Temos mantido uma atitude definida e clara em defesa da ordem constitucional. O restabelecimento da democracia no Brasil abriu um espaço para que voltemos para algo que nos é muito caro.
A vida vivida. A vida do dia a dia. O cotidiano. Esta perspectiva significa um compromisso com a pessoa concreta. O ser humano individual. Aquilo que cada um, cada uma de nós é.
A vida vivida é o espaço que ocupamos como pessoa. É a nossa história de vida. A família donde viemos, os objetivos que nos traçamos. Para onde vamos. O que queremos e o que detestamos.
A libertação é algo concreto e real. A vida é um trajeto ascendente. Um caminho de progresso que nos obriga a um aprendizado contínuo. Isto demanda um trabalho permanente de nos abrirmos para o novo.
Uma responsabilidade plena com a nossa precariedade e fragilidade. O que é que somos capazes de fazer neste tempo de valor incalculável que é este instante?
Se olharmos em volta e para nosso interior, veremos quantas pessoas já se foram. Parentes e amigos, amigas. Tantas coisas já passaram.
A proximidade com o final é um estímulo a uma valorização ainda mais honesta e total com o fato do viver. Poderíamos não estar aqui, e estamos.
A poesia e a literatura, a filosofia e a sociologia, o contato cara a cara com o mundo, são outras tantas fontes de conhecimento que nos impulsam para uma atitude reverente para com a vida.

Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ-Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/