Mino Carta diz que quer debater o Caso Battisti. Eu aceito o desafio

Inquisidores à beira de um ataque de nervos: Lula evitou a repetição destas cenas.

…em meados do ano passado, Dirceu me ofereceu um almoço e com gentileza comovedora abriu uma garrafa de Pera Manca, tinto português capaz de ser ao mesmo tempo robusto e elegante. Tocou-me a mesura, donde me animei a propor um debate sobre a questão [o Caso Battisti], a ser gravado e publicado na íntegra em CartaCapital, com direito à leitura do texto final antes da publicação e de retocá-lo a seu talante. Declarou-se despreparado e recusou polidamente.

A bazófia é do Mino Carta, em A pedra é criptonita.

Pois bem, EU ESTOU PREPARADO para discutir o Caso Battisti.

Tanto quanto estava preparado em 2004 para discutir o veto despótico e arbitrário de Mino Carta à minha participação numa matéria-de-capa da CartaCapital sobre a anistia política, depois de haver sido procurado por uma repórter da revista, atendido-a gentilmente e lhe fornecido quase todos os contatos dos personagens que ela ouviu para montar seu texto.

Na enésima hora, Mino Carta impugnou e mandou apagar totalmente minha participação, fazendo juz ao apelido de  imperador.

A dúvida é só quanto a quem seja o imperador no qual espelhou-se para tomar uma atitude dessas: Nero ou Calígula?

Escrevi à CartaCapital, desafiando a revista e MC a discutirem o veto comigo.

Eu era um pobre sem-tribuna. Tinha todas as desvantagens, salvo o fato de que a verdade, a justiça e as boas práticas jornalísticas estavam ao meu lado.

A CartaCapital esquivou-se ao debate, vergonhosamente.

Mino Carta esquivou-se ao debate, vergonhosamente.

Assim como foi várias vezes desafiado a debater o Caso Battisti com o Rui Martins, o Carlos Lungarzo e comigo.

Esquivou-se vergonhosamente. Sempre.

Assim como desafiei o juiz Walter Maierovitch a discutir o caso comigo e ele sempre se esquivou, vergonhosamente.

Aí, quando afinal eu o peguei de jeito no site Conversa Afiada, o Maierovitch logo percebeu que, mesmo tendo sido juiz a vida inteira, não conseguia encarar um debate sobre assunto jurídico com um jornalista.

A quase totalidade dos leitores se colocou ao meu lado.

E ele fugiu.

Daí a nenhuma vontade de MC em debater comigo. Teme sair-se tão mal quanto o Maierovitch e o Olavo de Carvalho.

Sabe que terá de bater em retirada, como bateu em retirada do seu próprio espaço virtual, quando os leitores, SEUS FÃS, o encostaram na parede, criticando-o pela incoerência de sua atitude,  ao posicionar-se como o mais furibundo linchador de Battisti e fazer de sua revista um veículo inquisitorial, capaz de repetir semana após semana as mesmas falácias, como se fosse o mais panfletário pasquim da extrema-direita.

Enfim, renovo o desafio ao Mino Carta:

  • EU ACEITO O DEBATE PROPOSTO, EXATAMENTE NAS CONDIÇÕES PROPOSTAS AO ZÉ DIRCEU.
  • O CARLOS LUNGARZO, IDEM. FALO POR ELE.
  • O RUI MARTINS, IDEM, FALO POR ELE.

Ou seja, se ele quiser mesmo debater — e não apenas portar-se como fanfarrão ávido por vantagens duvidosas, nem que para tanto tenha de ser indiscreto em relação a quem o tratou com “gentileza comovedora”… e imerecida (que desperdício de um bom vinho!) — tem três adversários à disposição, prontos para aceitar seu desafio. É só escolher.

Vai fugir de novo?

Vai fingir que não é com ele de novo?

Façam suas apostas.

3 comentários sobre “Mino Carta diz que quer debater o Caso Battisti. Eu aceito o desafio”

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  2. Boa Celso,
    sou leitor da Carta Capital desde 2006.
    Estou cansado desse linchamento semanal de Mino Carta contra o Battisti.
    Se eu quisesse ler esses editoriais direitosos, faria assinatura da Veja.
    Ainda bem que ainda tem muita coisa que presta na Carta Capital.

  3. O imperador insiste em mandar o Battisti embora. Quantos ele não estaria crucificando por lutar contra a ditadura militar no Brasil. Deveria ele começar então a reservar espaço diário em sua revista para buscar os militares responsáveis por tantos brasileiros que sumiram do mapa lutando pela democracia brasileira.

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