Admitir os próprios erros é muito importante.
O que acaba se tornando uma meta-questão: admitir que admitir os próprios erros é muito importante é muito importante. Esta construção é infinita. Ou melhor, cíclica. Poderá (no sentido de tem a potência de) fundar uma nova base de pensamento.
Mas parece ser, mais do que a sexualidade alheia, o maior tabu constituído pelo ser humano atualmente.
Re-avaliar uma sociedade baseada na avaliação hierárquica – a prova na escola, o trabalho na faculdade, as metas no trabalho, o veredicto no tribunal – é fator de enorme constrangimento público. Sinal de fraqueza. Fracasso. Derrota.
O derrotado, na linha de frente, só pode tomar, no ápice da dicotomia humana, dois caminhos cíclicos e definitivos: se vingar ou re-avaliar a situação em sua complexidade (sem tomar para si ou para o mundo a questão).
Re-avaliar é uma merda. Do latim merda. Possui uma rica cultura microbiana, pode ser utilizada como fertilizante e é, de quebra, uma expressão comum entre atores, antes de entrarem em cena, para desejar “boa sorte”.
Jornalista, 40, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.
ai, ai, aiesse tema de auto-avaliação-re-avaliação é complexoe vamos aproveitar a merda para fertilizar novas atitudessaudades!beijos