Quando o Presidente Lula foi preso sem crime cometido, e posto na prisão pelo regime ilegal e inconstitucional nascido do golpe de estado de 2016, estive entre aquelas pessoas que, aqui no Brasil, e também na Argentina e em outros países do mundo, apoiamos a libertação dessa prisão inaceitável.
Me permiti escrever para Lula, expressando o meu agradecimento pelo que ele fez pelo Brasil. Acabar com a fome, trazer para dentro da sociedade a massa de pessoas excluídas que vegetavam no desemprego, na miséria e na exclusão social.
Fiquei admirado com o poder dos chamados meios de comunicação, que dominam as consciências, impactam o comportamento, manipulam os valores. Não conseguiram quebrar Lula. Mas conseguiram levar para a presidência da república alguém totalmente desprovido de toda e qualquer qualidade moral. Uma vergonha.
A mídia venal contra o país. Veio a pandemia e o genocídio que vinha se realizando secularmente, arrefeceu. O massacre midiático prossegue. A direita não se endireita. E que fique claro que não se trata de opções ideológicas apenas, no sentido de falsas oposições, como tentam fazer parecer.
É uma questão humana, como bem diz o Papa Francisco no seu livro Vamos sonhar juntos. O caminho para um futuro melhor. Gustavo Barreto, criador desta revista, no seu artigo “A feira que nunca acaba” https://revistaconsciencia.com/a-feira-que-nunca-acaba/ com aguda sensibilidade e clareza, nos exorta para que acordemos e nos reconheçamos como parte da natureza.
É disto que se trata. Reumanizar a vida. Uma tarefa diária. Esta pandemia têm-nos chamado a atenção para o valor da vida. Num instante passa. Muitas pessoas já não estão mais entre nós. Em boa medida, devido à inexistência de ações governamentais capazes de prevenir e combater o vírus.
E numa outra medida, em razão da persistente tarefa perversa de desumanização sistemática denunciadas tanto pelo artigo de Gustavo Barreto acima citado, como pelo livro de Sua Santidade o Papa Francisco, também aqui mencionado.
Nos faça chegar as suas experiências. A revista cresce na escuta e na promoção do diálogo libertador.

Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Perfeito, Rolando. É uma tarefa diária, e também não podemos nos deixar nem desumanizar, nem tampouco apagar essa chama pela transformação social e interior.