Arquivo da tag: Max Weber

En amor

Rojo y amarillo

Paz y serenidad

Fuerza y placer

Centramiento y foco

Seguridad

Pensando en estas cosas, veo que el placer, la fuerza, la serenidad, la seguridad y la paz, vienen de una única fuente.

El intelectual o la intelectual disocian constantemente todo. Separan y oponen. Disecan y excluyen. Yo, al contrario, junto y reúno, coso y tejo, integro, constantemente.

Por eso es que cada vez más estoy bien. La unidad alcanzada me contiene y me guarda. Ella es preexistente. Es hacia allí que va todo. El sentido de la vida es amor.

La vida no tolera la disociación. Es unidad. Una. Cuando prestamos atención, podemos saber sin duda (o con poco margen de duda) si estamos por entero en una acción.

La historia, la música, la literatura, la vida cotidiana, la poesía, son otros tantos medios para recomponer la unidad del todo.

El todo no suprime sino integra las partes. La ignorancia ampliamente extendida en nuestros días, se apoya en la negación de la filosofia, que a su vez nos muestra la génesis de las cosas.

Al tomarse como dado algo que no lo es, se invierte la realidad y se pervierte el sentido del vivir. No hay necesidad de que personas sufran, pasen hambre, se enfermen y mueran.

Esto es perfectamente evitable. Desde por lo menos los años 1960, las Naciones Unidas han mostrado que hay alimentos para todas las personas.

Al esconder y negar el conocimiento, se destruye la humanidad de la gente. Se la condena a vivir y morir sin sentido. ¡Esto no puede ser!

La idiotización, la bestialización, la pura y simple degradación que se quiere naturalizar, no tiene nada de natural. Es decisión de los poderes de este mundo. Esto debe cambiar.

El desarrollo pleno de la persona en toda la multiplicidad y diversidad de sus dimensiones, debe ser garantizado por una educación libertadora, cuyos fundamentos y práctica se encuentran, entre otras fuentes, en la pedagogia de Paulo Freire.

La obra de Karl Marx ha puesto en evidencia los efectos nocivos de una sociedad basada en la acumulación de riquezas y en la propiedad privada, que destituyen a la persona de su dignidad, tornándola apenas medio. Algo que se usa y se desprecia.

Es imprescindible un cambio de dirección. El Papa Francisco viene insistiendo en esta necesidad. ¡No tenemos tiempo que perder!

La sociología de Max Weber y Emile Durkheim señalan con claridad el carácter imprescindible del sentido y la solidaridad como bases de la sociedad.

Es imperioso que la educación, la familia y la sociedad como un todo, se vuelquen en esa dirección.

Brasil viene dando pasos firmes en ese sentido. Dejar la política de muerte y engaños practicada durante estos últimos diez años.

Reorientar la vida hacia el amor. Su fuente, origen y sentido.

Ilustración: “El tejido del universo.”

Como o que eu faço hoje se enraíza na minha história de vida?

Como o que eu faço hoje se enraíza na minha história de vida? Esta pergunta, como tantas outras da abordagem barretiana (1), nos traz para uma integração da nossa vida atual na nossa essência, na nossa trajetória existencial.

Quando o que eu faço está integrado na minha história de vida, eu sou uno com o que faço, eu não sou um tarefeiro, alguém que cumpre papéis ou executa ordens, mecanicamente.

Quando a minha ação de hoje, ou ainda mais, quando a minha presença hoje, aqui e agora, neste exato tempo e lugar está perfeitamente encaixada com a minha história de vida, eu não sou mais dois, eu sou um só. Eu estou em paz, portanto. A dissociação cria um barulho.

Quando eu sou o que eu faço, quando o que faço é uma emanação do meu ser mais profundo, a minha ação é una, ela se integra com a situação em que vivo, com as pessoas em volta.

Na Terapia Comunitária Integrativa e nos cursos do Cuidando do Cuidador, somos levados a resgatar a nossa criança interior, o nosso primeiro mestre, que atravessou todas as dificuldades para nos trazer até aqui.

Quando eu percebo que eu consegui superar todas as dificuldades que se me apresentaram na minha caminhada, percebo que eu posso. Eu posso, eu pude e eu poderei. É o empoderamento. É o surgimento da confiança, da aceitação de mim mesmo.

(1) Adalberto Barreto, criador da Terapia Comunitária Integrativa e do Cuidando do Cuidador

“GIGANTE” OU DA CELEBRAÇÃO DAS COISAS SIMPLES

Acabo de ver mais uma vez esta obra prima do cinema uruguaio Gigante de Adrián Biniez(tão raro vermos filmes do Uruguai no Brasil!) e a cada vez mais uma comoção estranha e renovada me toma por inteiro. Desta vi o filme depois da leitura do livro do mestre Rolando Lazarte “Max weber: ciência e valores”. 2001, 2a. ed., Editora Cortez.

Como vi semelhanças entre a pelicula uruguaia e o livro magistral deste sensivel argentino/brasileiro/nordestino cidadão do mundo. Começemos pelo filme. A história trata de um segurança de um supermercado de Montevideo e sua rotina cotidiana. Nas horas vagas vira “leão de chacara” de um dessas boates noturnas.

O tamanho do persongem assusta e de cara acrditamos ser um sujeito maldoso e tolo. ledo engano. O filme todo nos engana e encanta. Jara, este é o nome do protagonista, é um sujeito simples, do povo, anônimo e pobre, que mora numa periferia de Motevideo sem grandes perspectivas como milhões de latinos ferrados por este cruel e triturado sistema de corpos reconhecido sociologicamente como capitalismo, sendo que na periferia do próprio sitema a coisa é mais brutal.

Inicialmente percebemos lentamente uma rotina de ir trabalhar a noite, vigiar outros funcionários por várias câmaras e flagrar alguns com pequenos “furtos” necessários para qualquer pobre sobreviver diante de grandes ladrões nunca vistos assim. Jara, a pesar do tamanho e da cara, não é perseguidor ou sádico como seus colegas e isto já surpreende quem assiste o filme.

Mas o melhor do filme esta por acontecer. Jara de tanto vigiar os funcionários a distancia por uma câmara acaba se “apaixonando platonicamente” por uma faixineira chamada Júlia. Ele em nenhum momento revela seu amor ou a encara de frente. É sempre pelas câmaras ou quando sai a seguindo discretamente por onde ela vai, criando assim uma rotina amorosa de cuidado e carinho sempre a distancia.

O filme nos coloca a questão sem explicar, de como alguém descobre esta enamorado de outro alguém. O sentimento de Jara é tão simples como tão belo… E sério, a ponto de mudar sua vida completamente. O filme mantem-se na tradição cinematográfica do “minimalismo estético” que em muito lembra Robert Bresson. Pequenas histórias que se tornam grandes pela simplicidade e pelo agigantamento da narrativa.

Um filme marcante pois nos mostra na linha do que esta fazendo o cinema argentino contemporâneo que as histórias mais simples e mais aparentemente insignificantes, podem dar uma rara narrativa cinematográfica a depender da sensibilidade da câmara de que dirige e da capacidade de contemplar as “grandezas do infimo” (Manoel de Barros). O desenrolar do filme não merece ser contado e sim visto…

O filme uruguaio visto e refletido a partir do livro “Max Weber: ciência e valores” nos pode remeter a uma leitura apaixonante. Óbvio que filme e livro não tem nada em comum de imediato. Mas podemos ligar um ao outro pelo que mostram e dizem. O livro trata de interpretar max Weber fora dos canônes positivista em que foi o sociólogo alemão encalacrado. Um leitura “caleidoscópica”, logo, multifacetada e compreensiva.

O Weber de Rolando Lazarte é simples e criativo, um Weber que “não esconde o sujeito da ação social” e que “pratica um pluralismo cognoscitivo”. Significa em claras linhas: um Weber que reconhece no cotidiano das coisas simples um “objeto” extra-ordinário para o conhecimento sociológico.

O capitulo final é uma jóia rara para qualquer sociólogo aberto ao novo. Intitulado de “Simpatia pelo Daimon”, nos remete ao Weber de uma sociologia feita a margem das academias autoritárias e sem sentido. Um Weber que nos leva a pensar nas possibilidades de uma ciência “que não implique a amputação do lado interior, emocional, afetivo do ser humano – tanto cientista como sujeitos de estudo”. Uma deixa perfeita para entendermos os personagens do filme de Biniez.

Tanto o filme “Gigante,” quanto o livro de Rolando trazem mais encanto para um mundo desencantado do Capital. Ambos são a celebração da simplicidade e da vida digna sem tirar em nada dos nossos mais cotidianos sentimentos.

Amor é mistério e dádiva (isto é sentido na música final que acompnha os créditos, canatada por Hector Pauluk em voz rouca maravilhosa que nos lembra a cantora Buika), seja para um bom sociólogo, seja para um bom cineasta…

E nós que recebemos de ambos, agradecemos e seguimos.