Refazendo

A resistência ao regime autoritário ilegal e ilegítimo não pode se limitar a declarações ou manifestações de descontentamento. Tem que ir além. Temos que continuar investindo esforços na construção e fortalecimento de redes solidárias por todo o país.

Estimular a recuperação da auto-estima das pessoas e comunidades (agredidas pelo desgoverno que surgiu do golpe de estado de 2016, bem como, em um sentido mais abrangente, pelo sistema desumano chamado capitalismo). Estimular o potencial resiliente das pessoas, a recuperação do sentido das suas raízes e pertencimento.

Combater a “cultura” que mecaniza e tecnifica a vida humana, nos tornando ilhas incomunicáveis, apenas reprodutoras de mensagens, sem tato, sem contato, sem emoção e sem abraço. Menos whatsapp, mais encontros presenciais. O desgoverno ilegal e ilegítimo que mantêm Lula preso sem crime cometido não vai cair pela força dos discursos que sejamos capazes de proferir.

A palavra há de ser usada com força, sem dúvida. Mas a palavra que liberta, não aquela envenenada pelo ódio. Apostar mais no cara a cara, nas famílias, nas redes de amizades, nos movimentos que mantém viva a humanidade em perigo. Desconstruir o/a outro/a e o/a diferente como ameaças ou inimigos.

Ver o/a diferente como colaborador/a. Voltar a confiar em nós mesmos/as, que superamos muitas dificuldades ao longo da vida, sendo capazes de fazer das feridas competência sanadora. Votar a construir sonhos pessoais e coletivos. Voltar a sermos felizes.

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