Pré-estréia de ‘Três Irmãos de Sangue’ marca reabertura do Cine ABI

O Cine ABI, da Associação Brasileira de Imprensa, reabre no dia 7 de agosto, às 18h30, com a pré-estréia do filme “Três Irmãos de Sangue”, com direção e roteiro da jornalista Ângela Patrícia Reiniger (contando com Cristiano Gualda como co-roteirista) marcando os dez anos sem Betinho, morto em 09 de agosto de 1997.

Três Irmãos de Sangue, que será lançado em 17 de agosto no Rio, São Paulo e Minas, retrata a vida dos irmãos Betinho, Henfil e Chico Mário, brasileiros que fizeram da solidariedade a sua grande arma na luta pela vida e que ajudaram a tornar o Brasil um país mais justo e solidário.

Betinho

Exibido em maio no Festival de Cinema em Paris 2007, “Três Irmãos de Sangue” ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Goiânia e menção honrosa no Festival Fêmina em julho deste ano, tendo sido o único representante brasileiro na competição internacional de longas. O filme foi apresentado também no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no ano passado e concorre em agosto no Festival de Cinema Brasileiro de NY.

O documentário é uma realização da No Ar Comunicação, com o patrocínio cultural da Petrobras e distribuição do Estação. O Estação, que se especializou na distribuição, em lançar clássicos do cinema mundial, filmes independentes e cinematografias pouco difundidas, iniciou em 2006 um projeto de promoção e distribuição de filmes brasileiros, priorizando produções inovadoras e alternativas, como “O Cheiro do Ralo”, que alcançou a marca dos 150.000 espectadores, “Fabricando Tom Zé” e “Pedrinha de Aruanda – Maria Bethânia”.

“Três irmãos de sangue” mostra a vida de cada um dos irmãos e como suas ações se misturam com a história política, social e cultural do Brasil na segunda metade do século XX. Eles contribuíram, cada um a sua maneira, para as principais transformações pelas quais passou o povo brasileiro nesse período.

Betinho, cientista social, exilado político, fundador da Campanha Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida, que foi indicado em 1994 ao Prêmio Nobel da Paz; Henfil, cartunista que lutou pela volta dos exilados durante a ditadura militar e criou a expressão “Diretas Já” como forma de exigir a volta da democracia ao Brasil; e Chico Mário, músico pioneiro da questão da música independente e compositor de canções contra a tortura. Os irmãos definitivamente sabiam da importância da defesa dos direitos humanos e se esforçaram ao máximo para alcançar esse objetivo.

Henfil

Hemofílicos, foram contaminados pelo vírus HIV através de transfusão de sangue. Isso os tornou um símbolo da luta contra a AIDS no Brasil. O fato do país hoje ser visto como referência mundial no combate à AIDS tem muito a ver com o pioneirismo deles em relação a essa causa. Para eles, a luta pela vida sempre esteve em primeiro lugar.

Chico Mário

Como diz Frei Betto no início do documentário: “Eram três irmãos embriagados de utopia, no sentido forte dessa palavra, não apenas como um sonho, mas como um projeto que os engajou numa militância permanente”.

Já Zuenir Ventura, de O Globo, diz que: “A diretora conseguiu mostrar, sem pieguice, bem ao estilo dos três irmãos, como a luta contra a morte pode ser uma exemplar lição de vida”. Luiz Zanin, do Estado de São Paulo, fala que se trata de “um belo e emocionante filme, que traça a saga de uma família e também de um período, tanto difícil como épico da história recente”.

O colunista Sebastião Nery afirmou que “o impacto e mergulho humano do filme vêm da história contada para ser pensada e absorvida. É todo um levantamento histórico, minucioso, sério, biográfico, mas principalmente político, social, de Minas e do Brasil, a partir dos anos 50 até a ditadura de 64 e as batalhas da resistência, do exílio, da abertura, da anistia, das Diretas-Já. Ângela Reiniger não fez um filme de pessoas. Fez um filme do tempo”. E o jornalista e filósofo Jesus Chediak, diretor de Cultura e Lazer da ABI, disse que “esse filme é um presente para quem é em defesa da vida”.

Ficha técnica
Três Irmãos de Sangue (Brasil, 2006; 102min).
Direção: Ângela Patrícia Reiniger
Roteiro: Ângela Patrícia Reiniger e Cristiano Gualda
Fotografia: Márcio Zavareze
Edição: Cassiano Brandão
Produção Executiva: Marina Dantas Faria
Idealização e Direção Musical: Marcos Souza

Serviço
Pré-estréia do filme “Três Irmãos de Sangue”
Dia 07 de agosto (terça-feira), às 18h30
Local: Cine ABI – Associação Brasileira de Imprensa
Rua Araújo Porto Alegre, 71 – 9º andar – Centro – Rio de Janeiro

Perfil
Ângela Patrícia Reiniger – diretora/roteirista do filme “Três Irmãos de Sangue”

Nascida no Rio de Janeiro em 1971, Ângela Patrícia Reininger formou-se em Jornalismo pela PUC-Rio. Iniciou sua carreira profissional na MTV e depois trabalhou na Videofilmes, como produtora e pesquisadora dos projetos Caetano 50 anos (1992), série para a extinta TV Manchete, e João e Antônio (1992), especial de fim de ano da Rede Globo de Televisão, sobre João Gilberto e Antônio Carlos Jobim.

Esteve por seis anos à frente do programa Mãe & Cia., que estreou em 1998, no GNT, e depois foi apresentado pela TV Cultura. Ângela dirigiu também os curtas-metragens Os Oficineiros da Inclusão e O Aprendiz e o Mestre. Desde 2004, dirige a série Programa Especial, apresentanda pela TVE/Rede Brasil. “Três Irmãos de Sangue” é seu primeiro longa-metragem.

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