Arquivo da tag: rio são francisco

Na Bahia, atingidos por barragens marcham na BR 210

Na Bahia, atingidos por barragens marcham na BR 210. Foto: MABNa última sexta-feira (6/2), atingidos por barragens organizados no MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) realizaram uma marcha na BR 210, no município de Curaçá (BA). Eles protestaram contra a construção das barragens de Pedra Branca e Riacho Seco, projetadas para serem construídas no rio São Francisco.

Segundo o MAB, a população organizada, consciente de seus direitos, não aceitará mais barragens na região. Isso porque as barragens de Sobradinho e de Itaparica já trouxeram muita pobreza para o povo do Vale do São Francisco.

Para Marta Rodrigues, da coordenação do MAB, a marcha foi o momento de fortalecer o processo de resistência contra as barragens e de reforçar o desenvolvimento através da produção camponesa, da agricultura familiar com instalação de água, moradia, recuperação de estradas, luz elétrica etc.

As empresas que fizeram os estudos das barragens são Odebrecht, Chesf e Desenvix. Estima-se que as duas obras expulsarão cerca de 17 mil famílias.

Em assembléia realizada após a marcha, os atingidos decidiram preparar uma grande acampamento em Sobradinho, no mês de março.

Transposição do S. Francisco ilude populações do semi-árido

Por Jonas Duarte, Correio da Cidadania – O semi-árido brasileiro é uma grande área que abrange oito estados do Nordeste, o norte de Minas e hoje já se expande pelo norte do Espírito Santo, chegando a praticamente um milhão de quilômetros quadrados, onde reside cerca de 36 milhões de pessoas. É a área do Brasil onde ainda perdura uma população rural equiparada à urbana e onde predomina uma população urbana que vive de atividades rurais, pois a grande maioria dos municípios do nosso semi-árido são municípios minúsculos, embora se tenha alguns de populações entre 50 e 100 mil habitantes (…) Leia o artigo na íntegra.

Bordões surrados não resolvem

Segundo o Comitê de Gestão da Bacia Hidrográfica do São Francisco, a transposição atenderá a menos de 20% da população do Semi-Árido; 40% da população continuará sem água – exatamente as pessoas que mais precisam. Estudo indica que 70% dos municípios em estado de emergência em razão da seca não estão na área ‘molhada’ pela transposição. Por Washington Novaes para o Estadão.

Freu Luiz merece viver

O ex-preso político, um dos fundadores do PT e sociólogo César Benjamin tentou em vão publicar seu artigo “Frei Luiz merece viver”, a favor do bispo em greve de fome, D. Luiz Cappio, na grande imprensa, mas este foi recusado “por falta de espaço”. Nele, “Cesinha”, como também é conhecido, diz entre outras coisas que “Aboletado em Brasília, o presidente Lula acusa frei Luíz e seus companheiros, contrários à transposição das águas do rio São Francisco, de não se importarem com a sede dos nordestinos. Para quem conhece os dois personagens, é patético. Um abismo moral os separa. Desse abismo nascem as suas diferentes propostas”. Saiba mais clicando aqui.

Nota sobre a decisão do STF e o estado de saúde de Dom Luiz

Nesta quarta-feira (19/12), pouco depois de tomar conhecimento do resultado do julgamento pelo STF de ações contra a transposição de águas do Rio São Francisco, Dom Luiz Cappio externou que não estava bem e sentia “um desalento muito grande”. Em seguida, por volta das 14h, deixou a reunião em que esta nota era preparada e, ao se dirigir para seu quarto na Capela de São Francisco, teve um desmaio.

De fato, ele alimentava esperanças de que a Justiça prevalecesse finalmente. Classificou o Supremo Tribunal Federal como “o último refúgio da cidadania”, lamentando que também este tenha se curvado à pressão dos fortes. Comentou que se repetia o mesmo acontecido no ano passado: uma decisão tão importante como essa, sobre o maior, mais caro, polêmico e conflitivo projeto do Brasil atual, foi tomada no último dia do ano de exercício do Judiciário, com ausência de membros e num comportamento que não considerou o mérito das inúmeras questões sociais, econômicas e ambientais levantadas, antes fez vista grossa ao oceano de ilegalidades cometidas, apegado a formalidades vazias. Tudo apenas para justificar uma obra falaciosa da qual, se for concretizada, o País futuramente irá se arrepender.

D. Luiz voltou à consciência, mas era mais lenta que o esperado a recuperação do seu quadro geral. Diante disso e do risco de possíveis seqüelas, seu médico Dr. Frei Klaus Finkam, em consonância com seus familiares e representantes dos movimentos sociais, decidiu removê-lo para o hospital. E às 18h40, após ter recebido aplicação de soro por via indovenosa, ele foi levado em ambulância para o Hospital Memorial, em Petrolina (PE). As últimas notícias são de que ele passa bem, sem riscos maiores de vida.

Não é verdade que ele tenha encerrado seu jejum. Sobre isso ele mesmo vai dizer, quando tiver recuperado suficientes forças.

Enquanto isso, por seu lado, o Governo Federal, sobre o respaldo que lhe deu o STF, comunicou que estão fechadas as negociações que mal haviam se iniciado.

Sobradinho-BA / Petrolina-PE, 19 de dezembro de 2007.

Mais informações:
Ruben Siqueira – Comissão Pastoral da Terra: (71) 92086548
Maria Oberhofer – IRPAA: (74) 91156977
Alzení Thomaz – (CPP): (71) 91361022

Comunicação:
Clarice Maia – Articulação São Francisco Vivo: (71) 9236.9841
Marcy Picanço (Cimi) – (61) 2106.1650/ 9979.7050
Cristiane Passos – CPT: (62) 8111-2890

_______________________________________
Lembre-se que você tem quatro opções de entrega: (I) Um email de cada vez; (II) Resumo diário; (III) Email de compilação; (IV) Sem emails (acesso apenas online). Para cancelar, responda solicitando. [www.consciencia.net]

Dom Cappio é internado em hospital de Petrolina

O bispo de Barra (BA), dom frei Luiz Flávio Cappio, está sendo levado, nesse instante, de ambulância para ser internado na Clínica Memorial, em Petrolina (PE) a 50 Km de Sobradinho (BA), onde, há 23 dias, ele faz jejum contra a transposição do Rio São Francisco. A informação é da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo Tomas Bauer, da CPT da Bahia, dom Cappio está semi-consciente e só depois que voltar à consciência comunicará se o jejum será suspenso. À tarde, por volta das 16h (horário de Brasília), dom Cappio teve um desmaio. No início da noite, o médico que o acompanha, frei Klaus Frankim determinou sua internação. Dom Cappio está acompanhado de sua família.

Governo abre negociação com bispo em greve de fome

O governo abriu um canal de negociação com o bispo Dom Luiz Cappio, em greve de fome há 20 dias contra a transposição das águas do Rio São Francisco. O chefe de gabinete da Presidência e assessor mais próximo do presidente Lula, Gilberto Carvalho, comunicou ontem que o governo aceita ampliar o programa de cisternas do semi-árido nordestino e prometeu, mesmo que a Justiça permita a retomada das obras de transposição, manter as máquinas paradas até o dia 7 de janeiro, quando termina a folga de natal dos militares. Leia matéria de Paulo de Tarso Lyra para Valor Econômico.

Frei Luís precisa viver

Centenas de organizações sociais, apoiadas pela Igreja Católica e por outras igrejas, adotaram o conceito de convivência com a natureza e desenvolveram in loco cerca de quarenta técnicas inteligentes, baratas e eficientes para armazenar a água da chuva. Ela é suficiente – corresponde a quase 800 vezes o volume d’água da transposição –, mas cai concentrada em um curto período do ano (…) Por César Benjamin.

Procuro um livro na estante de casa. Na folha de rosto, a dedicatória: “Para o César, que também caminha nas mesmas margens do mesmo rio. Gentio do Ouro, outubro de 2001.” De dentro do livro cai um cartão que já estava esquecido: “César, grato por sua inesperada suavidade, por sua lúcida e firme presença. Grato por você existir. Te abraço. Adriano.” Não consigo conter a emoção.

Entre de 1992 e 1993, durante um ano, Adriano e mais três pessoas realizaram uma caminhada de 2.700 quilômetros, das nascentes à foz do rio São Francisco. O livro que ganhei de presente quando os visitei no sertão – Da foz à nascente, o recado do rio, de Nancy Mangabeira Unger – narra poeticamente a empreitada desse grupo de heróis, cujas vidas se confundem com a luta pela vida do rio e das populações sertanejas que dele dependem.

O líder dos peregrinos era um frei franciscano, o mais franciscano de todos os franciscanos que conheci, Luís Cappio. Não lembro em que localidade o encontrei – acho que foi em Pintada –, mas nunca o esqueci. É um homem raro. Vive visceralmente o cristianismo, a sua missão. Hoje, é bispo da Diocese da Barra. Continuou o mesmo simples peregrino, um irmão da humanidade, um pobre vivendo entre os pobres. Está em greve de fome há mais de vinte dias e pode morrer.

Aboletado em Brasília, o presidente Lula acusa frei Luís e seus companheiros, contrários à transposição das águas do rio São Francisco, de não se importarem com a sede dos nordestinos. Para quem conhece os dois personagens, é patético. Um abismo moral os separa. Desse abismo nascem as suas diferentes propostas.

O Semi-Árido brasileiro é imenso: 912 mil km2. É populoso: 22 milhões de pessoas no meio rural. É o mais chuvoso do planeta: 750 mm/ano, em média, o que corresponde a 760 bilhões de metros cúbicos de chuvas por ano. Não é verdade, pois, que falte água ali. A natureza a fornece, mas ela é desperdiçada: as águas evaporam rapidamente, sob o Sol forte, ou vão logo embora, escorrendo ligeiras sobre o solo cristalino impermeável.

Há décadas o Estado investe em obras grandes e caras, que concentram água e, com ela, concentram poder. O presidente Lula quer fazer mais do mesmo. No mundo das promessas e do espetáculo, onde vive, a transposição matará a sede do sertanejo. No mundo real, apenas 4% da água transposta serão destinados ao consumo humano, em uma área equivalente a 6% da região semi-árida. “É a última grande obra da indústria da seca e a primeira grande obra do hidronegócio. Uma falsa solução para um falso problema”, diz Roberto Malvezzi, da Comissão Pastoral da Terra.

Graças a gente como Cappio, Adriano e Malvezzi, o Semi-Árido nordestino experimenta uma lenta revolução cultural. Centenas de organizações sociais, apoiadas pela Igreja Católica e por outras igrejas, adotaram o conceito de convivência com a natureza e desenvolveram in loco cerca de quarenta técnicas inteligentes, baratas e eficientes para armazenar a água da chuva. Ela é suficiente – corresponde a quase 800 vezes o volume d’água da transposição –, mas cai concentrada em um curto período do ano.

Eles lutam por duas metas principais: “um milhão de cisternas” e “uma terra e duas águas”. Combinados, os dois projetos visam a proporcionar a cada família do Semi-Árido uma área de terra suficiente para viver com dignidade, uma fonte permanente de água para abastecimento humano e uma segunda fonte para a produção agropecuária, conforme a vocação de cada microrregião. As experiências já realizadas deram resultados magníficos.

Para oferecer isso à população sertaneja, é preciso realizar a reforma agrária e construir uma malha de aproximadamente 6,6 milhões de pequenas obras: duas cisternas no pé das casas, para consumo humano, uma usual e outra de segurança; mais 2,2 milhões de recipientes para reter água de uso agropecuário. No conjunto, é uma obra gigantesca, mas desconcentrada. A captação de água realizada assim, no pé da casa e na roça, já é também a distribuição dessa mesma água, o que desmonta uma das bases mais importantes do poder das oligarquias locais. Armazenada em locais fechados, ela não evapora. Este poderia ser um projeto mobilizador das energias da sociedade, emancipador das populações sertanejas, se tivesse um apoio decidido do governo federal.

A proposta tem respaldo técnico da Agência Nacional de Águas (ANA), que realizou um minucioso diagnóstico hídrico de 1.356 municípios nordestinos, um brilhante trabalho. O foco é a região semi-árida, mas o diagnóstico inclui grandes centros urbanos, como Salvador, Recife e Fortaleza, abrangendo um universo de 44 milhões de pessoas. As obras propostas pela ANA, as igrejas e as entidades da sociedade civil resolvem a questão da segurança hídrica das populações. Estão orçadas em R$ 3,6 bilhões, a metade do custo inicial da transposição do São Francisco.

Isso não interessa ao agronegócio, um devorador de grandes volumes de água em monoculturas irrigadas, produtoras de frutas para exportação e de cana para fabricar etanol. É para ele e para alguns grupos industriais – grandes financiadores de campanhas eleitorais – que a transposição se destina, pois esses precisam de água concentrada. Ao sertanejo, cada vez mais, restará a opção de migrar ou se tornar bóia-fria.

Para deter a marcha da insensatez, frei Luís entrega a vida, o único bem que possui. Não lhe restou outra opção, pois o governo se esquivou do debate que prometeu. Preferiu apostar na política do fato consumado. Agora, a farsa só poderá prosseguir sobre o cadáver do bispo. O presidente Lula deixou claro que considera essa alternativa aceitável.

Porém, antes desse desenlace terrível, o presidente deve meditar sobre as palavras de Paulo Maldos, do Conselho Indigenista Missionário, seu tradicional aliado: “Ao redor do gesto radical do bispo está se formando uma corrente de solidariedade, de apoios, de alianças, de identificação ética, política, social, ideológica, cujos contornos são facilmente identificáveis: trata-se dos movimentos sociais, políticos, pelos direitos humanos, pastorais sociais, personalidades da Igreja Católica, da política, da cultura, que, desde os anos 80, constituíram Lula como liderança de massa em nosso país. (…) Se dom Cappio vier a falecer, será o final dessa história. Não será dom Cappio apenas que morrerá. Morrerá a referência política de Lula e do Partido dos Trabalhadores na história dos movimentos sociais do Brasil. (…) A história da liderança popular de Lula será a história de um fracasso. A morte física de dom Cappio sinalizará a morte política de Lula.”

Suplico que o presidente abra o diálogo com rapidez, por generosidade ou por cálculo: frei Luís precisa viver.

César Benjamin é editor da Contraponto. Alguns artigos seus estão publicados na página www.contrapontoeditora.com.br

_______________________________________
Lembre-se que você tem quatro opções de entrega: (I) Um email de cada vez; (II) Resumo diário; (III) Email de compilação; (IV) Sem emails (acesso apenas online). Para cancelar, responda solicitando. [www.consciencia.net]

CNBB pede a Lula mais discussão sobre a transposição do rio São Francisco

Dom Geraldo fez questão de ressaltar que o jejum e as orações de Dom Cappio não podem ser comparados a um suicídio.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, e o Secretário Geral da entidade, Dom Dimas Barbosa, pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais discussão sobre o projeto da transposição das águas do rio São Francisco.

Na manhã de hoje (12/12), os bispos tiveram um reunião com o presidente, onde discutiram as polêmicas em torno das obras da transposição e o jejum do Bispo de Barra (na Bahia), Dom Luiz Cappio, que está há 16 dias sem se alimentar, em protesto contra o projeto.

“Até mesmo pessoas que vivem nas regiões afetadas não têm informações claras sobre o projeto”, disse Dom Dimas, em entrevista coletiva após a reunião. Em documento entregue ao presidente (ver abaixo), a CNBB se dispôs a intermediar o diálogo com Dom Cappio para tentar resolver a questão. “Dom Cappio sempre contou com o apoio da CNBB, porque o queremos vivo”, reforçou Dom Geraldo.

A CNBB sugeriu a Lula a criação de uma “comissão para estudar melhor o atual projeto e analisar também as propostas que têm sido elaboradas por entidades governamentais, especialistas e movimentos sociais que consideram, também, a revitalização e a despoluição do rio São Francisco”. Eles lembraram que a Agência Nacional de Águas (ANA) e as entidades que compõem a Articulação do Semi-Árido (ASA) têm propostas alternativas para a região.

Na reunião, Dom Geraldo fez questão de ressaltar que o jejum e as orações de Dom Cappio não podem ser comparados a um suicídio, pois ele não está fazendo este ato com intenção de morrer.

A audiência foi o início de um diálogo, na avaliação dos bispos. O Governo não descartou a possibilidade de enviar alguém para dialogar com Dom Cappio, mas não agendou nenhuma ação. Leia a carta da CNBB a Lula:

Pró-memória: Encontro da Presidência da CNBB com o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva

Senhor Presidente,

Dirigimo-nos a Vossa Excelência, com respeito e consideração, para demonstrar a preocupação da CNBB com relação à pessoa e à vida de nosso irmão Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFM, Bispo Diocesano da Barra-BA que, desde o dia 27 de novembro p. passado, se encontra em jejum e oração, em Sobradinho – BA, motivado por suas preocupações diante da implementação do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, com todas as suas conseqüências e implicações.

No ano de 2005, Dom Frei Luiz Flávio Cappio realizou, durante onze dias, igual iniciativa em Cabrobó – PE. O encerramento do jejum ocorreu, aos 06 de outubro de 2005, após a ida do então Ministro das Relações Institucionais, Senhor Jaques Wagner, representando Vossa Excelência.

No dia 15 de dezembro de 2005, Vossa Excelência recebeu em audiência Dom Luiz Flávio Cappio e representantes de movimentos sociais, quando foi confirmado o compromisso da realização de um processo de diálogo, sendo criada uma Comissão mista com representantes do Governo e da Sociedade, intermediada pela Casa Civil e Secretaria Geral.

Não obstante os esforços feitos, a Comissão não atendeu plenamente os objetivos propostos porque não conseguiu obter consensos mais amplos.

A CNBB tem reafirmado a necessidade de ser resolvido o grave problema da água para as populações do semi-árido brasileiro.

Entretanto, por causa da complexidade do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, – com suas implicações sociais, econômicas, culturais e ambientais -, julgamos que ainda seria necessário maior discussão, envolvendo as populações ribeirinhas, pescadores, indígenas, quilombolas, cientistas, especialistas e outros setores interessados. O atual Projeto deveria ser mais analisado, considerando inclusive outras alternativas que garantam água de qualidade para o povo Nordestino, entre elas o Projeto 1 milhão de cisternas.

Colocamo-nos à disposição para colaborar na retomada do diálogo entre o Governo e Dom Luiz Flávio Cappio. Sugerimos a criação de uma Comissão para estudar melhor o atual Projeto e analisar também as propostas que têm sido elaboradas por entidades governamentais, especialistas e movimentos sociais que consideram, também, a revitalização e a despoluição do Rio São Francisco.

Com estas propostas, a CNBB quer contribuir para a superação do impasse do momento atual e, ao mesmo tempo, reafirmar seu propósito de continuar participando das iniciativas que buscam garantir água para o semi-árido brasileiro, a fim de que “todos tenham vida” (cf. Jo 10,10).

Brasília, 12 de dezembro de 2007

DOM GERALDO LYRIO ROCHA
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

DOM DIMAS LARA BARBOSA
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

* CPT com informações da CNBB.

Informações à imprensa:
Cimi – Assessoria de Comunicação
Marcy Picanço: (61) 2106 1650/ 9979 7059
Site: http://www.cimi.org.br

_______________________________________
Lembre-se que você tem quatro opções de participação: (I) Um email de cada vez; (II) Resumo diário; (III) Email de compilação; (IV) Sem emails (acesso apenas online). Para cancelar, responda solicitando. [www.consciencia.net/agencia]