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Celebração

As pessoas que comemoraram comigo o meu aniversário

Moldaram juntas o meu lado de dentro e em volta

Sentimentos e palavras precisas

Chegaram a mim de uma maneira especial

Era e é como a aurora de um novo dia

Uma primavera anunciada e cultivada

Não pude agradecer a todas estas pessoas que celebraram comigo

Esta data querida

Da maneira convencional

Mas podem ter a certeza de que cada uma de vocês está no lugar que lhes fiz no meu próprio coração.

Compreendi e compreendo o valor de pertencer

Ser parte e fazer parte.

Estar presente e ser presente

Ser feliz

Nunca são apenas manobras ou processos individuais

Sempre é uma ação coletiva a que nos faz e nos refaz.

Primavera 2023.

Sem essas pessoas que me compõem por dentro eu não seria quem sou nem estaria contente como estou

Obrigado. Muito obrigado!

Domingo

Domingo continua a ser um dia ainda utópico

Paradisíaco

Suspendem-se por algumas horas

As pressões todas ou quase todas

Família, amigos, amigas

Divertimento

Descanso

Distração

Fazemos nossas aquelas coisas que nos pertencem para sempre

A ilusão da criança que se sabe dona do mundo

Suspende-se a morte

O tempo se compacta até o eterno

Prazer, felicidade, paz, justiça

Tudo que nos faz bem é nosso

Bom dia!

Vocação de uma revista

Insista

Voluntariado

Preservar o que nos faz bem

Mais além de variações

Aproximação entre gerações

Ações restauradoras

Construção coletiva

Solidariedade

Unidade

Humanidade.

 

Fim de ano

O ano vai terminando

Reuniões familiares

Amizades reencontradas

Esperança despontando

Um tempo de recolhimento e partilha

Alegrias e dificuldades na balança

Desde estas páginas desejamos a quem nos lê

Muita vontade de viver

Muito desejo de superação

Aprendizado contínuo

Solidariedade

Serenidade

Segurança

Confiança

Amor.

Poesia é o lugar da vida

É o que somos e o que é

É o que será e sempre foi

É o que permanece e amanhece

É o que nos sustenta em todo tempo

E o que nos alimenta enquanto é tempo

E o que nos orienta a toda hora

O que nos chama na aurora

Mais além de rimas

É a rima que nos arrima

O rio que nos leva ao mar

O mar que nos acolhe

O sol que nos ilumina

A esperança que floresce

A primavera que permanece

A flor que sou e és e é tudo que existe e é belo

A unidade por trás da diversidade

A pluralidade que nos espelha

É ela que nos acompanha

E o pai que foi e é amigo

O amigo que nos aceita como somos

As crianças que trazem a vida de volta

Montanha e mar

Tudo isto e mais

Na exata medida de todas as coisas

É o que é poesia.

Amarelo

A construção do livro que sou

O livro que venho compondo

Com a alegria e colaboração de pessoas queridas

Muito próximas

Família e algumas outras pessoas do horizonte comunitário

Este livro, dizia e digo em alto e bom tom

Amarelo

Começa

Começo

Sol

(Inexplicadamente mas nem tanto)

O que me ilumina

O que ilumina o mundo

Sol de todos os tempos

Sol somente sol

Brincar com palavras

É brincar de ser feliz

Sendo quem sou

Voltar de Mendoza para João Pessoa

De casa em casa

Casa amarela

Força

Confiança

Segurança

Tudo que preciso para ser feliz.

Para enfrentar pensamentos repetitivos, automatismos, negatividade

Quero partilhar um recurso que venho usando

E que me ajuda a diminuir ou às vezes até suprimir

Pensamentos repetitivos, automatismos, negatividade

Trata-se de algo muito simples

Simplesmente respiro

Isto suspende ou suprime estas indesejabilidades

É uma simples respiração

Inspiro, expiro

Expiro o que não quero ou tento evitar.

Um outro recurso é o riso

Vejo o que está me atormentando ou incomodando, e rio

Por exemplo: “não tenho amigos”

Como assim?

Depende do conceito de amigo ou amiga

Gente querida tenho aos montes

Então rio e digo para mim mesmo

Ponha-se a teu favor!

Riso. Respiração

Muitas vezes o que atrapalha é uma mera inexistência

Um nada que se avoluma e agiganta

Respiro e rio

E o rio vai, passa, desagua.

Podem ser inconveniências de distinto tipo

Então olho para elas e se desvanecem

Basta olhar que desaparecem, se esvaem.

Uma volta pelos arredores da casa, ou pelo jardim

Também tem bons resultados

Entra mais ar, mais vida.

Riso. Respiração. Passeio. Plantas. Flores. Cores.

Ver. Sentir.

Coisas simples da vida, que fazem bem.

Como sobreviver em situações de autoritarismo?

A pergunta se refere amplamente a situações familiares, comunitárias, organizacionais, etc.

Estamos acostumados, acostumadas, a nos focalizar mais no distante do que no que está perto de nós.

Esta virada da mirada para o que nos diz respeito mais diretamente, nos põe em contato com a nossa história de vida.

O que fiz para sobreviver? O que fizeram outras pessoas?

A reflexão é pertinente porque nos reconduz ao que fizemos e podemos tornar a fazer novamente, caso necessário.

A escuta das vozes plurais que nos rodeiam nos enriquece, ampliando o leque de escolhas.

O sentido destas reflexões é o de trazer luz e esperança no cenário atual brasileiro

O foco da mídia e do paradigma cultural dominante é a domesticação, a obediência, o medo, a desconfiança, a impotência, a paralisia, o fatalismo.

Contrariamente, a nossa ênfase é e continuará a ser sempre a potenciação da experiência superadora.

A construção de vínculos solidários, o reforço da auto-estima, o fortalecimento de sensações e sentimentos de pertencimento.

O nosso fundamento e ponto de partida é que se pode.

Se pode enfrentar vitoriosamente o autoritarismo em qualquer esfera.

Quando falamos em enfrentar, é ver frente a frente, olhar na cara e saber que podemos seguir adiante.

O nosso pressuposto é o caráter constitutivo da pessoa, que a potencia a superar toda circunstância adversa.

A minha própria história de vida, revista nestes anos de pandemia, tão semelhantes a outras situações de confinamento e restrição de movimentos, têm me levado a revalorizar os recursos postos em prática antigamente.

Confiança num amanhã que brilha no meio da escuridão.

Confiança em mim mesmo, nos meus valores superiores, na minha capacidade de estender pontes.

Se pode. Você pode, eu pude, nós podemos.