunitária Integrativa é certificada pelo Banco do Brasil como tecnologia social

A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) acaba de ser certificada como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil!

Confira a lista completa das tecnologias certificadas neste link: https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/terapia-comunitaria-integrativa

A TCI é uma prática que promove o bem-estar emocional e o fortalecimento de vínculos comunitários, trazendo benefícios significativos para quem dela participa.

Essa certificação reconhece o impacto positivo que a TCI tem na promoção da saúde mental e na construção de redes de apoio solidárias.

Vamos celebrar essa conquista e continuar promovendo o acesso a essa tecnologia social tão importante para o nosso bem-estar individual e coletivo!

Fonte: ABRATECOM-Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa

 

Parteiro da esperança

Parteiro da esperança

Sou

Sonho da vida

Noite de luz

Ceu

Sol

Terra

Flor.

Filho da estrela.

Cor.

Terapia Comunitária Integrativa: um movimento humanizador

O encontro on line do dia 20 deste mês, em que os 20 anos da ABRATECOM (Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa) foram comemorados, reativou em mim uma sensação muito preciosa.

O sentido de pertencimento. Creio que isto era o que queria lhes dizer.

As falas ouvidas ressoam em mim, restabelecendo um contentamento interior ao ver a TCI mais uma vez se projetando como uma ferramenta de reconstrução humana.

E ainda mais, este nosso estar no mundo da maneira como o fazemos, atentas e atentos a um viver integrado pautado por valores superiores, fortalece o sentido da minha vida. Obrigado a todos e todas que participaram.

O sentido da consciência

Esta revista nasceu num formato de diário.

Um diário é um espaço de espelhamento.

O recolhimento da vida diária.

O lugar onde dizemos o que dizemos somente para nós mesmos(as).

Tratamos de manter este tom, que se revela e se expressa, no entanto, de diversas maneiras.

Além do mundo que nos chega de longe, dos governos e instituições, o estado, as igrejas, os partidos, as organizações, existe o mundo do vivido.

A vida de cada dia.

Este é o nosso foco, que não desdiz (e nem poderia) do estrutural. A sociedade de classes, o capitalismo, a exploração, a alienação, a opressão, a injustiça, o que parece imutável.

Nada é imutável quando se tem consciência.

Esta é a nossa aposta.

No meio de todas as circunstâncias, existe o poder e a capacidade, a possibilidade, da libertação.

Não existe fatalismo nem resignação que possam nos convencer de que estamos condenados, condenadas.

Abrir a percepção, despertar a consciência, relembrar ás pessoas do que somos capazes quando voltamos a nós mesmos(as).

Nada como um dia após o outro. É a chance de recomeçar.

A força da comunidade, o poder da recordação da própria história.

Projeção

Tenho publicado, em 2023, “Mirada poética,” um livro que contém a semente de outros livros. Esta constatação me anima e alegra. Também me tranquiliza.

Nada como ter um projeto pela frente. Um projeto que contém o nosso dia a dia. Um saber para que e por que acordo todo dia.

Estas sensações e sentimentos eram comuns nos anos 1960 e 1970. As utopias estavam à solta. Uma mobilização mundial agitava a humanidade. A paz seria possível. Acabar com a fome. Educar para a liberdade. O horizonte era a vida, e a vida em plenitude. As flores vencendo o canhão.

O horizonte não é a morte. A direção e o sentido continua a ser uma vida plena e significativa. Por que digo estas coisas nesta manhã de fevereiro? A arte continua a ser a ferramenta número um da libertação. A arte de viver. A inclusão social. Crescimento pela ação comunitária.

Como remover as sementes do ódio e da violência? Vindo para a realidade. Mirada poética é sobre tudo recuperar uma visão própria e pessoal de que eu posso. Uma visão comunal de que juntas e juntos podemos. Prazer, alegria e felicidade são direitos inalienáveis de toda pessoa humana.

Os livros que irão seguir à “Mirada poética” nascem de um enraizamento familiar e histórico. Nascido em Mendoza, Argentina, vim pro Brasil em busca de uma possibilidade, quando no meu país de origem as portas estavam quase totalmente fechadas. Estudar, trabalhar. Hoje vejo frutificar meus sonhos. As flores são vidas recuperadas. Histórias ressignificadas.

Como vencer o medo e a apatia? Seguindo em frente! Como é que se vence o rechaço e a sensação de abandono? Fazendo juntos, juntas. Construindo vínculos solidários. Construindo e fortalecendo a esperança. Amando e se permitindo ser amado(a)! Venho trilhando estes caminhos e daqui não saio!

Tesouros

Que guardaria deste dia?

O sentimento que me anima e me move.

As cores que me alimentam e me alegram.

Os livros por onde viajo e me refaço.

As feições amigas que me encorajam e sustêm.

O presente que encontro com atenção e carinho.

A fé e a arte que costuram o tempo e a vida.

Mais que a fala, meu agir mostra quem sou. Ele induz a um processo humanizante?

Mais que a fala, meu agir mostra quem sou 

Ele induz a um processo humanizante?

 

Em um mundo propenso à  lassidão

A palavra empenhada é coisa rara

Aparelhos de ponta, na internet

Não garantem uma boa relação

 

Até podem ajudar isolamento

Eu me valho de meios sofisticados

 

Para ouvir e falar com quem eu quero…

Nessa bolha me torno ser excludente

 

E abuso de desculpas refinadas

Me acostumo a dizer somente “sim”

 

E, podendo ou não, deixo pra lá

Se me cobram, depois me justifico

 

Pois de tanto bater na mesma tecla

Já me sinto, no caso, um bom perito

 

Ninguém é obrigado a prometer

Se o faço, eu assumo um compromisso

 

Circunstância adversa ocorrendo,

Pode ser que não a cumpra, em tempo hábil

 

Banaliza promessa, quem não a cumpre

Surge, então, uma fábrica de excusas…

 

Sendo assim, a palavra vale pouco

Confiança, então, faço retrair

 

Valho só quanto vale minha atitude.

Confiança se esvai, quebra a palavra

 

Se desisto de fazer a autocrítica

Já não posso atestar por minha prática

 

Quanto mais se promete em profusão

tanto menos se cruprem o prometido

 

É nas horas incertas, que se sabe

Quem é mesmo o amigo verdadeiro

 

Onde está meu tesouro, aí também

Se encontra igualmente meu coração

 

João Pessoa, 10 de Janeiro de 2024

Libertação

Difícil não ceder à tentação de celebrar esta longa trajetória de construção coletiva que é esta revista

Posso ver na tela da minha mente com nitidez e detalhe lugares onde estive e desde os quais, fosse em atividades familiares ou comunitárias, frequentemente entrelaçadas,

Trocava umas palavras com este meu já velho amigo Gustavo Barreto, criador de Consciência

Fazendo juntos, somando, ganhando fôlego, não desistindo

Calçando sob os pés um grãozinho de esperança que permitisse prosseguir mais um pouco, mais um passo

Daí nesta tarde, neste exato momento, me permitir agradecer a persistência e integridade que nos guiam

Bem como apostar ainda mais num horizonte libertador que continue e nos animar na direção do mais alto!

(04-01-2024)