Até quando?

Imagem de pessoas felizes retirada aleatoriamente da Internet, para combinar com os textos dos sociólogos das redes sociais.
Imagem de pessoas felizes retirada aleatoriamente da Internet, para combinar com os textos dos sociólogos das redes sociais.
Imagem de pessoas felizes retirada aleatoriamente da Internet, para combinar com os textos dos sociólogos das redes sociais.

Os sociólogos das redes sociais não só estão se generalizando, como ironicamente se distinguem sobretudo pela própria generalização.

O termo “contemporâneo” serve, por exemplo, para dizer que algo está acontecendo, agora, em todos os lugares ao mesmo tempo. Incluindo, imagino, entre grupos isolados no arquipélago de Fiji, lá na Oceania. Vale pra lá também essa parada aqui que eu tô te dizendo.

Uma forma maravilhosa de turbinar uma frase é incluir a expressão “sociedade”. Em nossa sociedade, na sociedade brasileira, toda a sociedade (os mendigos e o Silvio Santos, ninguém escapa). O ápice do texto está na transformação de “sociedade” em sujeito: a sociedade exige. E agora, tá? Pra já, do contrário eu não dou a gorjeta e nunca mais volto nessa lanchonete.

Um dos pontos altos é o próprio uso da expressão “em geral”. Sabe como é: em geral, as coisas são assim. Mas isso nem sempre foi do jeito que eu tô dizendo. Isso só acontece na contemporaneidade.

Mas o meu recurso predileto é o “eles”, ou seus derivados. Trata-se de um grupo muito bem organizado politicamente, com muuuuuuita grana e entrada em todos os meios de comunicação. Quem? Eles.

É por isso que eu sempre digo: na contemporaneidade, a sociedade exige uma satisfação daqueles que, em geral, insistem em nos prejudicar. Vocês sabem de quem eu estou falando: são os mesmos de sempre. E agora eu pergunto: até quando?

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