Vilma Homero, Boletim da Faperj – Nos últimos quatro meses, a equipe do laboratório de Ciências Químicas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) vem trabalhando intensamente numa alternativa para o combate ao Aedes aegypti. O projeto une a reciclagem de uma matéria-prima bastante usada nos lares brasileiros, o óleo de cozinha, e essências naturais de plantas com reconhecidos poderes repelentes. A idéia é de se chegar a um produto eficaz, mas também simples e barato: um sabonete que mantém por várias horas os mosquitos afastados de quem o usa.
O sabonete repelente, que vem sendo elaborado pelo grupo do professor Edmilson José Maria, da Uenf, surgiu da preocupação com os números crescentes de casos de dengue no estado, em particular na cidade de Campos, e sua disseminação entre as camadas mais pobres da população. “Vimos que a incidência de casos aumenta e que a conscientização para evitar criadouros do mosquito não está sendo levada a sério. Assim, pensamos em criar mais uma alternativa no combate à dengue, repelindo o mosquito no período em que ele mais atua, o diurno”, explica o pesquisador. E por que um repelente em forma de sabão? Para o professor, a resposta é rápida: “Porque é uma forma de disponibilizar para os mais carentes, que não têm acesso a sprays inseticidas ou repelentes, uma alternativa de proteção a baixo custo.” Clique no título para ler mais.