Parabéns, relator da CPI da Covid!

Grande é a tentação de expressar, por este meio, a alegria e admiração despertada pelo discurso do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, a respeito não apenas de quem ocupa a presidência da República sem ter qualquer condição para isto, como também no que se refere à imprescindível ação que deva decorrer da comprovação dos crimes fartamente noticiados pela mídia.

Intenção de matar, apologia da tortura, omissão de assistência à população em risco de vida. Isto bastaria para encaminhar um processo de julgamento por crimes contra a humanidade. Não pode haver omissão. O Brasil deve ser capaz de retornar ao quadro das nações civilizadas.

As palavras do relator da CPI ainda merecem o aplauso de quem está incumbido ou incumbida na preservação da vida. Vida não é apenas a manutenção da existência física, mas também a construção e conservação de condições para a plena realização da pessoa humana em comunidade.

Educação, ciência, cultura, consciência, arte, solidariedade, confiança mútua, são todas peças chaves na humanização. Sem isto, é o que o genocídio executa. Não apenas como política de estado, política de morte, mas também no dia a dia, na política cotidiana e doméstica, no cara a cara, cada vez que nos tornamos indiferentes aos efeitos deletérios do discurso do ódio, banalizado pelas mal chamadas redes sociais, verdadeiras potenciadoras da morte diária, em conta-gotas.

Parabéns, relator da CPI da Covid. O Legislativo federal pode refazer seus caminhos tortos, se agir com a contundência que a situação demanda.

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