Artistas pela democratização da cidade

Segunda-feira, dia 23 de agosto, grupos de teatro, circo, quadrilha, blocos de carnaval e outros artistas de rua fizeram festa na Cinelândia, centro do Rio. Festa política. “Para que todos saibam”, diziam eles, que as cidades estão sendo privatizadas, no Brasil.

(…) “Para fazer um espetáculo, a gente tem que se dirigir à Secretaria de Ordem Pública! Não tem diálogo com a Secretaria de Cultura. A gente é tratado como lixo. Se sente como o cocô da vaca. Mas eles esquecem que do cocô da vaca nascem cogumelos maravilhosos!”

Tragédia no Rio: quem escolhe o risco?

Boa parte das conversas de cariocas e fluminenses nas mesas de bar, nas bancas de jornal ou no jantar em família, nos últimos dias, têm sido pautadas pela discussão sobre se é ou não razoável insistir em morar numa casa construída em área de risco. Como se houvesse uma fronteira perfeitamente demarcada entre risco e não-risco. Caminhar pelas encostas do Borel, guiada por moradores que vão explicando o mapa caótico dos vários programas de urbanização das favelas, é uma aula e tanto sobre a imprecisão dessas fronteiras.