Brigada Militar cerca assentamento do MST no RS

A Brigada Militar do Rio Grande do Sul cercou com um efetivo de 1.000 soldados assentamento do MST na Fazenda Anoni, na manhã desta quinta-feira (17/1), nos municípios de Pontão e Sarandi, no norte do Rio Grande do Sul. Dois acampamentos do movimento também foram invadidos por 800 policiais nesta manhã na região.

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“A ação da Brigada é arbitrária e, pelo histórico de violência da polícia no Estado, tememos que aconteça um massacre e a responsabilidade será do governo de Yeda Crusius e do governo Lula, uma vez que a área do assentamento é de responsabilidade federal”, disse Claudir Gaiado, integrante da coordenação estadual do MST e assentado na fazenda 20 atrás.

O MST realiza no assentamento o 24º Encontro Estadual, com a participação de 1.200 militantes (que levaram 200 crianças para poder participar), desde segunda-feira, quando foi realizada a ocupação simbólica da Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul, que possui o tamanho de 9.000 campos de futebol improdutivos.

A PM tem um mandato de busca e apreensão por um rádio de carro, um anel (sem qualquer especificação), uma máquina fotográfica (sem qualquer especificação) e R$ 200,00 referentes a essa ocupação, dado pela Justiça Estadual. Para fazer a operação na Fazenda Anoni, um assentamento criado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há 22 anos, a polícia precisa de autorização da Justiça Federal.

O ministro da Justiça Tarso Genro e os responsáveis por direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) foram informados do cerco da polícia na área do encontro. “A área é de assentamento e o mandado de busca de apreensão não justifica a mobilização de um efetivo de 2.000 homens para cercar um assentamento e invadir dois acampamentos. Isso é uma forma de perseguição política aos trabalhadores rurais que lutam pela Reforma Agrária”, afirma Gaiado.

Informações à imprensa:
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