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Nota do MST sobre propostas da presidente da CNA

MST luta não só contra o latifúndio agrário, mas também o latifúndio midiático
MST luta não só contra o latifúndio agrário, mas também o latifúndio midiático
As propostas feitas nesta terça-feira (13/4) pela presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), pretendem mais uma vez criminalizar as lutas sociais e impedir o avanço da Reforma Agrária.

A senadora não apresenta nenhuma proposta para resolver os problemas das 4 milhões de famílias pobres do campo e das 90 mil famílias acampadas em todo o país. No entanto, suas medidas buscam proteger da Lei Agrária cerca de 15 mil fazendeiros com mais de 2 mil hectares, que controlam nada menos do que 98 milhões de hectares.

Em relação as ocupações de terras, a senadora Kátia Abreu deveria dar um exemplo e devolver duas fazendas de 2.500 hectares, no município de Campos Lindos (TO), que ela invadiu depois de um golpe contra camponeses, em 2002 .

Além disso, a senadora, que quer aparecer porque sonha em ser vice do candidato a presidente José Serra , deveria saber que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líder dos tucanos, assinou um decreto que institui o 17 de abril como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária . Ou seja, é um direito lutar pela Reforma Agrária neste país.

MST diz que Jornal Nacional prepara denúncia “fake”

MST luta não só contra o latifúndio agrário, mas também o latifúndio midiático

O portal Conversa Afiada recebeu este e-mail de Igor Felippe Santos, da Assessoria de Comunicação do MST:

Caros amigos,

Recorremos nesse momento a vocês, porque vocês sabem como acontecem as coisas na Globo.

Vejam como usar nas páginas de vocês da melhor forma possível.

Em torno das 18h30, ligou uma produtora da TV Globo para o nosso escritório de Brasília, dizendo que a Kátia Abreu, da CNA, tinha entregado ao Ministério da Justiça um DVD com vídeos e fotos de suposta tortura praticada por militantes do MST.

De cara, a nossa assessora em Brasília pediu as tais imagens. Como comentar imagens sem vê-las? De início, eles se negaram.

Eu liguei para a tal produtora e pedi para que me explicasse se era isso mesmo: o Jornal Nacional ia colocar no ar um vídeo de supostas imagens contra o MST que não tinham nenhuma credibilidade se não uma entidade de classe, a CNA? Tem algum sentido o MST dizer que é o vídeo é falso, depois de 10 segundos das imagens de tortura?

Depois de insistir, resolveram nos mandar o vídeo.

Logo depois, ligou uma repórter – a produtora que estava em contato saiu de circulação. A repórter queria uma posição do MST. Respondemos que a posição do MST era a seguinte: passar imagens sem ter a confirmação da autenticidade era uma irresponsabilidade.

Aí a repórter disse que não iam mais passar as imagens. Que de fato não tinham a confirmação da autenticidade. Depois de um pouco de conversa, ela disse o seguinte: que eu poderia ficar tranqüilo, que as imagens estavam com baixa qualidade (ou seja, foi falta de comprovação de autenticidade ou qualidade?).

Vamos ao vídeo. Vejam em http://www.cna.org.br/email/CNA/MST.zip (Arquivo apenas para download)

Na primeira parte, as denúncias são contra o MLST (podem reparar que dizem MLST). Logo depois, um homem dá um depoimento em frente a uma bandeira que não é do MST (podem reparar com atenção).

Depois, proprietários dão depoimentos sobre destruição. Sem nenhuma prova de que é o MST. Sem nenhum elemento. Apenas a palavra do depoente.

Em seguida, atacam o Incra. Aparece apenas a palavra do proprietário. Não há provas.

Depois, imagem de um caminhão carregando toras de madeira. E nada que prove que é o MST.

Em seguida, a fala do Joao Pedro sobre os inimigos do MST – e qual o problema?

Na parte posterior, pichações. E só.

Aí está toda a história. Denunciem no blog de vocês e, como o Paulo Henrique nos ensinou, com dinamismo.

Espero que vocês nos ajudem na luta contra o Jornal Nacional da Globo e pela Reforma Agrária.

Em tempo: Ah, e para completar, para não deixar dúvidas: o MST defende e respeita os direitos humanos, não tem entre seus procedimentos tortura e qualquer prática contra a pessoa humana e, nesses 25 anos, quem foram torturados e morreram nesse país foram os trabalhadores rurais sem terra (mais de 1500 de 1984 pra cá).

Saudações,

Igor Felippe Santos
Assessoria de Comunicação do MST
Secretaria Nacional – SP

CPMI da terra em questão

Foco da comissão parlamentar mista de inquérito da Terra deveria ser a atuação nacional da Confederação Nacional da Agricultura no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Da Rede Nacional de Jornalistas Populares.

A intervenção da Senadora Katia Abreu, ligada à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), na unidade do SENAR/MT (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso) visa tentar controlar as investigações feitas pela Polícia Federal, para que as irregularidades apontadas neste estado não estimule as investigações semelhantes no volumoso recurso público destinado à educação rural no campo em outros estados.

A apuração dos fatos no SENAR/MT demonstrará que a entidade deveria ser, em âmbito nacional, o foco dos trabalhos da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) da Terra. Há fartos indícios de irregularidades apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos inúmeros acórdãos que vem pronunciando ao longo dos últimos anos, questionando a prestação de contas em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará, Paraíba etc. As irregularidades apontadas são infinitamente mais graves que as que foram apresentadas para colocar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no centro das investigações.

Se não for averiguado a fundo o SENAR em todo o território nacional, ficará demonstrado que a CPMI visa a criminalização do movimento social e não o zelo pelo bem público, como tanto apregoa. (Com Marcelo Zelic)

Acompanhe nas matérias abaixo:

CNA determina intervenção na regional do Senar no MT

Da Agência Estado em 26/02/2010

Cuiabá – A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), senadora Kátia Abreu (DEM), assinou hoje ato de intervenção na administração regional do Senar de Mato Grosso. O objetivo da intervenção, segundo nota divulgada pela CNA, é contribuir com as investigações de supostas irregularidades na referida unidade.

“A determinação da presidente do Conselho Deliberativo do Senar é que não pairem quaisquer dúvidas sobre o habitual rigor administrativo do Sistema CNA/Senar.”

A Polícia Federal cumpriu ontem cinco mandados de busca e apreensão de materiais na sede da administração regional do Senar em Mato Grosso e quatro em Brasília, para subsidiar a investigação de supostas irregularidades em licitações para a confecção e impressão de cartilhas e manuais dos programas mantidos pela entidade.

PF investiga desvio de verba no SENAR-MT

Outra entidade pública está na mira da justiça
Da Redação/Só Notícias | Folha do Estado (MT)

A Polícia Federal deflagrou hoje (25) em Cuiabá e Brasília a “Operação Cartilha”, onde são investigadas supostas irregularidades em licitações e contratações feitas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT), nos anos de 2002 a 2010. O inquérito policial instaurado, ano passado, com base em relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União em Mato Grosso, apura aquisições de cartilhas e manuais destinados à execução do programa “Agrinho” e do “Programa de Formação Rural e Promoção Social”, ambos de responsabilidade do SENAR mato-grossense.

As investigações indicam que contratações de entidades sem fins lucrativos visavam na realidade o favorecimento de empresas do ramo gráfico em Brasília, sendo estas as reais recebedoras dos pagamentos originados de contratações sem licitação e com graves indícios de superfaturamento. Até o momento, os prejuízos estão calculados em R$ 9, 9 milhões.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão com a participação de técnicos da Comissão Geral da União (CGU). O material apreendido será analisado pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União em Cuiabá.

O SENAR foi criada em 1991, para organizar, administrar e executar a formação profissional do trabalhador rural. É vinculado ao Ministério da Agricultura e tem, como primeira fonte de renda as contribuições de 2,5% sobre a remuneração paga aos empregados nos ramos agroindustriais, agropecuários, extrativistas e cooperativistas.

TCU encontra irregularidades em convênios do Senar

Do TCU – 02/03/2010

O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades em convênios firmados entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp). Os valores repassados pelo Senar foram destinados à formação profissional e à promoção de eventos sociais ligados à Faesp. Os responsáveis pela utilização indevida da verba foram condenados a devolver mais de R$ 4 milhões aos cofres do Senar.

Auditoria do Tribunal apontou desvio de finalidade na utilização dos recursos, falta de estipulação de metas, ausência de discriminação de atividades a serem desenvolvidas pelos convenentes e falta de prestação de contas dos convênios.

O presidente da administração regional do Senar em São Paulo, Fábio de Salles Meirelles, o tesoureiro da entidade, Luiz Sutti, e a Faesp terão de devolver solidariamente R$ 1.174.429,39, valor atualizado, aos cofres do Senar pelas irregularidades cometidas. Já a Faesp, Fábio de Salles Meirelles e o superintendente Vicente José Rocco terão de devolver em solidariedade R$ 3.270.093,69, valor atualizado, ao Senar. O Sindicato Rural de Franca (SP), Vicente Rocco, e o coordenador Sérgio Perrone Ribeiro também terão de devolver R$ 374.360,40, valor atualizado, em solidariedade.

O TCU aplicou multas individuais a Fábio Meirelles (R$ 130 mil), Vicente Rocco (R$ 110 mil), Luiz Sutti (R$ 37 mil), Sérgio Ribeiro (R$ 12 mil), Faesp (R$ 130 mil) e o Sindicato Rural de Franca (R$ 12 mil). Todos terão 15 dias para pagar o valor da condenação e as multas. Cabe recurso da decisão. O relator do processo foi o ministro Marcos Bemquerer Costa.

Serviço:
Decisão: Acórdão nº 610/2010 – 2° Câmara
Processo: TC 004.150/2009-0
Ascom – (GF/230210)
Tel.: (61) 3316-7208
E-mail: imprensa@tcu.gov.br

CPMI da terra em questão

Foco da comissão parlamentar mista de inquérito da Terra deveria ser a atuação nacional da Confederação Nacional da Agricultura no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

A intervenção da Senadora Katia Abreu, ligada à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), na unidade do SENAR/MT (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso) visa tentar controlar as investigações feitas pela Polícia Federal, para que as irregularidades apontadas neste estado não estimule as investigações semelhantes no volumoso recurso público destinado à educação rural no campo em outros estados.

A apuração dos fatos no SENAR/MT demonstrará que a entidade deveria ser, em âmbito nacional, o foco dos trabalhos da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) da Terra. Há fartos indícios de irregularidades apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos inúmeros acórdãos que vem pronunciando ao longo dos últimos anos, questionando a prestação de contas em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará, Paraíba etc. As irregularidades apontadas são infinitamente mais graves que as que foram apresentadas para colocar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no centro das investigações.

Se não for averiguado a fundo o SENAR em todo o território nacional, ficará demonstrado que a CPMI visa a criminalização do movimento social e não o zelo pelo bem público, como tanto apregoa. (Com Marcelo Zelic)

Acompanhe nas matérias abaixo:

CNA determina intervenção na regional do Senar no MT

Da Agência Estado em 26/02/2010

Cuiabá – A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), senadora Kátia Abreu (DEM), assinou hoje ato de intervenção na administração regional do Senar de Mato Grosso. O objetivo da intervenção, segundo nota divulgada pela CNA, é contribuir com as investigações de supostas irregularidades na referida unidade.

“A determinação da presidente do Conselho Deliberativo do Senar é que não pairem quaisquer dúvidas sobre o habitual rigor administrativo do Sistema CNA/Senar.”

A Polícia Federal cumpriu ontem cinco mandados de busca e apreensão de materiais na sede da administração regional do Senar em Mato Grosso e quatro em Brasília, para subsidiar a investigação de supostas irregularidades em licitações para a confecção e impressão de cartilhas e manuais dos programas mantidos pela entidade.

PF investiga desvio de verba no SENAR-MT

Outra entidade pública está na mira da justiça
Da Redação/Só Notícias | Folha do Estado (MT)

A Polícia Federal deflagrou hoje (25) em Cuiabá e Brasília a “Operação Cartilha”, onde são investigadas supostas irregularidades em licitações e contratações feitas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT), nos anos de 2002 a 2010. O inquérito policial instaurado, ano passado, com base em relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União em Mato Grosso, apura aquisições de cartilhas e manuais destinados à execução do programa “Agrinho” e do “Programa de Formação Rural e Promoção Social”, ambos de responsabilidade do SENAR mato-grossense.

As investigações indicam que contratações de entidades sem fins lucrativos visavam na realidade o favorecimento de empresas do ramo gráfico em Brasília, sendo estas as reais recebedoras dos pagamentos originados de contratações sem licitação e com graves indícios de superfaturamento. Até o momento, os prejuízos estão calculados em R$ 9, 9 milhões.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão com a participação de técnicos da Comissão Geral da União (CGU). O material apreendido será analisado pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União em Cuiabá.

O SENAR foi criada em 1991, para organizar, administrar e executar a formação profissional do trabalhador rural. É vinculado ao Ministério da Agricultura e tem, como primeira fonte de renda as contribuições de 2,5% sobre a remuneração paga aos empregados nos ramos agroindustriais, agropecuários, extrativistas e cooperativistas.

TCU encontra irregularidades em convênios do Senar

Do TCU – 02/03/2010

O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades em convênios firmados entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp). Os valores repassados pelo Senar foram destinados à formação profissional e à promoção de eventos sociais ligados à Faesp. Os responsáveis pela utilização indevida da verba foram condenados a devolver mais de R$ 4 milhões aos cofres do Senar.

Auditoria do Tribunal apontou desvio de finalidade na utilização dos recursos, falta de estipulação de metas, ausência de discriminação de atividades a serem desenvolvidas pelos convenentes e falta de prestação de contas dos convênios.

O presidente da administração regional do Senar em São Paulo, Fábio de Salles Meirelles, o tesoureiro da entidade, Luiz Sutti, e a Faesp terão de devolver solidariamente R$ 1.174.429,39, valor atualizado, aos cofres do Senar pelas irregularidades cometidas. Já a Faesp, Fábio de Salles Meirelles e o superintendente Vicente José Rocco terão de devolver em solidariedade R$ 3.270.093,69, valor atualizado, ao Senar. O Sindicato Rural de Franca (SP), Vicente Rocco, e o coordenador Sérgio Perrone Ribeiro também terão de devolver R$ 374.360,40, valor atualizado, em solidariedade.

O TCU aplicou multas individuais a Fábio Meirelles (R$ 130 mil), Vicente Rocco (R$ 110 mil), Luiz Sutti (R$ 37 mil), Sérgio Ribeiro (R$ 12 mil), Faesp (R$ 130 mil) e o Sindicato Rural de Franca (R$ 12 mil). Todos terão 15 dias para pagar o valor da condenação e as multas. Cabe recurso da decisão. O relator do processo foi o ministro Marcos Bemquerer Costa.

Serviço:
Decisão: Acórdão nº 610/2010 – 2° Câmara
Processo: TC 004.150/2009-0
Ascom – (GF/230210)
Tel.: (61) 3316-7208
E-mail: imprensa@tcu.gov.br

Acampamento do MST é atacado pela milícia de ex-coronel

Ex-coronel Copetti Neves e capangas armados avançaram sobre trabalhadores do MST no sábado (13), em Ponta Grossa, na tentativa de fazer despejo forçado. Ednubia Ghisi, de Ponta Grossa (PR), para o jornal Brasil de Fato.

No canto esquerdo da foto, de camisa azul, o ex-coronel Copetti acompanha seus pistoleiros. Foto: Jornal Brasil de Fato

Por volta das 15h30 de sábado (13), o ex-coronel condenado há mais de 18 anos de prisão, Valdir Copetti Neves, tentou despejar à força as famílias acampadas na Fazenda São Francisco II, em Ponta Grossa (PR), que pertence a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fazenda foi ocupada no dia 6 de fevereiro por aproximadamente 200 trabalhadores.

O conflito teve início quando o ex-coronel e capangas armados cercaram o acampamento. Em uma foto tirada por integrante do movimento, Copetti (de camiseta azul) aparece ao lado de um homem armado. Em resposta à ofensiva, os trabalhadores sem terra se organizaram para pressionar a saída dos invasores. Durante o confronto, Copetti tentou intimidar as famílias alegando ainda ser o “mandante” da força policial da região. Os trabalhadores do MST conseguiram manter o acampamento e expulsaram o grupo, mas logo em seguida Copetti retornou acompanhado da filha e de um número ainda maior de capangas que atiraram contra os trabalhadores, além de ameaçar com carros, avançando sobre as pessoas em alta velocidade.

Acima, o soldado Ronaldo, segundos após efetuar o disparo que feriu o trabalhador. Foto: Jornal Brasil de Fato

A Patrulha Rural Comunitária e o Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa chegaram ao local pouco mais de 30 minutos depois do início do conflito. Com o discurso de amenizar a disputa, a polícia intermediou a negociação posicionando-se claramente favorável ao ex-coronel e agindo de forma violenta contra os integrantes do MST. Durante a negociação, o tenente Azevedo usou de postura grosseira para inibir os trabalhadores, exigindo conversar somente com representantes e impedindo os demais trabalhadores de se aproximarem. A posição dos policiais ficou explícita quando um deles, soldado Ronaldo (foto), atirou com bala de borracha contra o trabalhador Davi (foto).

Ferimento causado pelo disparo feito por soldado da PM. Foto: Jornal Brasil de Fato

A resistência dos trabalhadores sem terra resultou no fortalecimento da ocupação. Agora as famílias estão na maior parte da fazenda, enquanto o ex-coronel e seu grupo estão próximos da divisa com a Fazenda São Francisco I – área grilada por Copetti, que também pertence à Embrapa. A Polícia Militar permanece próxima do local onde ficou estabelecida a nova cerca. Para o MST, o caso da ocupação deve ser resolvido pela justiça, e não de forma violenta, como vem tentado o ex-coronel. A terra é já reivindicada pelo movimento desde 2004, e o processo de luta pela área resultou em três reintegrações de posse.

Ofensiva ruralista

Durante a semana passada o Sindicato Rural de Ponta Grossa, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e a União Democrática Ruralista (UDR) se reuniram para articular reação contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em apoio ao ex-coronel.

Em dezembro de 2009, Valdir Copetti Neves foi condenado pela Justiça Federal a 18 anos e 8 meses de prisão, além da perda do posto na corporação e multa de R$ 20 mil. Os crimes pelos quais o ex-coronel deve pagar são o de formação de quadrilha, tráfico internacional de armas de fogo e de droga. Trabalhadores sem terra foram perseguidos e torturados pela milícia de Neves.

Acampamento do MST é atacado pela milícia de ex-coronel

Ex-coronel Copetti Neves e capangas armados avançaram sobre trabalhadores do MST no sábado (13), em Ponta Grossa, na tentativa de fazer despejo forçado. Ednubia Ghisi, de Ponta Grossa (PR), para o jornal Brasil de Fato.

No canto esquerdo da foto, de camisa azul, o ex-coronel Copetti acompanha seus pistoleiros. Foto: Jornal Brasil de Fato

Por volta das 15h30 de sábado (13), o ex-coronel condenado há mais de 18 anos de prisão, Valdir Copetti Neves, tentou despejar à força as famílias acampadas na Fazenda São Francisco II, em Ponta Grossa (PR), que pertence a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fazenda foi ocupada no dia 6 de fevereiro por aproximadamente 200 trabalhadores.

O conflito teve início quando o ex-coronel e capangas armados cercaram o acampamento. Em uma foto tirada por integrante do movimento, Copetti (de camiseta azul) aparece ao lado de um homem armado. Em resposta à ofensiva, os trabalhadores sem terra se organizaram para pressionar a saída dos invasores. Durante o confronto, Copetti tentou intimidar as famílias alegando ainda ser o “mandante” da força policial da região. Os trabalhadores do MST conseguiram manter o acampamento e expulsaram o grupo, mas logo em seguida Copetti retornou acompanhado da filha e de um número ainda maior de capangas que atiraram contra os trabalhadores, além de ameaçar com carros, avançando sobre as pessoas em alta velocidade.

Acima, o soldado Ronaldo, segundos após efetuar o disparo que feriu o trabalhador. Foto: Jornal Brasil de Fato

A Patrulha Rural Comunitária e o Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa chegaram ao local pouco mais de 30 minutos depois do início do conflito. Com o discurso de amenizar a disputa, a polícia intermediou a negociação posicionando-se claramente favorável ao ex-coronel e agindo de forma violenta contra os integrantes do MST. Durante a negociação, o tenente Azevedo usou de postura grosseira para inibir os trabalhadores, exigindo conversar somente com representantes e impedindo os demais trabalhadores de se aproximarem. A posição dos policiais ficou explícita quando um deles, soldado Ronaldo (foto), atirou com bala de borracha contra o trabalhador Davi (foto).

Ferimento causado pelo disparo feito por soldado da PM. Foto: Jornal Brasil de Fato

A resistência dos trabalhadores sem terra resultou no fortalecimento da ocupação. Agora as famílias estão na maior parte da fazenda, enquanto o ex-coronel e seu grupo estão próximos da divisa com a Fazenda São Francisco I – área grilada por Copetti, que também pertence à Embrapa. A Polícia Militar permanece próxima do local onde ficou estabelecida a nova cerca. Para o MST, o caso da ocupação deve ser resolvido pela justiça, e não de forma violenta, como vem tentado o ex-coronel. A terra é já reivindicada pelo movimento desde 2004, e o processo de luta pela área resultou em três reintegrações de posse.

Ofensiva ruralista

Durante a semana passada o Sindicato Rural de Ponta Grossa, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e a União Democrática Ruralista (UDR) se reuniram para articular reação contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em apoio ao ex-coronel.

Em dezembro de 2009, Valdir Copetti Neves foi condenado pela Justiça Federal a 18 anos e 8 meses de prisão, além da perda do posto na corporação e multa de R$ 20 mil. Os crimes pelos quais o ex-coronel deve pagar são o de formação de quadrilha, tráfico internacional de armas de fogo e de droga. Trabalhadores sem terra foram perseguidos e torturados pela milícia de Neves.

Acampamento do MST é atacado pela milícia de ex-coronel

Ex-coronel Copetti Neves e capangas armados avançaram sobre trabalhadores do MST no sábado (13), em Ponta Grossa, na tentativa de fazer despejo forçado. Ednubia Ghisi, de Ponta Grossa (PR), para o jornal Brasil de Fato.

No canto esquerdo da foto, de camisa azul, o ex-coronel Copetti acompanha seus pistoleiros. Foto: Jornal Brasil de Fato

Por volta das 15h30 de sábado (13), o ex-coronel condenado há mais de 18 anos de prisão, Valdir Copetti Neves, tentou despejar à força as famílias acampadas na Fazenda São Francisco II, em Ponta Grossa (PR), que pertence a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fazenda foi ocupada no dia 6 de fevereiro por aproximadamente 200 trabalhadores.

O conflito teve início quando o ex-coronel e capangas armados cercaram o acampamento. Em uma foto tirada por integrante do movimento, Copetti (de camiseta azul) aparece ao lado de um homem armado. Em resposta à ofensiva, os trabalhadores sem terra se organizaram para pressionar a saída dos invasores. Durante o confronto, Copetti tentou intimidar as famílias alegando ainda ser o “mandante” da força policial da região. Os trabalhadores do MST conseguiram manter o acampamento e expulsaram o grupo, mas logo em seguida Copetti retornou acompanhado da filha e de um número ainda maior de capangas que atiraram contra os trabalhadores, além de ameaçar com carros, avançando sobre as pessoas em alta velocidade.

Acima, o soldado Ronaldo, segundos após efetuar o disparo que feriu o trabalhador. Foto: Jornal Brasil de Fato

A Patrulha Rural Comunitária e o Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa chegaram ao local pouco mais de 30 minutos depois do início do conflito. Com o discurso de amenizar a disputa, a polícia intermediou a negociação posicionando-se claramente favorável ao ex-coronel e agindo de forma violenta contra os integrantes do MST. Durante a negociação, o tenente Azevedo usou de postura grosseira para inibir os trabalhadores, exigindo conversar somente com representantes e impedindo os demais trabalhadores de se aproximarem. A posição dos policiais ficou explícita quando um deles, soldado Ronaldo (foto), atirou com bala de borracha contra o trabalhador Davi (foto).

Ferimento causado pelo disparo feito por soldado da PM. Foto: Jornal Brasil de Fato

A resistência dos trabalhadores sem terra resultou no fortalecimento da ocupação. Agora as famílias estão na maior parte da fazenda, enquanto o ex-coronel e seu grupo estão próximos da divisa com a Fazenda São Francisco I – área grilada por Copetti, que também pertence à Embrapa. A Polícia Militar permanece próxima do local onde ficou estabelecida a nova cerca. Para o MST, o caso da ocupação deve ser resolvido pela justiça, e não de forma violenta, como vem tentado o ex-coronel. A terra é já reivindicada pelo movimento desde 2004, e o processo de luta pela área resultou em três reintegrações de posse.

Ofensiva ruralista

Durante a semana passada o Sindicato Rural de Ponta Grossa, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e a União Democrática Ruralista (UDR) se reuniram para articular reação contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em apoio ao ex-coronel.

Em dezembro de 2009, Valdir Copetti Neves foi condenado pela Justiça Federal a 18 anos e 8 meses de prisão, além da perda do posto na corporação e multa de R$ 20 mil. Os crimes pelos quais o ex-coronel deve pagar são o de formação de quadrilha, tráfico internacional de armas de fogo e de droga. Trabalhadores sem terra foram perseguidos e torturados pela milícia de Neves.