A força da comunidade

Chegam de fora rumores de guerra, golpe de estado, violência, delinquência, abusos de todo tipo. Um cardápio repetitivo.

Olho para dentro e para perto, e vejo algo diferente. Um sorriso, uma mão estendida, uma palavra alentadora.

Põem-nos ou querem nos pôr para mudar o cenário macro. Deveria mudar, com certeza. Comida para toda a gente, escola acessível, serviço de saúde, emprego, salário, coisa e tal.

Mas o tempo é escasso. A vida não para. O que é que podemos fazer, de fato, para sermos felizes num cenário como este?

Voltarmo-nos para esse interior que sobrevive sob qualquer circunstância. O entorno próximo, em que acontece a vida cotidiana.

As pessoas reais e efetivas: essa pessoa que nos estimula a acreditarmos em nós, aquela outra que nos faz rir e é otimista, uma terceira que somente vê as nossas qualidades.

Comunidade, a vida mais perto. Não estou a pregar uma indiferença ou omissão diante do que se apresenta como mal inevitável. Nada disso.

Não poderia ser tirada uma conclusão mais diametralmente oposta aos meus princípios e trajetória de vida.

O que quero dizer e digo, é o seguinte: no meio a todas as adversidades, existe um espaço interno e próximo. Esse espaço é onde podemos refluir para encontrar forças para seguir adiante.

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