Francisco definiu o tema do 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado em 2024: “é importante orientar os algoritmos, de modo que haja em todos nós uma consciência responsável no uso e no desenvolvimento dessas diferentes formas de comunicação, que acompanham as das redes sociais e da internet”.
“Inteligência artificial e sabedoria do coração: por uma comunicação plenamente humana.” Esse é o tema que o Papa Francisco escolheu para o 58° Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado em 2024. O anúncio foi feito pela Sala de Imprensa da Santa nesta sexta-feira (29), destacando que “a evolução dos sistemas de inteligência artificial torna cada vez mais natural a comunicação através e com as máquinas, de tal modo que se tornou cada vez mais difícil distinguir o cálculo do pensamento, a linguagem produzida por uma máquina daquela gerada pelos seres humanos”.
O comunicado ainda salienta que, “como todas as revoluções, também esta baseada na inteligência artificial coloca novos desafios para que as máquinas não contribuam para espalhar um sistema de desinformação em larga escala e não aumentem a solidão daqueles que já estão sós, privando-nos do calor que só a comunicação entre pessoas pode dar”. Enfim, a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé é finalizada enaltecendo a importância de se “orientar a inteligência artificial e os algoritmos, de modo que haja em todos nós uma consciência responsável no uso e no desenvolvimento dessas diferentes formas de comunicação, que acompanham as das redes sociais e da internet. A comunicação deve ser orientada para uma vida mais plena da pessoa humana”.
O Papa Francisco encontrou-se na manhã deste sábado, no Vaticano, com membros da Rede Internacional de Legisladores Católicos, uma rede cujo objetivo é a formação de uma nova geração de líderes católicos capazes de promover a doutrina social da Igreja na esfera pública. Francisco advertiu sobre os riscos da tecnocracia dominante de hoje, que tende a “coisificar” as pessoas e os recursos naturais
O Papa Francisco recebeu no Vaticano, na manhã deste sábado, 26 de agosto, os participantes do XIV Encontro anual da “Rede Internacional de Legisladores Católicos”, que se realiza em Frascati, nas proximidades de Roma.
Em seu discurso, o Santo Padre aprofundou o tema escolhido para o encontro deste ano: “Luta das grandes potências, Captura Corporativa e Tecnocracia: resposta cristã às tendências desumanizantes”, um tema que aborda os aspectos vitais da nossa existência.
A este respeito, o Papa referiu-se à Encíclica ‘Laudato Si’, dizendo que o “paradigma tecnocrata dominante” suscita profundas questões “sobre o lugar e a ação que, hoje, o ser humano ocupa no mundo”.
Promover a doutrina social da Igreja
Certamente, disse Francisco, um dos aspectos mais preocupantes deste paradigma, devido aos seus impactos negativos sobre a ecologia humana e a natureza, é a tentação sutil do espírito humano, que conduz as pessoas, sobretudo os jovens, a fazer um uso distorcido da liberdade. Notamos isso quando homens e mulheres são encorajados mais a exercer um controle e não tanto uma proteção responsável dos “objetos” materiais ou econômicos, dos recursos naturais da nossa Casa comum ou uns dos outros. Este modo de “coisificar” acaba tendo um impacto negativo sobre os sujeitos mais pobres e frágeis da sociedade”.
“Ao procurar responder a esta questão e aos muitos desafios associados, promovendo uma doutrina social católica, disse Francisco aos participantes no Encontro, gostaria de salientar que a própria estrutura da sua organização pode lhes oferecer um quadro de referência: vocês são uma rede internacional, cujo intuito é reunir em uma comunidade a nova geração de líderes cristãos corajosos”. A este respeito, o Papa ponderou:
“O objetivo de cada Rede é estabelecer uma conexão entre as pessoas, conscientizando-as de pertencer a algo bem mais superior a elas. Eis o propósito de muitas plataformas mediáticas, que fazem tanto bem através dos meios de comunicação. Mas, é preciso também fazer atenção, porque, infelizmente, nos canais de comunicação podem-se encontrar práticas desumanizantes, de natureza tecnocrática”.
Apelo radical à escuta e ao respeito recíprocos
Entre tais práticas, Francisco destacou a divulgação deliberada de notícias falsas, incitação ao ódio e divisão, redução das relações humanas com algoritmos, para não mencionar a promoção de falsos sentimentos de pertença, especialmente entre os jovens, que os pode levar até ao isolamento e à solidão.
O uso distorcido dos encontros virtuais, afirmou o Papa, pode ser superado com uma cultura de encontros autênticos, que implica um apelo radical à escuta e ao respeito recíprocos, até para quem tem opiniões divergentes.
Neste sentido, afirmou, a “Rede Internacional de Legisladores Católicos” pode dar exemplo, porque tenta reunir pessoas do mundo inteiro, de forma sincera e genuína. E explicou:
“Criar uma rede, porém, não significa apenas unir pessoas, mas dar-lhes a possibilidade de cooperar para atingir a meta de um objetivo comum. Os primeiros discípulos de Jesus foram chamados a uma ação conjunta ao lançar as redes para uma pesca abundante. Poderíamos definir a criação de redes como ferramentas para ser utilizadas, de forma partilhada, para a realização de um objetivo comum”.
Missão comum de proclamar com alegria o Evangelho
Ambos os aspectos “conexão e objetivo comum” são as características do trabalho da “Rede Internacional de Legisladores Católicos”, que também refletem a vida da Igreja, Povo de Deus, chamado a viver em comunhão e missão. Estes dois aspectos, sustentados pela força do Espírito Santo, unem as pessoas na comunhão fraterna interna e, ao mesmo tempo, as impelem à missão comum de proclamar com alegria o Evangelho. E o Papa concluiu:
“Uma rede verdadeiramente cristã já é uma resposta às tendências desumanizantes, porque não tende apenas às verdades que libertam a existência do homem, mas as tornam modelos no contexto de suas atividades. Por este motivo, manter uma rede internacional, genuinamente católica, significa indicar, com credibilidade, uma alternativa à tirania tecnocrática, que induz os nossos irmãos e irmãs a se apropriar dos recursos, tanto da natureza como da existência humana, que, no entanto, diminui a sua capacidade de tomar decisões e viver livremente”.
O Santo Padre se despediu dos participantes no Encontro da “Rede Internacional de Legisladores Católicos”, invocando o Espírito Santo que inspire e oriente os esforços de todos para formar uma nova geração de líderes católicos treinados e fiéis, que se dedique à promoção do ensinamento social e ético da Igreja e do crescimento do Reino de Deus.
Com críticas à governança global, aos países ricos e ao sistema financeiro internacional, o presidente Lula defendeu, nesta quarta-feira (23), que o modelo multilateral do comércio seja reavivado para que volte a ser indutor de relações justas, previsíveis, equitativas e não discriminatórias entre os países. Lula discursou durante a sessão plenária aberta da XV Cúpula do BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul.
“Em poucos anos, retrocedemos de uma conjuntura de multipolaridade benigna para uma que retoma a mentalidade obsoleta da Guerra Fria e da competição geopolítica”, afirmou o presidente, durante a sessão com os líderes dos demais países que compõem o BRICS – Rússia, Índia, China e África do Sul. “Essa é uma insensatez que gera grandes incertezas e corrói o multilateralismo. Sabemos bem onde esse caminho pode nos levar. O mundo precisa compreender que os riscos envolvidos são inaceitáveis para a humanidade”.
Como exemplo, o chefe do governo brasileiro citou a guerra na Ucrânia. “Não podemos nos furtar a tratar o principal conflito da atualidade, que ocorre na Ucrânia e tem efeitos globais. O Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania, da integridade territorial e de todos os propósitos e princípios das Nações Unidas. Achamos positivo que um número crescente de países, entre eles os países do BRICS, também esteja engajado em contatos diretos com Moscou e Kiev”, afirmou Lula.
O presidente acrescentou que as dificuldades para o alcance da paz não podem ser subestimadas e, “tampouco, podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia”.
Lula ressaltou que os países do BRICS estão prontos para se juntar a um esforço que possa efetivamente contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura. Segundo ele, todos sofrem as consequências da guerra, mas as populações mais vulneráveis, nos países em desenvolvimento, são atingidas desproporcionalmente.
“A guerra na Ucrânia evidencia as limitações do Conselho de Segurança. Os BRICS devem atuar como uma força pelo entendimento e pela cooperação. Nossa disposição está expressa nas contribuições da China, da África do Sul e de meu próprio país para os esforços de solução do conflito na Ucrânia”, pontuou o líder brasileiro.
Ele criticou o fato de muitos outros conflitos e crises não estarem recebendo a atenção devida, mesmo causando vasto sofrimento para as suas populações. “Haitianos, iemenitas, sírios, líbios, sudaneses e palestinos todos merecem viver em paz. É inaceitável que os gastos militares globais em um único ano ultrapassem 2 trilhões de dólares, enquanto a FAO nos diz que 735 milhões de pessoas passam fome todos os dias no mundo”, disse. “A busca pela paz é um dever coletivo e um imperativo para o desenvolvimento justo e sustentável”.
“Relatório recente da ONU indica fortes retrocessos. Vemos o maior aumento da desigualdade entre os países em três décadas. Em 30% das metas, estagnamos ou andamos para trás. É muito difícil combater a mudança do clima enquanto tantos países em desenvolvimento ainda lidam com a fome, a pobreza e outras violências”, criticou o presidente brasileiro.
Em um recado às potências econômicas, Lula reafirmou que o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, mantém sua atualidade. “Os grandes responsáveis pelas emissões de carbono que causaram a crise climática foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial e alimentaram um extrativismo colonial predatório. Eles têm uma dívida histórica com o planeta Terra e com a humanidade”, afirmou.
Segundo ele, “precisamos valorizar o Acordo de Paris e a Convenção do Clima, em vez de terceirizar as responsabilidades climáticas para o Sul Global”. Lula ressaltou que, nesse contexto, o Brasil tem recuperado seu protagonismo na agenda ambiental.
O presidente citou a Cúpula da Amazônia, realizada nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém (PA), um marco, segundo ele, para a necessária construção de um modelo de desenvolvimento sustentável mais justo.
“Nossos recursos não devem ser explorados em benefício de poucos, mas valorizados e colocados a serviço de todos, sobretudo do bem-estar das populações locais. Mas para que as promessas já feitas pelos países ricos sejam cumpridas, o financiamento climático e de biodiversidade deve ser verdadeiramente novo e adicional em relação ao financiamento ao desenvolvimento”, enfatizou.
Segundo o chefe do governo brasileiro, o sistema financeiro internacional, ao invés de alimentar as desigualdades, deveria ajudar os países de baixa e média renda a implementarem mudanças estruturais. “O endividamento externo restringe o desenvolvimento sustentável. É inadmissível que os países em desenvolvimento sejam penalizados com juros até oito vezes mais altos do que os cobrados dos países ricos. É preciso aumentar a liquidez, ampliar o financiamento concessional e pôr fim às condicionalidades”.
Como havia feito na terça-feira (22), durante o Fórum Empresarial do BRICS, Lula destacou que o grupo de países está plenamente consolidado como marca e ativo político de valor estratégico, com forte potencial para influir na trajetória do desenvolvimento mundial. “A participação de dezenas de chefes de Estado e de Governo na sessão ampliada de amanhã representará um feito histórico. O interesse de vários países em aderir ao agrupamento é reconhecimento de sua relevância crescente”.
Ontem tive a oportunidade de assistir a uma mesa redonda sobre Terapia Comunitária Integrativa com grupos específicos. Masculinidades não violentas. Migrantes. Juventudes de bairros populares. Pessoas com deficiências.
A escuta das falas me proporcionou uma alegria difícil de transmitir com palavras.
A desconstrução de traços da cultura dominante, que oprime identidades, gerando violência e exclusão, apresentada por terapeutas comunitários e comunitárias de diversos países.
A minha sensação mais clara, talvez, seja a de quanto vale a pena fazer parte destas redes da TCI. Um lugar onde somos acolhidos e acolhidas como seres humanos.
Me enche de alegria ver o conhecimento que liberta. A escuta das vozes plurais que nos fortalece. O pertencimento que reforça e realça a beleza das diferenças.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Vim me aninhar nesta revista lá pelo ano de 2000. Recém nascida, recém nascendo. Vim me ter em diálogos e laudas. Conversas digitais.
Tais passos fizeram já 23 anos. Já fiquei não direi posseiro, mas habitué desta publicação. Ação educativa. Promoção da vida. Potenciação da solidariedade. Força comunitária. É isso aí.
Não consigo ficar distante deste espaço. Tornou-se uma parceria silenciosa, ou nem tanto, da vida nova que brota cada dia. Gente que continua a apostar na justiça e na inclusão social.
Positivando o milagre do viver . Longe de padronizações ou sectarismos. Diálogo aberto. Aposta na esperança. Mais compreensão do que crítica. Construção de pontes que nos conectam.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
A educação, em todos os níveis, voltou a ser prioridade do governo federal desde o dia 1º de janeiro de 2023. “Agora é hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro, criar ainda mais vagas nas universidades, investir fortemente na educação, na ciência e na cultura”, anunciou o presidente Lula no discurso de posse.
As ações dos seis primeiros meses de governo refletiram o compromisso com a educação como base para o desenvolvimento do país, desde a creche até a universidade. Escola em tempo integral, investimentos em universidades e pesquisa, Brasil Alfabetizado, Escola Segura e a retomada de milhares de obras paradas foram algumas das ações que, em apenas um semestre, viraram as páginas trevosas de um capítulo de desmonte que os dois governos anteriores escreveram na educação brasileira.
“Eu voltei para continuar fazendo mais escolas, para continuar fazendo mais universidades, porque não existe exemplo, no planeta terra, de um país que se desenvolveu sem antes investir na educação”, afirmou o presidente no começo de junho na inauguração do Campus Paulista do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), na cidade de Paulista, no Grande Recife.
Dia 17 de janeiro o governo anunciou o reajuste de 14,95% do piso salarial nacional dos professores de educação básica da rede pública. “A valorização dos nossos profissionais da educação é fator determinante para o crescimento do nosso país”, ressaltou o ministro Camilo Santana no Twitter.
O governo seguiu firme no propósito de recuperar a educação e a ciência brasileiras do desmonte promovido nos últimos anos. Em fevereiro Lula anunciou o aumento do valor das bolsas de pesquisa que estavam congeladas desde 2013 e também 10 mil novas bolsas da graduação ao pós-doutorado.
Bolsas de mestrado e doutorado, que há anos não eram reajustadas, tiveram aumento de 40%. As de pós-doutorado tiveram reajuste de 25%. No caso das bolsas de iniciação científica no ensino médio os valores são de 75% a 200%. “A bolsas são ferramentas essenciais para o desenvolvimento científico e a geração de inovação, evitando a evasão de talentos para o exterior, que é tão preocupante para o futuro da nossa nação”, salientou Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Em março foi a vez do reajuste de 39% na merenda escolar que ficou cinco anos sem correção, uma das maiores crueldades dos governos Temer e Bolsonaro com cerca de 40 milhões de crianças e adolescentes. Os valores são repassados a estados e municípios para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) com investimentos de R$ 5,5 bilhões, um aumento de cerca de R$ 1,5 bilhão em relação ao orçamento anterior.
Em abril o governo anunciou o repasse de R$ 2,44 bilhões para o fortalecimento do ensino superior, profissional e tecnológico. 70% dos recursos, cerca de R$ 1,7 bilhão foram destinados para a recomposição direta das finanças de universidades e institutos federais e outros 730 milhões para obras e ações como residência médica e multiprofissional, além de bolsas de permanência.
Para o programa Escola em Tempo Integral, uma das grandes metas do governo, foram liberados R$ 4 bilhões para estados e municípios alcançarem um milhão de matrículas, numa primeira etapa. Até 2026 a meta é alcançar cerca de 3,2 milhões de matrículas. Somente 15% dos alunos brasileiros estão matriculados no ensino em tempo integral atualmente.
“É muito importante quando uma mãe ou um pai deixa uma criança numa escola de tempo integral e sabe que seu filho ou filha está bem cuidado. E vamos precisar de governadores, prefeitos, deputados, a sociedade atuando juntos, porque essa política não será feita sozinha”, frisou Lula durante o evento de lançamento em maio no Ceará.
No mesmo mês, Lula anunciou o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica para recuperação de 3.500 obras paralisadas, como creches e pré-escolas, escolas de ensino fundamental e profissionalizante, além de investimentos na conclusão de quadras esportivas. Serão criadas mais de 450 mil vagas na rede pública de ensino, com investimentos de R$ 4 bilhões entre 2023 e 2026.
Mais do que nunca a segurança nas escolas se tornou foco do governo em iniciativas como a destinação de R$ 3,1 bilhões para estados e municípios promoverem um ambiente escolar mais seguro, com medidas que envolvem os ministérios da Educação, Justiça, Direitos Humanos, Cultura e Esportes.
O Programa Nacional de Segurança nas Escolas prevê R$ 150 milhões para o fortalecimento dos órgãos de segurança pública voltados para o ambiente escolar, além de R$ 100 milhões para fortalecimento das guardas municipais. Outros R$ 90 milhões dos recursos da Assistência Primária à Saúde foram destinados para os municípios dentro do Programa Saúde na Escola, que contempla ações que promovem a cultura de paz.
Para garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao fim do segundo ano do ensino fundamental, o governo distribuirá R$ 3,5 bilhões ao longo dos próximos anos para estados e municípios, além de recuperar o aprendizado dos alunos matriculados no terceiro, quarto e quinto anos, que tiveram o desempenho afetado pela pandemia. Os recursos serão destinados para ações como formação de professores e gestores, aquisição de materiais de ensino e melhoria da infraestrutura escolar.
O Enem foi alvo de ampla campanha do governo após registrar apenas 1,9 milhão de inscritos em 2022 contra os seis milhões de participantes em 2014.
“Com a volta de Lula, o Brasil voltou, a educação voltou, a ciência voltou ao Brasil. Por isso, a ciência e a educação vão servir ao combate à fome, vão servir à agenda das mudanças climáticas, vão servir à transição energética, vão servir à inclusão digital, vão servir, portanto, ao meio ambiente, e servir com as políticas assistivas”, declarou Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.