Por Patrick Granja / A Nova Democracia
No início de janeiro, o distrito de Xerém, no município de Duque de Caxias, região metropolitana do Rio ficou debaixo d’água depois que uma forte chuva que atingiu o local. A passagem de uma tromba d’água pelo Rio Capivari — que corta o distrito — fez com que centenas de casas fossem arrastadas pela lama, deixando três mortos e cinco mil desabrigados. Nossa reportagem esteve no local e conversou com as vítimas desse novo crime premeditado que muitos insistem em chamar de catástrofe natural.
Depois de perderem tudo que tinham, os moradores de Xerém agora sofrem com o abandono das autoridades locais e do gerenciamento Cabral. Semanas depois do desastre, muitas pessoas ainda estão desamparadas. Para os que tiveram a iniciativa de procurar as autoridades, ainda resta passar pelos obstáculos da burocracia e das filas intermináveis.
Algumas vítimas da tragédia conversaram com nossa equipe e se mostraram desconfiadas sobre uma possível ajuda do Estado. Muitos de nossos entrevistados explicaram a desconfiança citando as tragédias por conta das chuvas no morro do Bumba, em Niterói, em 2010 e na Região Serrana, em 2011. Nesses lugares, até hoje, muitas pessoas continuam desamparadas.