Elegia minguante
Sob a lua côncava e minguante
Um juízo aluado em lua cheia
Que espera do alto seu calmante
Uma lua aplicada em sua veia
Um clarão o invade alma adentro
Irradia uma luz pura, vestal
Que mergulha no seio do epicentro
E fenece na glande pineal
Qual fagulha, uma chispa, uma centelha
Que se solta da brasa e logo esfria
E se esvai feito chuva pela telha
Tudo rui, se desfaz na ventania
Tão fugaz qual ruflar de uma abelha
Tão real quanto uma alegoria
Martim Assueros
Sociólogo e Educador Ambiental, 67. É coautor do livro “Brejos de Altitude em Pernambuco e Paraíba: História Natural, Ecologia e Conservação” (disponível aqui) e de cartilhas didáticas de educação ambiental (disponíveis aqui: série Joca Descobre…).