Opção pela vida

Nos dias de hoje (e em todo tempo) é preciso usar as palavras com clareza.

Saber o que se diz, por que se diz, a quem se diz.

A possibilidade de que o Brasil saia do cenário de retrocesso a que foi levado pela ação criminosa da delinquência política institucionalizada e os seus parceiros midiáticos, religiosos, etc, está mais perto.

A candidatura de Lula à presidência da república, apoiada por movimentos sociais e por setores progressistas do empresariado, poderá devolver o Brasil a uma situação em que a vida volte a ser uma prioridade.

A quebra da ordem institucional pelo golpe de estado de 2016, precedida pelas mobilizações tendenciosas que debilitaram o apoio popular ao governo de Dilma Rousseff (PT) em 2013, empurraram o país e o povo a um abismo.

A era da ignorância, do individualismo exacerbado e antissocial, da negação dos Direitos Humanos, sociais e laborais, deve ser substituída por uma retomada decidida da tarefa coletiva de reconstruir o Brasil.

Neste ano eleitoral, é preciso que tenhamos uma noção clara de que lado estamos. Chega de repetir qualquer coisa que é veiculada pelas chamadas redes sociais, que anulam a capacidade reflexiva e empurram para ações irresponsáveis.

O voto não é uma ação sem consequências. Você está decidindo quem vai agir e como vai agir desde a esfera política. Para o bem comum ou, como é o caso atual, para a morte e para a degradação da vida e do ambiente.

Lula representa a perspectiva de uma retomada da vida em comum como uma bênção de Deus. Uma coletividade agindo para o bem-estar de todos os seus segmentos. Uma política de inclusão social, de integração das pessoas à cidadania.

A pandemia e o confinamento têm-nos trazido de volta para uma vida centrada em nós mesmos, nós mesmas. Que este movimento seja capaz de nos fazer agir com uma nova consciência.

A valorização da vida não pode ser uma proclamação vazia. É uma eleição em que se decide simplesmente se você e a sua família e amigos, amigas, vão viver ou morrer. Se o Brasil vai poder voltar a ser um lugar para a esperança, ou uma vala comum em que sejam enterrada a covardia de quem não soube dizer SIM à vida.

Na vizinha Argentina, foram desenterrados cadáveres de soldados mortos nas Malvinas, cujos corpos agora estão sendo identificados para que sejam adequadamente restituídos aos seus familiares.

La como cá, a ditadura negava tudo. Negava o que acontecia. Mas os mortos estão aí. Como aqui, lá também o povo foi atrás do que lhe é devido. O direito à vida. É hora de assumirmos essa responsabilidade.

 

 

Deixe uma respostaCancelar resposta