Catador está preso a 7 meses por beber cachaça de R$ 1,50 em mercado

Fábio Mazzitelli, Diário de S.Paulo – Há sete meses e três dias, o catador de sucata Reginaldo Pereira da Silva, de 30 anos, saiu de casa embriagado, pegou a cachaça mais barata no supermercado vizinho, abriu ali mesmo e começou a beber. Na prateleira, a caninha custa só R$ 1,50. Mas Reginaldo paga até hoje da pior maneira possível. Desde o dia do episódio, 8 de julho de 2007, o catador está preso. É réu confesso, denunciado por tentativa de furto, cuja pena varia de um a quatro anos de reclusão.

A Justiça já negou pedido de liberdade da Defensoria Pública, que quer anular o processo com base no princípio da insignificância do furto Ou seja, aquele que envolve valor inexpressivo, juridicamente irrelevante. “O bem não tinha sido sequer avaliado (no processo). Nós fomos atrás do preço da cachaça. O fato é irrelevante para o Direito Penal”, diz a defensora Mailane Ramos de Oliveira. Leia na íntegra.

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