Ray Bradbury, no seu livro Zen en el arte de escribir, nos recorda algumas das razões pelas quais escrevemos: “Se a arte não nos salva, como desejaríamos, das guerras, das privações, da inveja, da cobiça, da velhice nem da morte, pode em troca nos revitalizar em meio a tudo”. (p. 10)
Escrever é uma forma de sobrevivência. Lembramos de que estamos vivos, e ganhamos o direito de viver.
Escreva, não deixe de escrever. A experiência ensina que quando escrevemos, nos fazemos donos e donas de nós mesmos e de nós mesmas. Criamos um mundo que podemos habitar. Ficamos a resguardo das destruições que assolam por aí fora.
A história está cheia de exemplos de mulheres e de homens que percorreram esse caminho: Cecília Meireles, Machado de Assis, Adélia Prado, Vincent Van Gogh, Somerset Maugham.
Ao escrevermos, nos adentramos na própria eternidade. O tempo se detém ao registrarmos o que vamos vivendo, o que sentimos, o que vamos aprendendo. Nos emparentamos com a longa caminhada da humanidade em busca de um mundo melhor.
É imprescindível que saibamos em primeira mão, que o nosso ser mais profundo, aquilo que de fato somos, sobrevive a todas as destruições. A arte nos ensina isto: que sempre há uma saída possível, em qualquer situação.
Nos faça chegar as suas experiências!