Por Isaac Bigio
LONDRES, 5/1/2005. Nos últimos anos foram feitos diversos levantamentos que aguçaram a questão indígena, de Quito a Andahuaylas e de Chiapas ao Chapare. O nacionalismo étnico vem crescendo internacionalmente e foi um dos fatores que propiciou a desintegração das federações socialistas do leste europeu em 1989-91.
A União Européia procurou contrastar os efeitos centrífugos das reivindicações étnicas, ao permitir que as minorias nacionalistas tivessem suas próprias autonomias e parlamentos, além de fomentem o uso oficial de seus idiomas junto aos colégios, universidades, tribunais, congressos e à mídia.
É inevitável o crescimento das demandas em prol de se fazer com que os povos ameríndios tenham maiores níveis de autonomia e que, dentro de seus próprios idiomas, possam ser instruídos, julgados e legislados.
Alguns setores, decerto, usarão tais reivindicações para impulsionar um levante popular, enquanto os liberais e sociais-democratas deverão regulamentar algumas dessas petições para se evitar uma explosão social e racial, buscando assim, a integração desses povos historicamente marginados ao Estado. Tradução de Pepe Chaves