Vale a pena, para todas as pessoas que ainda querem viver a experiência do amor. Em qualquer uma das suas formas. Assista!
Fonte: YouTube
Vale a pena, para todas as pessoas que ainda querem viver a experiência do amor. Em qualquer uma das suas formas. Assista!
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Reconstrói de maneira documental o conjunto de peças que se movimentaram para destituir a Presidenta da República Dilma Rousseff e dar lugar ao atual regime.
O atual presidente do Brasil, ao emitir o seu voto em favor da destituição ilegal da Presidenta da República, o fez em homenagem ao torturador dela. Nada aconteceu.
Será que a vida não vale nada? Será que os Direitos Humanos aqui não vigoram? O filme nos lembra que este país nunca deixou para atrás o seu passado escravagista.
Este documentário irá ter na história brasileira, talvez, o destino do filme argentino La hora de los hornos, que mostra o bombardeio das pessoas na Plaza de Mayo durante o golpe contra Perón em 1955.
A história se repete. Que a vida das pessoas nada valha para a oligarquia não é novidade. Mas que as próprias pessoas não dêem valor à sua própria existência, é algo que de maneira alguma pode deixar de chamar a atenção.
Ao se deixar impune o crime cometido contra Dilma Rousseff ontem e hoje, deixou-se uma porta escancarada para que se repita o que nunca mais deve ocorrer em país algum. A omissão é cumplicidade.
Nascido em 1938, doutorou-se em teologia pela Universidade de Munique. Foi professor de teologia sistemática e ecumênica com os Franciscanos em Petrópolis e depois professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Conta-se entre um dos iniciadores da teologia da libertação. É assessor de movimentos populares. Conhecido como professor e conferencista no país e no estrangeiro nas áreas de teologia, filosofia, ética, espiritualidade e ecologia. Em 1985, foi condenado a um ano de silêncio obsequioso pelo ex-Santo Ofício, por suas teses no livro Igreja: carisma e poder (Record).
Saiba mais: https://leonardoboff.org
“O mundo hoje sabe que é golpe”, disse o cientista Miguel Nicolelis, que ajudo a repercutir internacionalmente o processo de impeachment no Brasil. No ato Grito pela Democracia, realizado neste sábado (21) em São Paulo, ele lembrou de quando foi estudante secundarista e participou de passeatas contra a ditadura. “Fui embora do Brasil para perseguir a minha utopia, ser cientista. Mas a ciência só existe quando vem do homem. A felicidade de milhões não pode ser subjugada pela ganância de uma minoria”, afirmou Nicolelis, atacando o “mafioso, medieval, medíocre” governo interino e pedindo a volta de Dilma Rousseff.
“Este Brasil não pertence aos homens brancos, milionários e alguns deles criminosos, que ocuparam o poder neste momento”, acrescentou o cientista. “Eu quero o meu voto de volta. Eu quero no Palácio do Planalto a brasileira que foi eleita por 54 milhões de brasileiros. Eu só aceito a verdadeira presidente do Brasil sentada na cadeira da Presidência da República.” Para Nicolelis, o golpe atacou “o coração e a alma” dos brasileiros: a cultura. “Todos somos artistas, somos poetas.”
A cartunista Laerte Coutinho identificou diferença entre o golpe atual e o de 1964. “Por que fechar o Congresso? Foi o Congresso que deu o golpe”, afirmou. Para ele, os partidos tradicionais estão em crise e as pessoas são convocadas a participar politicamente de uma forma difusa. Neste momento, acrescentou, é preciso se preocupar não apenas em derrotar o golpe, “mas construir o depois do golpe”, para restabelecer a normalidade democrática e retomar as demandas sociais. “Estamos no meio. Fora Temer”, disse Laerte.
Com uma mensagem em vídeo, a cineasta Tata Amaral, que está em Cannes, destacou o protesto feito por equipe e elenco do filme Aquarius. “Foi lindo, muito aplaudido”, afirmou, ressaltando a “sensação incrível” de deixar o país com Dilma Rousseff na presidência e voltar com Michel Temer no poder. “A gente apenas começou na conquista de direitos. A gente não pode e não vai voltar atrás”, disse Tata. “Sou contra o governo golpista de Temer. Não estamos à venda. Esse projeto não foi eleito.”
Ela também fez referência à extinção do Ministério da Cultura, que após pressões do meio artístico deverá ser mantido por Temer. Segundo Tata, é um órgão para estabelecer políticas e garantir inclusão e democratização, e isso se evidencia pela quantidade de autores produzindo. “Isso é uma política pública, não acontece à toa”, afirmou, manifestando também contra o fim da Controladoria-Geral da União e as ameaças ao SUS.
Com uma jaqueta vermelha e um enorme cachecol branco, o diretor teatral José Celso Martinez Corrêa comentou artigo do diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, para quem a cultura está em coma. “Não é a cultura, é o Estado que está em coma. A República foi enterrada com esse golpe”, disse Zé Celso, aludindo ao “espetáculo ridículo” de 17 de abril, quando a Câmara aprovou a admissibilidade do processo de impeachment. “Todos aqueles corruptos se abrigaram nesse golpe”, afirmou o diretor, referindo-se a José Serra (que lembrou ter sido presidente da União Nacional dos Estudantes) como “entreguista”.
Ao mesmo tempo, Zé Celso que o fechamento do Ministério da Cultura, agora revogado, sinaliza algo positivo, uma “revolução cultural da juventude”. “Porque cultura é uma coisa transversal. A cultura é simplesmente a coisa mais importante da vida. É a infraestrutura da vida.” Para o diretor do Oficina, “resistência” é uma palavra superada. “Você tem de re-existir”, afirmou.
Muitos participantes do “Grito” fizeram referência à mídia tradicional e às ameaças à comunicação pública. O professor Laurindo Leal Filho, por exemplo, destacou a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que ajudou a “aumentar o patamar civilizatório da sociedade brasileira”. “A Globo é inimiga do povo, da democracia”, acrescentou.
“Não acreditem no que sai na mídia”, disse o jornalista e publicitário Chico Malfitani, um dos fundadores da torcida organizada Gaviões da Fiel, do Corinthians. “A mesma mídia que criminaliza a Gaviões e as torcidas organizadas é a mesma que criminaliza as esquerdas”, afirmou, destacando o apoio dado a movimentos como à greve dos professores estaduais e à ocupação das escolas em São Paulo. Ele lembrou ainda que há 18 integrantes da Gaviões presos há mais de um mês”, jogados na delegacia e esquecidos”, por protestar contra o desvio de recursos da merenda escolar. Há uma audiência prevista para esta segunda-feira (23).
Fonte: Rede Brasil Atual
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/05/ze-celso-laerte-tata-amaral-nicolelis-cultura-ciencia-e-democracia-9687.html
No tiene importancia casi, salvo porque el propio Leonardo le dio siempre mucha importancia a su propia niñez.
Yo sí me acuerdo de su grupo, los chicos de la Colonia Hogar – en ese tiempo El Patronato de Menores-. Chicos en crisis. (En rigor eran sus padres los que estaban en crisis). Chicos en ratos muy violentos, y en seguida en ternura; que pasaban como ráfagas por nuestra Escuela Nacional, peleados ya con la vida y a la vez desesperados por bebérsela toda de un trago.
Los Juri tenían “algo”, creo, una enigmática seducción. Que se multiplicaba cuando nos dimos cuenta que a ratos se llamaban “Juri” y ratos se llamaban “Favio”.
Ni nos habíamos dado por enterados. “Laura Favio” era el nombre de una de las autoras de radioteatro que en mi casa, y en todas las otras, más se admiraba, con verdadero asombro y pasión. Para todos era una autora internacional, de Buenos Aires por lo menos. El radioteatro arrasaba con todo, y “La bestia acorralada”, de Laura Favio, cortaba el aliento durante una hora y media.
Nadie hubiera creído, era increíble, que Laura Favio vivía (bueno, algunas noches, digamos…) en la “Calle de la Costa”, en un lugar de conventillos. Que era la madre de varios Juri y de Leonardo. Que a lo mejor tuvo a Leonardo de Juri, porque, ahora se sabe, el padre de los Juri era un hombre turbio, promiscuo, y ella, por un tiempo, una próxima, luego su mujer.
¿De dónde sacó tanto talento esta mujer? ¿De dónde su escritura prodigiosa, el guion perfecto, el manejo apabullante de las emociones? No importa. Pero sí importa que lo transmitió a sus hijos.
Apurados por marcar el prodigioso salto del origen carenciado a la genialidad artística, los atropellados biógrafos de Leonardo han ignorado casi por completo a su madre. Una madre abandónica de a ratos, es cierto; sin cumplir con los deberes ancestrales a veces, pero dándole la leche nutricia de la pasión artística, el rescate de la miseria por la dignidad de los sueños, la salvación por la belleza. Casi sin padre, Favio tuvo una madre. Gracias a ella llegó a ser quien fue.
En su última película, “Aniceto”, Leonardo puso una dedicatoria: “A Laura Favio, amiga, madre divina”.
Fuente: Edición Cuyo
O cinema documental no Brasil tem uma tradição, pelo menos desde os anos 60. Os documentários produzidos por Thomaz Farkas que teve o nome de “A condição brasileira” é um dos exemplos interessantes de como o documentário tem papel importante no cinema brasileiro. E mais ainda, o documentário brasileiro, na sua maioria, optou por mostrar o “Brasil profundo” a partir das camadas populares.
O povo teve certo protagonismo raro na história do país. Os livros sobre o cinema documental é que são poucos. Nos últimos anos (década de 2000) começou um movimento interessante na produção bibliográfica. São dissertações de mestrado ou teses de doutorado, são ensaios e artigos e coletâneas de estudiosos que têm aparecido cada vez mais no mercado editorial brasileiro.
A mais recente publicação sobre o gênero foi: “História e Documentário”, coletânea organizada por Eduardo Morettin, Marcos Napolitano e Mônica Almeida Kornis, publicada pela editora da FGV (Fundação Getúlio Vargas). O livro tem 11 artigos em que abarca as diversas faces do documentário, mas tendo o fio condutor das temáticas historiográficas.
Dois aspectos podem ser levantados para demonstrar a importância da obra: o primeiro deles diz respeito à consolidação da pesquisa histórica que privilegia como fonte o cinema, apreendido em sua especificidade (não se trata apenas de fazer do cinema documental instrumento para a história, mas entende-lo como cinema, arte). O segundo aspecto importante se relaciona ao papel decisivo que o documentário vem desempenhando nos debates culturais do país desde o chamado “cinema da retomada”.
Os filmes documentais de Eduardo Coutinho, por exemplo, atestam o empenho de refletir sobre o momento presente de maneira crí tica e reveladora, dando continuidade ao caráter de intervenção que notabilizou esse tipo de produção cinematográfica desde o cinema novo. Os estudiosos do cinema documental tem uma obra séria e fruto de pesquisas na área. Encontram-se artigos de Ismail Xavier sobre “o documentário silencioso brasileiro”, de marcos napolitano sobre as produções de Silvio Tendler e de Rosane Kaminski sobre os filmes de Sylvio Back.
O autor é docente na UFS.
Ninguém duvida mais do potencial ideológico do cinema desde que D. W. Griffith lançou em 1915 o seu filme “O nascimento de uma Nação”. Película claramente racista, em que brancos atores pintados de negros são difamados como violentos contra brancos e ainda que os negros são destituídos de inteligência. O filme dava um reforço aos escravistas americanos ainda descontentes com a libertação dos escravos. Os rumos do filme e as reações que sofreu mesmo nos EUA e as mudanças de Griffith não vem ao caso, o que nos importa é que ele abriu um portal que não se fechará jamais na arte cinematográfica: a “sétima arte” tem poder ideológico de manipulação coletiva das massas. Como bem afirmava Walter Benjamin, o cinema pode tornar-se um “poderoso aparelho publicitário”. C hegamos a isto, também. A mais recente noticia deste papel a que pode se prestar a imagem cinematográfica foi nos apresentado esta semana (setembro de 2012) no You tube com trechos do filme: Innocence of Muslims do estreante “diretor” Sam Bacile. Ele mesmo se intitula de judeu israelense que mora nos Estados Unidos.
Em algumas palavras que encontramos em sites de jornais pronunciadas pelo próprio, o filme foi financiado por 100 judeus ricos e custou o equivalente a 5 milhões de dólares. Pouco para os grandes filmes Norte-americanos, mas muito para se fazer um filme de propaganda contra a religião árabe em um momento difícil e de grandes tensões no Oriente Médio e nos EUA. Em trechos relativamente longos que encontramos na internet do filme, podemos ver claramente a intenção do “diretor”: difamar a figura histórica de Maomé. Em vários momentos do filme o fundador da religião islâmica é apresentado como a d últero, pedófilo, bissexual e um instigador de violência gratuita. O problema de tais informações é que não encontram respaldo histórico algum. Lendo o trabalho acadêmico do historiador francês especialista em história Árabe Dominique Sourdel, intitulado: História do povo Árabe, não encontramos jamais indícios desse comportamento de Maomé ou dos seus seguidores. Então, de onde vem a “licença poética” para a “arte” do ilustre desconhecido Sam Bacile? Sem dúvida, dos debates ideológicos bem rebaixados e incentivados diariamente pela mídia e pela direita Norte-americanas.
Desde o lamentável “11 de setembro” de 2001 e um pouco antes dele, se criou nos EUA da América uma “cultura contra os árabes e sua religião Islâmica”. Obviamente, capitaneada pela “era Busch” de triste memória. Isto não significa uma posição totalmente acrítica em relação à religião Muçulmana de nossa parte. Destacamos o livro virulento do filósofo Michel Onfray Traité d´Athéologuie, publicado em 2005 pela editora francesa Grasset. O livro é uma tentativa de fundamentar o ateísmo a partir do histórico e das práticas politicas das religiões monoteístas (cristã, judia e islâmica). O filósofo francês faz duras críticas às práticas históricas das religiões monoteístas a ponto de defender a tese de que o mundo estaria mais seguro sem elas. Nas suas críticas, em nenhum momento o autor faz acusações do tipo podofilia ou bissexualidade dos fundadores de cada uma das religiões. A questão para ele não é de alguma “fofoca moral”, mas de caráter politico.
Ele usa fontes de obras das próprias religiões e assume sua postura ateia. Independente de concordarmos ou não com Onfray, temos uma obra séria e de argumentos fundamentados em bases sólidas, o que falta hoje aos opositores mais delirantes do Islã nos Es ta dos Unidos e Europa. Não temos dúvida alguma das contradições do Islã ou de qualquer religião existente. Uma religião como fenômeno histórico é tão contraditória como qualquer instituição, por mais que seus fiéis digam o contrário. Existe no Islã fundamentalistas, como existem liberais. Existe no Islã regras morais como existe em toda religião que mereça o nome. Por fundamentalismos e moralismos, boa parte dos cristãos e judeus Norte-americanos não tem a menor razão de criticar os muçulmanos. São tão reacionários quanto qualquer “Talibã” do Afeganistão. Chegam a ser patéticos se não fossem poderosos em termos políticos nos EUA.
O filme Innocence of Muslims vem em péssima hora e da maneira mais infeliz possível. O saldo atual: morte do embaixador americano na Líbia e mais três funcionários da embaixada Norte-americana como reação ao filme e à politica dos Estados Unidos no mundo Árabe. Por enquanto. O apoio do Estado de Israel ao filme é desastroso e só coloca mias lenha na fogueira dos conflitos Árabe/Judeu. O irônico nessa história de cinema e ideologia religiosa é o fato do Estado de Israel ser crítico violento dos filmes de Amos Gitai por considerá-los ofensivo ao povo judeu que vive em Israel. Gitai é um judeu e profundamente critico da politica de Israel contra os Palestinos e nos seus filmes também faz críticas ao fundamentalismo judaico e da condição da mulher nesses guetos ortodoxos. Merece citar aqui um a obra prima do cineasta israelense intitulada: Kadosh (1999). Em nada Gitai cai em antissemitismo ou preconceito racial. Seus filmes são uma espécie de “documento” do mundo Árabe e da posição de Israel nesse contexto. Filme com caráter ideológico sim, mas sem serem panfletários.
Não há interesse de Gitai em fazer campanha contra judeus, mas desmistificar as politicas do Estado de Israel no mundo Árabe. Há em seus filmes as periferias de Israel, a condição contraditória das mulheres, o fundamentalismo judaico tão danoso quanto o islâmico, a situação da juventude pobre, os rituais repetitivos e vazios de mística. Diferente do que fez Sam Bacile. O filme do israelita/americano ínsita o ódio gratuito a Maomé e aos Árabes e reforça a política equivocada dos Estados Unidos no mundo Árabe. Pouco sabemos do cinema produzido no Oriente Médio . Sal vo os filmes iranianos sempre premiados fora do Irã, sabemos pouco do que se produz naquela região, mas o que vemos do cinema do Oriente Médio no Ocidente é de encher os olhos. São filmes delicados, simples e de narrativa que primam pela memória, muito diferente desses panfletos idiotas feitos por alguns Norte-americanos com a intenção nitidamente de macular a imagem do povo Árabe. Não é assim que se faz “geopolítica internacional” com o cinema e não ajuda em nada a suposta liberdade e democracia que defendem tão ardorosamente os mesmos Norte-americanos.
O autor é docente no Depto. de Filosofia da UFS