Segunda-feira, dia 23 de agosto, grupos de teatro, circo, quadrilha, blocos de carnaval e outros artistas de rua fizeram festa na Cinelândia, centro do Rio. Festa política. “Para que todos saibam”, diziam eles, que as cidades estão sendo privatizadas, no Brasil.
Praças gradeadas, alvará para autorização de manifestações públicas, em alguns casos, até o pagamento de taxa para as apresentações. Moradores de rua, camelôs, artistas, foliões, todos foram colocados no mesmo saco e estão sendo expulsos pela política de “limpeza das ruas”. Segundo Amir Haddad, do grupo Tá na Rua, trata-se de um projeto de cidade, que avança em todo país. “A população não sabe. Porque é feito de cima pra baixo.”
O ato foi convocado por centenas de grupos artísticos, em todo o Brasil.
Em todas as falas, a denúncia a um plano de cidade “facistóide”, nas palavras de Haddad, uma espécie de rei momo do ato no Rio. A pergunta que se repetia era: “Que Brasil a gente quer mostrar na Olimpíada?”. Para os atores-manifestantes, um Brasil brasileiro, popular, plural e em transformação. Mas, ao que parece, o projeto das autoridades é outro: ordem, controle e praças vazias.
“Essa verdade que estão nos impondo não é do Rio, nem do Brasil”, denunciou Herculano Dias, também do grupo Tá na Rua. No final do ato, ainda faz piada: “Para fazer um espetáculo, a gente tem que se dirigir à Secretaria de Ordem Pública! Não tem diálogo com a Secretaria de Cultura. A gente é tratado como lixo. Se sente como o cocô da vaca. Mas eles esquecem que do cocô da vaca nascem cogumelos maravilhosos!”
A praça é do povo
Milhões para reformar o Teatro municpal. Mas, na praça, só pode se apresentar com alvará
Que linda aquela imagem do senhor, de cabeça branca, com chapéu de palhaço, lindo!
Parece que a censura tenta reviver em pleno século 21, a liberdade de expressão está garantida pela constítuição brasileira assim como o direito de ir e vir de cada cidadão, o último episódio noticiado em que os programas de humorísticos na tv não poderiam fazer piadas com os candidatos nas eleições 2010, realmente não tem coerência para um país democrático.
Mesmo assim ainda existe uma grande diferença ao acesso a cultura e entretenimento nas classes sociais, a desigualdade social e economica mantém os menos favorecidos distantes de grandiosos espetáculos e peças teatrais, já que o valor desse “divertimento” é bastante alto e somente um certo grupo de pessoas obtém esse conhecimento.