Farc libertam reféns na Colômbia

Claudia Jardim, de Caracas, para a Agência Brasil de Fato. Imagem cedida por Marcelo Garcìa.

Após semanas de espera, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertaram Clara Rojas e Consuelo González de Perdomo, nesta quinta-feira (10/1). O anúncio foi feito pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que afirmou ter conversado com as reféns logo após a soltura. “Há dez minutos, recebi uma mensagem direto do lugar que correspondia às coordenadas informadas pelas Farc. Emocionado, o ministro Ramón Rodríguez Chacín me disse que estava naquele momento recebendo Clara e Consuelo das mãos de um comandante das Farc”, informou.

Clara e Consuelo foram mantidas em cativeiro durante seis anos e, agora, devem viajar a Caracas nas próximas horas, onde se encontrarão com seus familiares e com o presidente Chávez. As Farc haviam prometido entregar as reféns ao venezuelano. “Saudei a um membro das Farc, saudei a Clara e Consuelo, emocionadas. O ministro disse que elas estão em boas condições”, afirmou Chávez. Antes dos helicópteros levantarem vôo da cidade de San Juan Guaviare, na Colômbia, somente o ministro venezuelano de Interior e Justiça, Ramón Rodríguez Chacín, que coordena a operação, conhecia as coordenadas exatas do local em que foram libertadas as reféns.

Por questões de segurança, o piloto e os representantes da Cruz Vermelha Internacional que participam do resgate somente conheceram o destino da viagem após a decolagem, conforme explicou, Luis Carlos Restrepo, Alto Comissionário da Paz na Colômbia. As aeronaves devem esperar duas horas no local indicado pela guerrilha antes de regressar à Venezuela. Uma das razões, explicam fontes venezuelanas, seria para que os guerrilheiros responsáveis pela entrega das seqüestradas pudessem voltar a um local de segurança das Farc, antes de os helicópteros levantarem vôo e o exército colombiano retome a ofensiva militar.

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