Paulo Vannuchi, que foi ex-secretário nacional de direitos humanos, fala sobre Pinheirinho nesta reportagem.
Os ex-moradores estão disposto a ir a Brasília para tentar reaver o terreno. (via Ana Helena Tavares)
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TRABALHO ESCRAVO. O Ministério do Trabalho lançou esta semana o Manual de Combate ao Trabalho em Condições Análogas às de Escravo.
O documento tem o objetivo de orientar os ficais do ministério, padronizando o combate, para que não haja uma ação subjetiva, mas sim uma política de governo. A ideia também é tirar as dúvidas da sociedade sobre o tema. Saiba mais aqui.
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TRAGÉDIA NO RIO. Após o desabamento, o Hemorio (Frei Caneca, 8) informou que precisa de doação de sangue para vítimas.
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PERGUNTA PERTINENTE. E você? Conhece a situação estrutural do prédio onde trabalha ou mora?
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ALIÁS. Bombeiros do Rio: salário baixo para muito, muito trabalho.
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NÃO É BRINCADEIRA. O Rio de Janeiro está se tornando uma cidade internacional. Até cenário de hollywood tem.
João Carlos Caribé: “Veja a foto do prédio que desabou no centro ao lado do Muncipal, marquei em uma foto que tirei durante as obras”.
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‘NORMALMENTE’. Comentei após a tragédia que o Metrô iria “funcionar normalmente” no dia seguinte.
O professor Amaury Fernandes, sempre atento, lembrou: “Ou seja, vai fechar estações, deixar passageiros presos entre estações, derrubar velhinhas em escadas rolantes…”
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SADIA: DENÚNCIA GRAVÍSSIMA. Os trechos são de reportagem da BBC Brasil em Brasília: ”Nas fábricas, executava uma única tarefa: com uma faca afiada, degolava cerca de 75 frangos por minuto pelo método halal, selo requerido pelos países de maioria islâmica que importam a carne brasileira. “Não dava nem para enxugar o suor”, ele conta, referindo-se à alta velocidade com que tinha de executar os cortes na linha de abate. Pelo trabalho, recebia cerca de R$ 700 mensais.”
Um refugiado desabafa: “(…) Disseram que no Brasil eu encontraria paz, mas virei um escravo e, hoje, vivo como um mendigo.” O Ministério do Trabalho disse que apurará as denúncias de abusos, ocorridas em Samambaia (DF), e que prepara uma nova regulamentação para o trabalho em frigoríficos. (leia aqui na íntegra)
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INACREDITÁVEL. A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do RJ decidiu que a Estácio de Sá terá que pagar uma indenização de R$ 5 mil por dano moral a um empregado que foi colocado “de castigo” pelo seu superior hierárquico.
Isso mesmo. Segundo a vítima, a expressão foi utilizada pela sua chefe imediata em 2009, “quando a mesma informou que ele deveria permanecer sentado em uma cadeira estudantil, incomunicável, sem receber trabalho, por determinação do diretor da instituição”.
O trabalhador relatou ainda que tal situação perdurou por quase dois meses e, depois disso, não teve mais acesso ao sistema de informática da universidade, “o que passou a inviabilizar a execução de suas tarefas”.
A desembargadora Elma Pereira de Melo Carvalho negou recurso da defesa e afirmou que a testemunha ouvida comprova, “de forma perfeitamente convincente”, não só o tratamento vexatório imposto ao trabalhador com relação ao castigo e à ausência de acesso ao sistema, mas também a humilhação e os constrangimentos por ele sofridos. Segundo a relatora, a repercussão no ambiente de trabalho foi tanta que o empregado foi apelidado pelos colegas de “enfeite de bolo”.
Uma colega da área alerta: “Infelizmente isso é muito comum. Já assisti a sessões no Tribunal de Minas em que a Coca-Cola teve que pagar indenizações pois penalizava funcionários gordinhos com abdominais que tinha que fazer em frente aos colegas”.
Em outra empresa, um funcionário que não conseguia atingir as metas teria ganho um “troféu framboesa” de pior vendedor, com direito a solenidade e tudo.
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ONU COBRA FIM DA TORTURA NA LÍBIA. A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, expressou ao Conselho de Segurança da ONU na última quarta-feira (25/1) sua “preocupação extrema” com as condições de detenção das pessoas envolvidas em conflitos revolucionários.
Segundo a ONU, Pillay observou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha visitou mais de 8.500 detidos em cerca de 60 lugares entre março e dezembro do ano passado. A maioria dos detidos é acusada de serem partidários do líder deposto assassinado Muamar Kadafi e inclui um grande número de cidadãos da África subsaariana.
Ela cobrou também investigações sobre possíveis mortes de civis resultantes de operações da OTAN no país durante os recentes conflitos.
Em protesto contra a tortura, até a organização ‘Médicos sem Fronteiras’ anunciou a suspensão de suas operações nos centros de detenção da cidade líbia de Misrata.
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JUVENTUDE DE LUTA NO EGITO. Jovens egípcios acamparam nesta quinta-feira na Praça Tahrir, no Cairo, e prometeram ali ficar até que o Exército entregue o poder em mãos civis, um dia após uma manifestação em massa marcar um ano desde o levante que derrubou Hosni Mubarak.
Segundo a agência Reuters, dezenas de milhares de egípcios foram à praça e às ruas de outras cidades para o aniversário de 25 de janeiro, dia do início da revolta em 2011.
Vídeo da AFP em português:
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SEGURANÇA ALIMENTAR NA ÁFRICA. Uma ampla região da África conseguiu significativos avanços na luta para erradicar a fome e a pobreza extremas. Gana, Libéria, Malauí, Ruanda, Serra Leoa e África do Sul são algumas das nações destacadas no tema.
Isto ficou evidente em um sistema de pontuação para medir a segurança alimentar na África, elaborado pela ActionAid International, organização não governamental que trabalha contra a pobreza. Os resultados coincidiram com os de uma pesquisa da Associação para Operações Cooperativas de Pesquisa e Desenvolvimento (Acord), considerada uma autoridade em temas de segurança alimentar na África. Saiba aqui.
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FAMÍLIAS REMOVIDAS NO RIO. Gizele Martins dá o recado: “Moradores de comunidades, comunicadores e militantes,
Vocês já viram algum vídeo contando as histórias das famílias que estão sendo removidas de suas casas por causa das obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016?
Com o intuito de catalogar e registrar a luta de comunidades e favelas que estão sendo removidas em todo o Rio de Janeiro, pedimos aos companheir@s indicações de vídeos (links ou arquivos) que denunciam violações ao Direito à Moradia no Rio.
São dezenas de comunidades em toda a cidade que estão sendo atingidas por conta dessas obras. A política de remoção forçada – por diversas vezes, sem negociação com as famílias atingidas – adotada pelo governo viola o Direito à Moradia. Comunidades como: Restinga, Vila Recreio II, Vila Harmonia e Favela do Metrô, por exemplo, infelizmente já foram extintas do mapa.
Por favor, mande suas sugestões até o dia 10 de fevereiro. Envie para o email: remocoes.videos@gmail.com
Obrigada!
Gizele Martins e Glaucia Marinho”
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LUTA CONTRA A HANSENÍASE. O Rio de Janeiro é a cidade escolhida pela Organização das Nações Unidas para a inauguração de um ciclo de seminários internacionais sobre hanseníase e direitos humanos. O 1º Seminário Internacional de Hanseníase e Direitos Humanos acontece no próximo dia 1º de fevereiro, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, lembrado sempre no último domingo de janeiro.
O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) comemora progressos, mas lembra que luta pelo reencontro de famílias que sofreram com políticas de isolamento compulsório ainda continua. Detalhes de evento aqui.
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QUESTÃO DE COERÊNCIA. A imagem é direta:
Acompanhe o debate aqui.
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CULPA CRISTÃ. Comentando sobre os estranhos costumes de nossos tempos, o sempre atento Sérgio Domingues comenta:
“Onan é um personagem bíblico que estava obrigado pelos costumes a deitar com sua cunhada. Ele precisava engravidá-la porque seu irmão havia morrido e a descendência tinha que continuar. Ele não concordava com a ideia. Parece que se sentia culpado em relação ao falecido. Na hora do ato sexual ejaculou “na terra”. Deus não gostou. Era desperdício de sêmen. Matou o pobre coitado. Vem daí a condenação à masturbação como pecado de onanismo.”
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PREOCUPAÇÃO PERTINENTE. O site de humor ‘Sensacionalista’ é o autor da ironia:
“O governador do Rio, Sérgio Cabral, está entre os cerca de 20 desaparecidos na tragédia que atingiu três prédios no Centro da cidade. Desde o anúncio do acidente, o governador não foi visto, nem deu declarações. Assessores do governador não confirmam qual foi o último contato feito com ele. As buscas seguem no local. Boatos indicam que Cabral pode estar no Canadá.”
Jornalista, 41, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.