América Latina: Poucas mulheres no poder

Por Isaac Bigio

LONDRES, 16/1/2006. Na Amércia do Sul poucas mulheres chegaram à presidência. Michelle Bachelet é a primeira a ser eleita diretamente para tal cargo no Chile, no último domingo (15/1). Isabel Perón, segunda mulher de Juán Perón depois de Evita, foi presidente da Argentina porque seu marido morreu em julho de 1974. Em outubro de 1979 e durante oito meses Lidia Gueiler foi nominada pelo congresso boliviano como presidente interina. Rosalía Arteaga foi presidente equatoriana de 9 a 11 de fevereiro de 1997, quando Bucaram, de quem era vice, lhe deixou o cargo.

Bachelet procura ser a primeira sul-americana que cumpre todo seu mandato constitucional. Perón foi deposta pela junta de Videla (março de 1976) e Gueiler pela de García Meza (julho de1980). Na América Central sim tiveram duas presidentes eleitas, que concluíram seus períodos constitucionais: Violeta Chamorro (Nicarágua,1990-96) e Mireya Mosco (Panamá, 1999-2004). A diferença entre estas duas e Bachelet é que a chilena se define socialista e é o primeiro membro do mesmíssimo partido de Alende que retorna ao palácio La Moneda depois do “pinochetazo” há 36 anos.

Enquanto Alende (1970-73) chegou ao poder em aliança com leninistas e fez nacionalizações, Bachelet mantém 16 anos de acordo com o centro democrata-cristã e impulsiona o Tratado de Livre Comércio com os EUA.

Peru

Em Peru outra mulher (Lourdes Flores) encabeça as enquetes. Mas ela não segue a estratégia de seus correligionários social-cristãos chilenos de aliar-se à centro-esquerda contra a centro-direita. Esta é mais alinhada à nicaragüense Chamorro, que uniu a direita depois de seu mandato.

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