Temos mantido desde o começo nesta revista, uma linha que nos orienta e anima. A humanização da vida. A humanização da humanidade. A valorização da escuta e do diálogo. A escrita como possibilidade de virmos saber quem somos.
A poesia como ferramenta ao alcance de qualquer pessoa que tenha um pouco de afeto por si e pelo mundo. A educação como a vereda mais longa, a mais preciosa, a que nos traz para a cidadania, para a consciência de quem somos e em que mundo estamos.
Pode ser diferente. Não há nenhuma fatalidade que condene alguns e algumas à ignorância, ao sofrimento, à fome ou à doença. Sobre tudo, não há nada que condene um ser humano a ser menos que humano. Há opções que fazemos na vida. Fazemos escolhas.
Por vezes estas escolhas são exatamente o contrário do que recebemos. Aprendemos a incluir porque nos sentimos excluídos ou abandonados. Aprendemos a nos ver nas histórias das outras pessoas, desfazendo a expectativa de uma perfeição inexistente, bem como também o conflito constante nascido das ideologias do ódio.
Há algo que permanece e se fortalece no meio às adversidades. É aquele elo precioso que sustenta a vida. Chamamo-lo de Deus, amor. Sem isto, a vida se degrada. E não nos referimos a crenças ou instituições.
É o dia a dia! É o dar as mãos. É o fazer juntos e juntas. Fazer a muitas mãos a paz que nasce da aceitação da nossa história. Precisamos uns dos outros e outras. Até o fim, que não é fim, mas sim um recomeço.