Hoje está sendo um dia muito especial. O que um dia pode ter de tão especial? Hoje andava por uma das calçadas do meu bairro, e ficou claro para mim que a vida é amor. Que o amor é tudo na vida, e que tive amor durante toda minha vida, ainda quando pensei que não o tivesse tido. Ele estava ali, o amor estava ali, sempre esteve, e sempre estará, enquanto vida houver. De tarde, em um momento fiquei na sala. O tempo tinha parado. Quase não havia pensamentos. Quietude, paz.
O amor é também quietude, justiça, paz. Fiquei apenas ciente de que estava ali, na sala, sentado, quase sem pensamentos. É como se a vida tivesse se recolhido por completo a esse momento. Depois, de noite, saí para caminhar de novo, por outras ruas do bairro. Vi as flores das casas de em frente. Amarelas, vermelhas, lilás. As pessoas no calçadão. Uma criancinha brincando com outra, perto da mureta que fica do lado do mar. Outra vez, pensei no amor, como a totalidade da vida, o que sustenta a vida, o que é a vida, senão amor.

Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ-Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/