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Dê nome as baratas

Saiba quem são os donos das empresas de ônibus no Rio de Janeiro e onde eles atuam.

infográfico

Jacob Barata Filho: Herdeiro de Jacob Barata, o “Rei dos Ônibus”. Sua família consta no quadro de sócios e diretores de 13 a 45 concessionárias na cidade. É o único empresário que tem participação em todas as empresas dos quatro consórcios que atuam no Rio de Janeiro. A família Barata também é responsável pelo transporte escolar, por ter contrato com a Secretaria Municipal de Educação.

Consórcio INTERNORTE

Nelson Ferreira de Carvalho: Nelsinho da Pavunense (Viação Pavunense). Já teve passagem pelo polícia por estelionato, homicídio, crime contábil e porte ilegal de arma. Candidato a deputado estadual em 2006 pelo PRONA.

Ângelo Salvatore Cavaliere: Um dos diretores da Viação Pavunense. Mestre em Planejamento Energético pela UFRJ, trabalhou na Agência Nacional de Petróleo, mas saiu em 2001 para se dedicar à empresa de ônibus.

Bianca Kupper Pimenta: Diretora da Paranapuan, primeira empresa de ônibus da Ilha do Governador. O empreendimento acumula uma dívida de R$ 29 milhões com a União.

João Augusto Morais Monteiro: Presidente do conselho da Rio Ônibus e sócio da Rodoviária Âncora Matias. Foi preso em julho de 2017 por estar envolvido no esquema de propina no setor de transporte da cidade.

Renato Stor: Apesar de estar morto, ainda consta como dono da Viação Ideal, segundo a Receita Federal.

José Ferreira: Comerciante português, é um dos sócios fundadores da Viação Rubanil e América. A Rubanil têm mais de R$ 9 milhões em dívidas com a União.

José de Castro Barbosa: O português conhecido como “Zé do Pau” faz parte de um grupo, formado por familiares e sócios que tomam conta da Viação Caprichosa e Três Amigos.

Consórcio INTERSUL

Cláudio Callak Coelho: Depois que seu sogro, Aníbal de Sequeira, faleceu, passou a dirigir o Grupo Real Auto Ônibus, que atua no Rio e em Guarulhos (SP). Também administra o consórcio Intersul, gerindo as empresas que circulam na zona sul da cidade.

Generoso Ferreira das Neves: O lusitano é dono da empresa Braso Lisboa, que completou 70 anos de atividade em abril de 2017. Generoso e sua família movimentam contas em paraísos fiscais desde o fim dos anos 80.

Cassiano Martins das Neves: Sócio da Braso Lisboa, possui ações na Viação Real e uma empresa de transporte na região serrana.

Sergio Luiz dos Reis Lavouras: Sócio da Viação Acarí e do grupo JAL, um dos grupos mais poderosos do transporte carioca. O grupo controla a Companhia Flores, da baixada fluminense, que está na mira da operação Lava-Jato. Além da Acarí e da Flores, estão sob o domínio do grupo as empresas Real Rio, Planalto, Brazinha, Rio d’ Ouro, Mageli, Beira Mar e Viação Ponte Coberta.

Afonso Bernardo Fernandes: Sócio proprietário da Transportes Vila Isabel, que opera na zona sul. Em três eleições Afonso investiu recursos na campanha de Paulo Cerri do DEM. Em 2008 Paulo Cerri publicou um decreto em que reconhecia Afonso Bernardo como cidadão honorário do município do Rio de Janeiro.

Florival Alves: é um dos sócios da Gire, parte do Consórcio Internorte e Intersul. Tem um empresas de veículo em Duque de Caxias, a Gatão Veículos. Em 2002 a empresa investiu R$ 10 mil na campanha de Rodrigo Maia para seu segundo mandato na Câmara dos Deputados.

Consórcio TRANSCARIOCA

Antônio Pádua Arantes: Faz parte o quadro societário da Viação Alpha e Estrela. Desde 2011 possui autorização para prestar serviço de administrador de carteira na bolsa de valores.

Henrique Antunes de Paiva: Faz parte do grupo Rubamérica, que controla as viações Rubanil, América e Madureira Candelária. Todas fazem parte do Consórcio Internorte. A Madureira Candelária possui R$ 11 milhões de dívida com a União.

Manoel João Pereira: Filho de Manuel do Santos Pereira, que trabalhava na empresa Rubanil. Manuel agora é sócio atualmente da Transportadora Tinguá e da empresa de marketing esportivo Terceiro Tempo.

Cassiano Antônio Pereira: sócio da empresa Rubamérica, quem tem o mesmo endereço da empresa de ônibus Rubanil e América. Cassiano também faz parte da Terceiro Tempo Assessoria e Marketing Esportivo. Empresa reconhecida pela CBF como intermediária na negociação entre clubes e jogadores.

Maria José Sandar Pereira Pinto: Sócia das empresas do grupo Rubamérica: América, Rubanil e Madureira Candelária. Também controla a Terceiro Tempo e a transportadora Tinguá, na baixada fluminense.

Avelino Antunes: Líder do Grupo Redentor. Ele que iniciou a Transportes Barra na década de 90, que hoje faz parte dos consórcios Transcarioca e Santa Cruz, da zona oeste.

João Silva Carvalho: Fundou a empresa Litoral e hoje é um dos sócios da Translitoral. Ambas fazem parte do consórcio Transcarioca.

Consórcio SANTA CRUZ

Fernando Ferreira Amado: Doutor Portugal, como é conhecido, Fernando e sua família dividem com o grupo de Jacob Barata o controle de da Auto Viação Jabour, que opera na zona oeste do Rio.

Orlando Pedrosa Lopes Marques: Português, Orlando é representante do Consórcio Santa Cruz e sócio da Expresso Pégaso, junto com Franklin Lopes Marques e Maria de Fátima Costa Marques. A Pégaso é líder de reclamações quando o assunto é conservação dos ônibus, de acordo com a Secretaria Municipal de Transportes.

Agostinho Gonçalves Maia: Não está vivo desde 2000, mas ainda consta como sócio da Viação Penha, que faz parte do consórcio Internorte e da Transporte Campo Grande, na qual seu filho, Agostinho Tavares Maia é dono. Agostinho Gonçalves Maia foi um dos fundadores e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento do Estado do Rio, o Sinfrerj. Foi presidente da Rio Ônibus e Fetranspor nos anos 1970 e 1980.

Fonte: Agência Pública

População protesta contra aumento do preço das passagens de ônibus no Rio

Matéria do Jornal A Nova Democracia.

Na última quinta-feira (29/11), centenas de estudantes e trabalhadores se reuniram mais uma vez para protestar contra o aumento dos preços das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. O novo reajuste prevê um aumento da tarifa de R$ 2,75 para R$ 3,05.

A Novo ato contra o aumento do preço das passagens de ônibus no Rioúltima manifestação aconteceu no início de novembro, na Central do Brasil. Na ocasião, várias pessoas foram presas e muitas passaram mal por conta do spray de pimenta e das bombas de gás atiradas pela tropa de choque da PM.

No protesto, os manifestantes partiram da igreja da Candelária e caminharam até a Cinelândia, um dos trajetos mais movimentados do Centro do Rio. No caminho, várias pessoas que passavam pela rua manifestaram apoio ao movimento. Chegando à Cinelândia, manifestantes atiraram bombas de tinta vermelha e picharam os muros do prédio da câmara de vereadores do Rio.

O movimento prometeu agendar uma nova manifestação para os próximos dias e convoca todos os cariocas a tomar as ruas da cidade contra o aumento do preço das passagens de ônibus.

Metrô Rio: É urgente a compra de mais papel

A partir de 2 de abril, o metrô do Rio vai aumentar novamente. É isso mesmo. Vai pra R$ 3,20.

A minha sugestão é usar esses 10 centavos a mais (multiplicado por milhares e milhares, diariamente) para comprar papel.

Pela terceira vez, eu desembarco na Saens Peña e vou à sala de operações com o intuito de deixar uma reclamação (ar quebrado de novo, segurança tentando esmagar as pessoas pra dentro, superlotação). Educamente, calmo, falando baixo, eu penso: “Se cada um fizer a sua reclamação, talvez eles nos ouçam.”

E, pasmem, pela terceira vez seguida, não tem… papel para sugestões e reclamações.

Se o Governo do Estado aprovar a Linha 4 como quer, usuários da Barra, Rocinha, Leblon, Ipanema, Flamengo, Catete, todo o centro, Tijuca, Vicente de Carvalho, Inhaúma, Coelho Neto, Pavuna, entre outras e outras paradas, incluindo as milhões de pessoas que aí estão e – pior – suas diversas integrações usaram a mesma linha. É o que o promotor Carlos Saturnino chamou de “prolongamento esdrúxulo da Linha 1”.

Com isso, aumentará (muito, muito mesmo) a quantidade de reclamações e, daí, a necessidade de mais papel para dar conta da complexa situação.

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A Lei de Execução Penal determina que deve existir 1 presidiário para cada 6 metros quadrados. Já a FGV acha que tem que existir, no metrô, 6 pessoas para cada 1 metro quadrado.

“Talvez deva ser mais confortável ficar preso do que andar de metrô, segundo a Fundação Getúlio Vargas”, ironiza o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Acesse o vídeo abaixo.

O abandono do projeto original da Linha 4 do metrô do Rio não é mais barato ou mais eficaz. Então por que foi abandonado, questiona o deputado. “É a corrida do dinheiro público sem barreiras. Essa modalidade vai ganhar medalha de ouro. Aliás, muito ouro.”