Por Fabiola Ortiz
Rio de Janeiro, 09 set (Lusa) – A identificação de oportunidades de investimentos e a promoção de iniciativas de conservação da biodiversidade na Amazónia são os objetivos da plataforma na internet Ecofund, criada para monitorizar as iniciativas nos nove países amazónicos.
O Ecofund está a ser desenvolvido desde 2008 e deve ter a sua versão final lançada no dia 05 de novembro, em Lima, no Peru, durante o congresso da Rede de Fundos Ambientais da América Latina e Caribe (RedLAC).
Segundo Camila Monteiro, gerente de comunicação e redes do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que irá administrar a iniciativa, a plataforma será aberta e reunirá dados de projetos dos 24 fundos ambientais de 15 países da América Latina e Caraíbas.
“A ideia surgiu para comparar os investimentos que são feitos, as instituições que investem e encontrar uma forma de levantar os projetos de conservação na região amazónica”, disse à Lusa a representante do Funbio.
Para Camila Monteiro, esta é uma ideia pioneira e deve servir de estímulo para “identificar os vazios de investimentos ou até mesmo duplicidade de recursos que podem ser aplicados de uma forma mais eficaz e inteligente”.
O foco inicial será na região amazónica, mas se a iniciativa provar ser duradoura, poderá estender-se a outros biomas do continente.
“Queremos coordenar estratégias de investimentos e otimizar a atribuição de recursos aos projetos”, explicou.
Outra novidade é que o portal online será georreferenciado, isto é, os utilizadores que terão livre acesso às informações de projetos na Amazónia poderão localizá-los no Google Maps.
“Será uma espécie de vitrina de projetos ambientais”, acrescentou a representante do Funbio.
Até agora, foram investidos 700.000 dólares (560.000 euros) e o número de projetos registados já ultrapassa os mil.
Uma empresa norte-americana especializada em base de dados foi contratada para reestruturar o cadastro de projetos e ainda uma empresa brasileira de tecnologia da informação está a trabalhar numa nova versão da interface da plataforma.
“Estamos a organizar o banco de dados e a fazer a integração com o Google Maps. A ideia é saber onde os recursos estão a ser aplicados”, explicou Rodrigo Teixeira, diretor comercial da QX3, empresa da área da Internet que está a trabalhar com o Ecofund.
Até janeiro de 2012, a plataforma online estará em pleno funcionamento e poderá ser acedida por qualquer pessoa que tenha interesse em saber o que está a ser feito na Amazónia.
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