Limites da desumanidade

A indignação diante da absolvição de um estuprador deve nos chamar a atenção para o perigo em que nos encontramos.

Quando a vida das pessoas é menosprezada pelo sistema judiciário, tanto quanto por elementos em tudo desprovidos de um mínimo senso de humanidade, devemos nos perguntar se não temos ultrapassado já há muito tempo o limite do aceitável.

Piadas preconceituosas contra pessoas LGBT e negras, humilhações e manuseio de mulheres nos ônibus, intromissão de supostos eclesiásticos tentando impedir o aborto de meninas violentadas por parentes. Qual é o limite do tolerável?

Quando as instituições e a mídia, bem como parte da população exibem comportamentos em tudo e por tudo opostos ao mínimo respeito devido à pessoa humana, é um sinal de alerta gravíssimo. Não se trata de dinheiro, posses, propriedade, investimentos. Trata-se de gente, pessoas.

Onde ficou a humanidade? A vida ganha sentido no cuidado da família,  no cultivo dos valores superiores: trabalho, educação, arte, fé, cultura, comunidade. Quebrados esses parâmetros entramos na barbárie.  Esta fronteira vêm sendo dissolvida insistentemente desde as classes dominantes e pela mídia venal.

A vida é uma sobrevivência. Uma luta em que a toda hora e em todo lugar temos que estar em estado de alerta prontos para defendê-la. Os recursos e estratégias para tal são diversos, e cada pessoa e comunidade é chamada a pô-los em prática, se é que ainda queremos prosseguir diante.

Convidamos leitoras e leitores a se aproximarem às rodas virtuais de Terapia Comunitária Integrativa. São espaços em que se quebra o silêncio imposto pelo medo e pela intimidação. Precisamos somar esforços para salvaguardar a integridade da vida humana.

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