Há uns dias em que tentas juntar um dia, todos os dias. Não procuras coerência, frases exatas ou corretas. Apenas deixar que venha o que vier. O olhar poético solta o mundo. Soubeste disto ontem no almoço, olhando para a mesa onde o cálice de cristal. Hoje, uma frase de Comblin, onde adverte contra o vício do intelectualismo na teologia. A oração, a contemplação. Decepção, insegurança, medo. Tudo que é o viver. Caminhando pela calçada, perto do busto de Tamandaré, pediste a Deus, como tantas vezes, que guiasse teus caminhos, teus pensamentos, teu sentir, teu querer, o teu agir. Andas pelo mundo e muitas vezes procuras refúgio em Deus. Juntando folhas te juntas, juntador de folhas. As folhas juntam a vida, juntam gente, te juntas à vida e à gente nas folhas, juntador de folhas. A dama das camélias.

Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ-Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/