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“É um compromisso de honra e de vida acabar com a fome nesse país”, diz Lula

O presidente Lula afirmou, nesta terça-feira (5), que “acabar com a fome é prioridade zero no país” e assumiu o compromisso de terminar o mandato com nenhum brasileiro sem ter o que comer. Ele fez a declaração no Palácio do Planalto, durante a primeira reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) de 2024, quando assinou dois decretos conectados a melhorias na promoção da segurança alimentar.

O evento contou com a participação do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família em Combate a Fome, Wellington Dias, da presidenta do Consea, Elisabetta Recine, de outros ministros do governo e demais conselheiros.

Um dos decretos assinados regulamenta o Programa Nacional de Cozinhas Solidárias. O outro trata da regulamentação da nova cesta básica, alinhada a recomendações e princípios dos Guias Alimentares Brasileiros.

Criadas em julho de 2023, por meio da Lei 14.628/2023, as Cozinhas Solidárias surgiram a partir de iniciativas da sociedade civil e de movimentos populares que, especialmente durante a pandemia de Covid-19, se articularam e criaram espaços para preparo e distribuição de refeições, em resposta à realidade da fome que se acentuou ainda mais naquele período. A regulamentação garante a implementação e operacionalização do programa.

O texto aponta iniciativas que passarão a ser atendidas em todo o território nacional e determina modalidades de apoio do governo federal, critérios para participação, princípios, diretrizes e finalidades, sempre com base em critérios de segurança alimentar e nutricional.

Cesta básica

O decreto dispõe sobre a nova composição da cesta básica, alinhada a padrões mais saudáveis de alimentação e nutrição, com a finalidade de garantir o direito humano à alimentação adequada, no âmbito da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e da Política Nacional de Abastecimento Alimentar (clique aqui para saber mais detalhes).

Durante o evento, também foi firmado acordo de cooperação técnica sobre cozinhas solidárias entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família em Combate à Fome (MDS), o Banco do Brasil e a Fundação Banco do Brasil.

Fome e pobreza

No discurso, Lula lamentou que, em um país agrícola como o Brasil, milhões de pessoas não tenham o que comer. Disse que a fome no país não se deve à escassez de alimentos, mas à falta de condições financeiras de grande parte da população para comprar comida, um problema que tem sido enfrentado pelo governo por meio de várias ações voltadas à geração de emprego e renda.

Nós temos todos os instrumentos para acabar com a fome dentro do país”, disse Lula, ao cobrar o empenho dos ministros e dos demais integrantes do Consea para que o país volte a sair do Mapa da Fome da ONU, como ocorreu em 2014, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele também pediu que os ministros reduzam cada vez mais a burocracia para que os objetivos sejam alcançados.

“A gente não tem o direito de desrespeitar as pessoas que passam fome nesse país. Crianças desnutridas não podem esperar. Pessoas que não tomam café e não almoçam não podem esperar. É um compromisso de honra nosso, é um compromisso de fé, é um compromisso de vida a gente acabar com essa maldita doença chamada fome que não deveria existir num país agrícola como o Brasil”, ressaltou o presidente. “Depende de nós, nós temos obrigação”.

Lula disse ainda que o evento no Planalto era muito mais do que a primeira reunião do Consea em 2024. “É a primeira reunião em que a gente está assumindo publicamente o compromisso de que, ao terminar o meu mandato, no dia 31 de dezembro [de 2026], a gente não vai ter mais ninguém passando fome por falta de comida nesse país. Esse é um compromisso que nós temos que cumprir. É importante ter em conta isso. Daqui para frente é muito trabalho e pouca conversa”, enfatizou. “Esta reunião daqui é um chamamento à nossa responsabilidade”.

Avanços

O ministro Wellington Dias destacou os avanços registrados no combate à fome desde a posse de Lula. “A nossa meta é tirar o Brasil do mapa da fome. Avançamos em 23, vamos avançar aceleradamente em 24, e isso é feito com transferência de renda, é feito com complemento alimentar desde o mais potente, que é a rede de alimentação escolar, onde a gente chega já, em 23, com 144 mil escolas, 40 milhões de estudantes que ali são atendidos, mas também a complementação alimentar através de várias áreas”, detalhou.

Dias afirmou ainda que o decreto relacionado às Cozinhas Solidárias é de “grande relevância” e disse que os atos assinados garantirão mais R$ 30 milhões para essa iniciativa. “São 2.400 pontos já cadastrados no governo, garantindo a condição de atendimento daquilo que Lula defende para o Brasil: a segurança alimentar e nutricional”, disse Dias. Ele destacou que, com esse reforço, as Cozinhas solidárias poderão servir mais 1,1 milhão de refeições por mês, numa perspectiva de alcançar 13 milhões.

G20

O titular do MDS também destacou que o governo Lula não se esforça pelo combate à fome apenas no Brasil e citou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa inédita lançada pela presidência brasileira no G20, grupo que reúne 19 das maiores economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia.

Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, ressaltou que o combate à fome é uma das principais marcas dos governos do PT e lamentou que o problema tenha voltado a se agravar após o golpe de 2016. Ele lembrou, inclusive, das cenas de pessoas na fila para comprar osso, durante o governo fascista de Jair Bolsonaro, que chocaram o país.

“Passamos seis anos de retrocesso, e o Brasil voltou a ter pessoas na fila para comprar osso, e seres humanos passando fome. Os dados dizem que 33 milhões de pessoas voltaram a passar fome novamente no Brasil. E precisou o presidente Lula voltar para restabelecer a prioridade desse tema, enfrentar e vamos enfrentar juntos e tirar novamente o Brasil do mapa da fome, essa chaga que assola a nossa história, o nosso povo e a nossa gente”, afirmou.

Ainda durante o evento, a presidenta do Consea, Elisabetta Recine, entregou a Lula o relatório final da 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em dezembro, em Brasília. O documento servirá de base para a elaboração do novo Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

“Presidente, entregar esse relatório diretamente em suas mãos é a confirmação do que nós já sabemos, mas que, em um mundo tão repleto de versões, sempre vale a pena repetir e demonstrar: sim, o Brasil tem o compromisso, não só interno, mas global, de acabar com a fome e com todas as formas de injustiça”, disse a presidenta do Consea.

Ela acrescentou: “Sabemos o quanto esse anúncio pode parecer ingênuo para mentes e corações brutalizados. Mas entre tantos caminhos, esse é o nosso caminho. O Consea continuará exercendo sua razão de existir, que é assessorá-lo, contribuindo, cobrando, monitorando, para que as nossas políticas públicas sejam aprimoradas”.

Fonte: PT

Assentamento de Capim de Cheiro: 50 anos de lutas, resistências e conquistas

Assim como sói acontecer em relação a outros anos, também 2023 tem concentrado uma gama de efemérides relevantes. Por exemplo, no plano eclesial, não devemos esquecer a celebração, em 1º de maio, de 50 anos do manifesto  intitulado “Eu ouvi os clamores do meu povo”, firmado por 11 Bispos do Nordeste (Dom Hélder Câmara, Dom Antônio Batista Fragoso, Dom José Maria Pires, Dom Francisco Austregésilo Mesquita, Dom Severino Mariano de Aguiar, entre outros) e 8 superiores religiosos da mesma região. Sobre ele, já tivemos oportunidade de rememorar seus traços mais fortes. (Cf. https://textosdealdercalado.blogspot.com/2016/07/eu-ouvi-os-clamores-do-meu-povo-um.html).

 

Nas linhas que seguem, nos limitamos a ressoar aspectos que me pareceram mais relevantes da comemoração de 50 anos das lutas, resistência e conquista da comunidade do Assentamento Capim de Cheiro, no município de Caaporã-PB, realizada no dia 18 próximo passado.Uma das animadoras de referência, Tânia Souza, da Coordenação da CPT, da Arquidiocese da Paraíba, acompanhada da Ir. Verônica (das Irmãs Doroteias), logo cedo pela manhã me ofereceu carona para a comemoração, ao lado de Luiz Sena e Pe. Jean.

 

Ao chegarmos ao Assentamento de Capim de Cheiro, já encontramos montada a estrutura de organização deste dia memorável: uma tenda coberta, cadeiras em linha, brinquedos para crianças, música tocando e diversas pessoas a nos acolherem, alegremente. Enquanto nos sentamos, a conversar com animação, pessoas da equipe local nos convidaram para tomar um café.

 

Por volta das 10 horas, o pessoal da Coordenação do Assentamento – nas pessoas de  Iolanda e  Luis Augusto – deu início à comemoração. Luis Augusto deu as boas-vindas, como membro da Coordenação, anunciando a programação do dia , bem como seus objetivos. Iolanda, por sua vez, convidou Pe. Jean o Presbítero Teofanes e mais duas outras pessoas a tomarem assento à mesa, em frente ao público.

 

Em seguida, retornando a palavra ao Pe. Jean, este deu início ao primeiro momento daquela comemoração: O momento orante, fazendo questão de lembrar que não se tratava nem de uma Missa nem de um Culto, mas de um breve exercício de espiritualidade. Tratou, então, de convidar o Presbítero Teofanes para conduzir uma reflexão sobre aquele momento. Ele, em sua reflexão, inspirou-se inicialmente no Salmo 24. Em seguida, convidando a Equipe de animação a entoar, junto com a comunidade, um canto de louvor antes da leitura do Evangelho, leitura extraída de Lucas 6, 20-26, acerca das bem-aventuranças e das maldições. Convidou o Diácono Alder Júlio a uma breve reflexão sobre a leitura recém-proclamada.

 

A seguir, Iolanda convida João Muniz a cantar o hino da Comunidade, tendo-se acompanhado pela Banda da CPT bem como um cordel preparado por ele, narrando a história dos 50 anos de lutas e resistência daquela comunidade. Foi, então, convidado Gabriel, filho da primeira geração de protagonistas – homens e mulheres – de Capim de Cheiro, a dar seu testemunho desta memória histórica.

 

Gabriel cuidou de recordar o contexto histórico das primeiras lutas travadas pela comunidade. Tratava-se de famílias de agricultores exploradas pelos proprietários de um extenso canavial, cujo território alcançava o Estado vizinho de Pernambuco. Gabriel rememora momentos de conflitos agudos enfrentados por aquelas famílias, fazendo questão de destacar o protagonismo de pessoas como Manoel, “Munguba” , Dona Lourdes entre tantos outros, fazendo questão de destacar a convivência fraterna de pessoas de diferentes religiões (Católicos, protestantes, espíritas, pessoas sem confissão religiosa). Lembra que ainda era criança, quando seu pai, já cansado pela idade, não desistia da luta, mesmo quando Gabriel teve que ir ganhar a vida  em São Paulo. Por insistência do pai, retorna a Capim de Cheiro, com a sua esposa Maria do Carmo, e desde então, se juntaram de novo naquela resistência que culminaria com a conquista da Terra há 30 anos atrás.

 

Ao mesmo tempo, fez questão de sublinhar a contribuição profética que várias pessoas da Arquidiocese da Paraíba, há começar por Dom José Maria Pires, bem como de figuras corajosas como a Irmã Tonny, Irmã Marlene, Frei Hermano José, Frei Anastácio, Tânia, Genaro, Wanderley Caixe, entre tantas outras pessoas.

 

Passou, então, a convidar as pessoas presentes a rezarem a oração universal do Pai Nosso. Dando prosseguimento, Pe.Jean, sempre lembrando a presença e a contribuição decisivas das mulheres daquela Comunidade, desde as origens e de suas resistências convidou os participantes a fazerem seu ofertório, solicitando às mulheres para abençoarem o pão produzido pela Comunidade, que foi por todos partilhado.

Chegou o momento em que Pe. Jean solicita que a sra Maria do Carmo trouxesse seu filhinho bebe, para, sob a canção “Feliz Natal”, dar a bênção final.

 

Encerradas as atividades da manhã, todos foram convidados a saborear uma deliciosa feijoada comunitariamente preparada e partilhada.

 

Após o almoço, a Coordenação convidou todos a tomarem assento na sede  da Associação, para assistirem a um curto documentário registrando  relatos sobre a trajetória de lutas, conquistas e resistências do assentamento Capim de Cheiro. De volta à tenda todos puderam acompanhar as apresentações previstas para a parte da tarde.

 

O sentimento principal de aí vivenciamos foi o da importância de fazer memória dos relevantes acontecimentos protagonizados por mulheres e homens daquela Comunidade apoiados pela CPT e outros parceiros e aliados.

 

João Pessoa, 23 de Dezembro de 2023.

Fonte: https://textosdealdercalado.blogspot.com/2023/12/assentamento-de-capim-de-cheiro-50-anos.html

Aniversário

Recebi mensagens de pessoas queridas desta rede

Ia dizer pessoas de diversas partes

Mas a rede não tem partes

A rede é una e une

Então compreendi e agradeço

Pertenço a um coletivo que trabalha na inclusão e integração social

Integrar e incluir

Esta e a nossa guerra

Uma guerra que vencemos todo dia, toda hora

É a guerra do amor contra a exclusão

A vitória é nossa porque o amor não pode ser derrotado

O amor é o que sustenta o mundo

Somos a semente que sobrevive

Começa uma outra jornada

Argentino, vim para o Brasil buscando primaveras

Me fiz neste país que ainda busca primaveras

É uma busca humana a flor

O amor, o que nos da a vida, o que embeleza

Vocês me lembraram que nós não morreremos

Nos eternizamos

Nos unimos à substancia da vida

Então meu aniversário foi ao mesmo tempo

A minha chegada à casa dos setenta em ritmo de sessenta

Aniversário da revista Consciência e do meu tempo nesta rede

Que costura afetos combatendo a exclusão

A vitória é nossa

Obrigado por me ter lembrado disto no meu aniversário!

(01-11-2023)

 

Governo Lula e sociedade se unem contra a misoginia

25.10.2023 – Primeira Dama da República, Janja Lula da Silva, durante evento “Brasil sem Misoginia”, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Brasília – DF
Foto: Claúdio Kbene/PR

O lançamento da campanha nacional Brasil sem Misoginia representa um histórico passo dado pelo governo federal, por meio do Ministério das Mulheres, no enfrentamento a toda forma de violência contra as mulheres. 

“Esta é uma iniciativa que segue a orientação do presidente Lula e tem como meta e objetivo construir a igualdade e acabar com o feminicídio e com a violência contra a mulher em todo o território nacional. O Brasil sem Misoginia é um chamado para todas as autoridades e toda a sociedade sobre a urgência de enfrentarmos a misoginia em nosso país”, disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, no lançamento da campanha, na quarta-feira (25).

Com adesão de mais de 100 empresas, a iniciativa envolve ainda organizações sociais, esportistas, tecnológicas, religiosas, sindicais e culturais, além de todos os ministérios, o Sesi e o Senai e empresas públicas como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras.

Todos esses parceiros, lembrou Cida, se empenharão na construção de um país livre de todas as formas de violência e ódio contra as mulheres, sejam elas das áreas urbanas, do campo, da floresta ou das águas, sejam elas negras, indígenas, jovens, idosas, LBTs ou com deficiência.

“Queremos um Brasil seguro, com igualdades de oportunidades e respeito para todas as mulheres. É preciso prevenir feminicídios e as violências doméstica e sexual porque, segundo o Anuário de Segurança Pública, em 2022, 1.400 mulheres brasileiras foram mortas pelo fato de ser mulheres”, pontuou a ministra.

Janja: “Não podemos nos calar”

A primeira-dama, Janja Lula da Silva, destacou a importância do ato: “Nós, mulheres, não aguentamos mais o machismo e a misoginia.”

Ela chamou a atenção da importância de os homens também participarem da campanha e fez um apelo para que a sociedade converse sobre o Brasil sem Misoginia: “A gente precisa falar muito sobre isso, com o vizinho de porta, com o grupo de mães no colégio, em todos os espaços, com os superiores no trabalho. A gente precisa falar, não podemos e não vamos nos calar.”

Além disso, a primeira-dama também celebrou a participação e a adesão de representantes de empresas de tecnologia: “Estou muito feliz em ver Google e Facebook aqui, porque na rede social acontecem ataques às mulheres. Fico muito feliz também que são duas mulheres que estão como representantes, e vamos cobrar que esses ataques nas redes sejam criminalizados e essas contas excluídas.”

Benedita: basta à misoginia

Muito aclamada pela plateia, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) também participou da cerimônia. Ela destacou que o desafio para enfrentar a misoginia é grande no país, onde a violência contra a mulher é uma constante e atinge principalmente as mulheres negras.

“Por isso a campanha é da sociedade como um todo, não basta ser maioria, ainda não alcançamos os espaços de decisão e poder para mudar o rumo dessa história, mas podemos, sim, mudar o final dela”, afirmou a parlamentar.

“Essa não é uma tarefa fácil, mas estamos juntas para que possamos buscar uma prevenção constante para que as mulheres brasileiras estejam realmente seguras e possam ir aonde elas queiram, e ficar com quem elas quiserem. Vamos dar um basta na misoginia”, conclamou Benedita.

A representante adjunta da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, celebrou a iniciativa e reforçou a urgência de se lutar contra as desigualdades de gênero. “O lançamento do Brasil sem Misoginia é uma iniciativa acertada. É fundamental acelerar o progresso das mulheres”, disse

Cooperação técnica 

No lançamento da ação, houve a assinatura de dois acordos de cooperação entre o Ministério das Mulheres e os Ministérios da Cultura e dos Transportes.

O acordo com o MinC busca promover a colaboração mútua no enfrentamento à misoginia por meio da construção de condições favoráveis e seguras para as práticas artísticas e culturais de meninas e mulheres.

A ministra da pasta, Margareth Menezes, destacou o alinhamento entre os órgãos na busca de um país sem violência contra as mulheres: “Precisamos ter o direito de nos posicionarmos. Precisamos criar uma estrutura de país onde a palavra seja a melhor maneira de debater. Arma de fogo não é processo democrático, não existe processo democrático onde arma de fogo é usada. O MinC tem essa sensibilidade no lugar da mulher”, disse, lembrando que a maioria dos trabalhadores da cultura é formada por mulheres.

Já com o Ministérios do Transportes, foi firmado um Protocolo de Intenções focado na mobilização de concessionárias e empresas públicas. “Procurei a ministra Cida para buscar inserir cada vez mais mulheres no mercado de trabalho na área do transporte e garantir respeito às mulheres que trabalham nele. Quero dizer que neste ministério nós também defendemos direitos iguais”, afirmou o responsável pela pasta, Renan Filho.

Termos de adesão 

As entidades e empresas que aderiram à iniciativa assinaram o termo elaborado pelo MMulheres comprometendo-se a promover ações de enfrentamento à misoginia no âmbito de seu público, linguagem e capacidade. O intuito é estimular debates e reflexões sobre papéis sociais atribuídos a mulheres e homens e mobilizar a sociedade para as necessárias mudanças de comportamento dos grupos.

Entre algumas das entidades que se somaram à campanha estão a Articulação Brasileira de Lésbicas, a Agência Nacional de Mineração, Bayer Brasil, Coca-Cola Brasil, Cielo, CUT, Fórum De Mulheres do Mercosul, Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop, Instituto Avon, Tim Celular, Shien, Natura, Youtube Brasil, Católicas Pelo Direitos De Decidir, Evangélicas Pela Igualdade de Gênero, Casas Pernambucanas, Uber Brasil.

“É uma alegria compartilhar este momento de esperança em que empresas, torcidas organizadas de futebol, movimentos sociais e sindicais, organizações religiosas, juntos se comprometem a promover ações de enfrentamento à misoginia cada qual em seu âmbito de atuação com seu público e sua linguagem e com a sua capacidade”, ressaltou Cida Gonçalves.

E acrescentou: “Vamos juntas e juntos estimular debates, reflexões sobre papéis sociais atribuídos a mulheres e homens, a mobilizar a sociedade para mudanças de comportamento dos grupos. O Ministério das Mulheres, enquanto inaugurador dessa iniciativa, estimula que cada parceiro protagonize campanhas de formação, de ações para construção da igualdade e no enfrentamento à violência”.

Participaram do lançamento as ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Nísia Trindade (Saúde), Aniele Franco (Igualdade Racial) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), além da vice-governadora do DF, Celina Leão, e da empresária Luiza Brunet.

Fonte: PT

(26-10-2023)

Francisco: devem ser desenvolvidas formas de economia que incluam os mais frágeis

Por Alessandro De Carolis

O Papa enviou uma mensagem por ocasião da conferência “NINGUÉM EXCLUÍDO Crescer juntos num país mais igualitário”, promovida pelo Banco Intesa: as finanças são uma arte que se baseia na confiança nas relações, que “só podem ser construídas através do desenvolvimento de uma cultura do encontro”.

Economia e finanças, “orientadas para o bem comum e respeitosas da dignidade humana”, foram e continuam sendo um tema querido aos magistérios dos Papas na era da globalização dos mercados.

Francisco o repetiu numa mensagem dirigida ao diretor administrativo do Banco Intesa, Carlo Messina, por ocasião da conferência “NINGUÉM EXCLUÍDO Crescer juntos num país mais igualitário” realizada nesta quinta-feira, 26 de outubro, em Bréscia, na Itália, que contou com a participação da irmã Alessandra Smerilli, secretária do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que leu a mensagem do Papa.

Confiança, encontro e a arte das finanças

No texto, Francisco exorta a “fortalecer o processo de inclusão econômico-social dirigido com particular atenção aos mais frágeis e, em primeiro lugar, aos migrantes” e à implementação de “projetos de ‘demografia para a sustentabilidade’ que devem encontrar protagonistas jovens e idosos, e servir de antídoto contra a cultura do descarte”.

O Papa recorda que as “razões e motivações originais da arte do crédito e das finanças” baseiam-se na “confiança e no uso do dinheiro como força vital do sistema econômico, para que todos possam ter a possibilidade de sucesso”. Uma arte que precisa de “confiança”, relações que Francisco espera que sejam “construídas apenas através do desenvolvimento de uma ‘cultura do encontro’ na qual cada voz possa ser ouvida e todos possam prosperar, encontrando pontos de contato, construindo pontes e imaginando projetos inclusivos a longo prazo”.

Foto: Catadoras de lixo em Buenos Aires (AFP)

Fonte: Vatican News

Uma homenagem às professoras e aos professores

Por Eliane Amorim

Uma homenagem às professoras e aos professores

Às professoras e aos professores

Quero homenagear

Vocês são doutoras e doutores

Na arte de ensinar

Às educadoras e educadores

Quero parabenizar.

 

Parabéns por construírem

Os pilares da educação

Aprender a aprender

Ensinam com vocação

Aprender a fazer

Ensinam com inovação

Para ser e conviver

Nos dão a motivação.

 

Todos os dias se encontram

Com a arte de aprender

Estudam e ensinam tanto

E buscam compreender

Muito além dos conteúdos

Nos ensinam a viver.

 

Às Professoras e aos Professores

Quero muito agradecer

Por todos os seus valores

Que me fizeram aprender

Por serem empreendedores

Na construção do saber.

A autora é educadora, apaixonada pela vida, pela arte e pela poesia.

Fonte: Me expressando em poesia

https://meexpressandoempoesia.blogspot.com/2021/10/

Moema: “Prefeitas e vereadoras priorizam ações para garantir direitos das mulheres”

A menos de um ano para a realização das eleições legislativas, a prefeita de Lauro de Freitas (BA), cidade da região metropolitana de Salvador, Moema Gramacho, em entrevista para a Secretaria Nacional de Mulheres do PT, falou sobre a importância da ocupação de mulheres progressistas nos espaços de poder e decisão. “Se somos mais da metade da população e mãe da outra metade, por que ainda somos extremas minorias nesses espaços?”, questiona. 

Segundo levantamento realizado pelo Instituto Alziras , no período de 2017 a 2020, o Brasil contou com apenas 649 prefeitas, resultando 12%, ante 88% de homens, com 4.915 prefeitos.

Gramacho, que foi reeleito nas últimas eleições com 50,77% dos votos, também é vice-presidente da Associação Brasileira dos Municípios (ABM), vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) para assuntos de Gênero, presidente do Consórcio da Policlínica de Saúde e diretora da Federação dos Consórcios, além de compor a Direção Nacional do PT. Além disso, foi eleita “Melhor Prefeita das Américas” pela Organização Brasil Américas.

A mandatária defende que a esquerda  deve se organizar, a partir das principais bandeiras defendidas pelas mulheres: “As parlamentares de esquerda, bem como as executivas, têm um legado importante de projetos que viraram leis em defesa das mulheres e de ações nos municípios e estados que trouxeram ganhos substanciais às políticas públicas de gênero”, afirmou.

Ela destaca políticas, leis e ações que foram capitaneadas por mulheres como cotas, capacitação, empoderamento feminino e prevenção à violência de todas as formas, inclusive a violência política de gênero, Saúde da Mulher, Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAMs); Ronda Maria da Penha, Casa da Mulher Brasileira, Centro de Referência à Mulher Vítima de Violência e Hospital da Mulher.

Entretanto, Gramacho ressalta que não é o fato de uma pessoa ser mulher que necessariamente ela construirá pautas que sejam benéficas para os brasileiros: “É importante também ressaltar que não basta ser mulher. Vocês viram o equívoco que foi a ministra do desgoverno (Damares Alves). Portanto, os partidos políticos de esquerda precisam incentivar as mulheres a participarem da vida política, serem candidatas e apoiarem política e financeiramente as campanhas de mulheres que se comprometem com nossa luta para eleger mais mulheres no poder!”

Questionada sobre se há um modo de gestão típico das mulheres, a ex-deputada federal afirmou afirmativamente: “As mulheres nos executivos municipais fazem a diferença, sim. Porque diante de tantas coisas que a população precisa, é necessário definir prioridades para as mulheres prefeitas, além das vereadoras. [É preciso] priorizar propostas e ações que garantam os direitos das mulheres, consequentemente, e até comprovadamente das famílias, até pela cultura da sociedade brasileira que delegou historicamente às mulheres o ‘cuidar’ da família.”

“Quando entrei na prefeitura de Lauro de Freitas, em 2005, a coisa que fiz foi criar a primeira Secretaria Municipal de Políticas Para as Mulheres, a primeira municipal do país. E, logo depois, o Centro de Referência às Mulheres Vítimas de Violência Lélia Gonzalez (CRLG), com atendimento jurídico, psicológico, de capacitação e autonomia financeira para que as mulheres se libertem do agressor. Criamos também o Conselho da Mulher e implantamos o município de Ronda Maria da Penha, dentre outros. Temos conhecimento de muitas outras políticas implantadas por prefeitas mulheres em todo o país e de projetos de lei de várias vereadoras também”, revelou.

Desafios diante da Prefeitura 

“ Estamos fazendo obras grandiosas no município como esgotamento sanitário e macrodrenagens na cidade toda”, observa. “ Com isso, as grandes enchentes não acontecem mais. Importante destacar que inovamos com o Hospital Escola, dentre outras ações de saúde, além de estarmos implantando escolas novas e energia solar nestes equipamentos com ar condicionado nas salas”.

“Dentre tantas outras ações, não se vê o tratamento isento de repercussão de tanta coisa positiva, apenas a concentração nos “buracos”, como se nada mais acontecesse acontecendo no município e nem falam dos buracos tapados diariamente”, reflete.

Mensagem para as mulheres que irão disputar prefeituras em 2024

“O recado que passo para nossas companheiras é que perdemos o medo, buscamos participar dos espaços públicos e privados de poder. Se vocês acham que podemos melhorar mais quaisquer leis e ações que, até então, os que delegamos para realizar ainda não fizeram, por que você não tenta entrar na política para fazer acontecer? Ou se somar aos que ajudaram a eleger para dar mais força? Pense nisso: precisamos colocar mais mulheres nos espaços de decisão de nossas vidas! Felizes, mulheres, 2024 vem aí! Uma sobe e puxa a outra!”

Convite para encontro municipalista 

Em novembro, entre os dias 7 e 9, em Brasília, será realizado o IV Encontro Nacional de Municípios, organizado pela ABM. A iniciativa vai reunir prefeitos, prefeitas e gestores públicos das cinco regiões do Brasil, além de contar com representantes do governo federal como ministros e ministros.

Segundo a Associação, “uma programação foi construída para oferecer três dias de múltiplas experiências com o foco na construção de uma melhor gestão para as prefeituras brasileiras. O público terá acesso a apresentações de temas relevantes para a gestão pública, além de participar de espaços para networking e troca de experiências, com o objetivo de promover a formação de parcerias sólidas e o compartilhamento de melhores práticas.”

Por fim, Gramacho destacou uma atividade para os prefeitos e os prefeitos: “Este evento é extremamente importante porque vai tratar de temas que têm muito a ver com a vida dos municípios e com a necessidade de fortalecermos a nossa luta por mais conquistas. Também precisamos aproveitar o Governo Lula, que se preocupa com o municipalismo brasileiro. As mulheres devem participar porque podem apresentar propostas e, ao mesmo tempo, já irem se preparando para as eleições acompanhando as ações da ABM.”

Fonte: PT (Redação do Elas por Elas, com informações do Instituto Alziras e ABM)

Inteligência artificial: tema escolhido pelo Papa para o Dia das Comunicações Sociais 2024

Francisco definiu o tema do 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado em 2024: “é importante orientar os algoritmos, de modo que haja em todos nós uma consciência responsável no uso e no desenvolvimento dessas diferentes formas de comunicação, que acompanham as das redes sociais e da internet”.

“Inteligência artificial e sabedoria do coração: por uma comunicação plenamente humana.” Esse é o tema que o Papa Francisco escolheu para o 58° Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado em 2024. O anúncio foi feito pela Sala de Imprensa da Santa nesta sexta-feira (29), destacando que “a evolução dos sistemas de inteligência artificial torna cada vez mais natural a comunicação através e com as máquinas, de tal modo que se tornou cada vez mais difícil distinguir o cálculo do pensamento, a linguagem produzida por uma máquina daquela gerada pelos seres humanos”.

O comunicado ainda salienta que, “como todas as revoluções, também esta baseada na inteligência artificial coloca novos desafios para que as máquinas não contribuam para espalhar um sistema de desinformação em larga escala e não aumentem a solidão daqueles que já estão sós, privando-nos do calor que só a comunicação entre pessoas pode dar”. Enfim, a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé é finalizada enaltecendo a importância de se “orientar a inteligência artificial e os algoritmos, de modo que haja em todos nós uma consciência responsável no uso e no desenvolvimento dessas diferentes formas de comunicação, que acompanham as das redes sociais e da internet. A comunicação deve ser orientada para uma vida mais plena da pessoa humana”.

Fonte: Vatican News