Deter o genocídio. Redemocratizar o Brasil
Quem acompanha as publicações desta revista, deve ter percebido uma repetência. Redemocratizar o Brasil. Deter o genocídio.
Não é que tenhamos do lado de cá, uma confiança cega nas instituições, na democracia representativa, na dita democracia.
É que estas são um resguardo mínimo. Uma linha muito tênue que faz a diferença entre a vida e a morte, para muitas pessoas.
Quando essa linha mínima inexiste, a vida e a morte deixam de ter qualquer valor. Vida e morte se igualam. Isto não pode ser.
A vida é uma excentricidade do cosmos. Uma dádiva de Deus. Um dom dos céus. Como quer que possamos nos expressar, o certo é que a vida deve ser resguardada a todo custo.
Após o golpe de estado de 2016 e depois das eleições fraudulentas de 2018, o Brasil caiu numa espécie de buraco negro.
Um nevoeiro em que tudo pode ser qualquer coisa. Lula preso sem delito cometido. O PT perseguido como na pior fase de uma ditadura.
E alguém duvida de que estamos sob um regime pior do que uma ditadura?
Com a pandemia, ficou mais do que evidente que o povo estava e está entregue à morte. A fome voltou a imperar na vida de milhares de famílias.
O abestalhamento, a irreflexão, o mero reagir, o seguir a quem quer que seja, não importa quem seja nem para onde vá, tornaram-se bandeira de milhões.
No entanto, a vida continua a ser um percurso brevíssimo entre nascença e morte.
Tratemos de que seja válido. Que tenha valido a pena a nossa passagem pelo mundo.
Educação, arte, Direitos Humanos, direitos sociais, poesia, literatura, eis algumas das muitas fontes da vida.
Que alguma delas seja sua, querida e querido leitor/a!