Entidades do campo analisam situação agrária no governo Lula

Representantes das entidades do campo que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo concedem entrevista coletiva para discutir a questão agrária no Brasil nesta terça-feira (7/3), às 13 horas, na PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica), na sala 202, do prédio 40, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Participam da coletiva os seguintes integrantes das organizações camponesas: Dom Tomás Balduíno, presidente da CPT (Comissão Pastoral da Terra); Graça Amorim, integrante da Fetraf (Federação Nacional dos Agricultores Familiares); João Pedro Stedile, integrante da direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra); Manoel José dos Santos, integrante da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).

Um dos assuntos a ser tratado na coletiva é a criminalização dos movimentos sociais, tendo como exemplo o relatório final da CPMI da Terra, no Congresso Nacional. O texto aprovado na comissão, apresentado pelo deputado Abelardo Lupion (PFL/PR), classifica as ocupações de terra como “crime hediondo” e “ato terrorista”. Os integrantes do Fórum apresentarão também um balanço das políticas do governo Lula para agricultura e Reforma Agrária no país nos últimos três anos.

Contexto

A cidade de Porto Alegre é sede, nesta semana, de um conjunto de atividades que vão colocar em pauta o tema da Reforma Agrária e dos modelos de produção agrícola. Entre 7 e 10 de março, será realizada a II Conferência Mundial sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Paralelamente, os movimentos sociais do campo participam do Fórum Terra, Território e Dignidade, organizado pelo Comitê Internacional de Planejamento de Organizações Sociais para a Soberania Alimentar (CIP), com a participação de 40 entidades da sociedade civil internacional do campo.

Cerca de 2 mil camponeses e camponesas da Via Campesina acampam no Parque Harmonia, em Porto Alegre, entre 6 e 10 de março, para acompanhar as discussões das conferências e debater sobre o papel da Reforma Agrária no desenvolvimento do país e as conseqüências do modelo monocultor e exportador do agronegócio.

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