Via Dr. Rosinha, compacto da edição do dia 2 de setembro do programa ‘Entre Aspas’, apresentado pela jornalista Mônica Valdvoguel na emissora Globonews, canal das Organizações Globo. A seguir, a transcrição de alguns trechos da participação do professor Pedro Serrano, da PUC-SP:
- “O que o PSDB pretendeu foi resolver no tapetão uma eleição que tem que se resolver na urna”.
- “Nada disso pode obstar a realização da soberania eleitoral no dia 3 de outubro, que é o que o PSDB pretendeu ao pedir a impugnação de Dilma”.
- “Tem que ser e está sendo investigado, ninguém melhor que a Polícia Federal e o Ministério Público para fazer isso. Uma coisa é apurar um crime, isso tem que ser feito e está sendo feito, outra coisa é querer fazer uma apuração no âmbito eleitoral sem que haja indício do envolvimento da estrutura eleitoral”.
- “Houve irregularidade, sim. Agora, transportá-la para o âmbito eleitoral para acusar Dilma é uma leviandade, e isso quem diz é o TSE.”
- “O problema é ficar um clima midiático como se tivesse presumindo como se a Dilma fosse culpada por tudo o que ocorre na máquina federal”.
- “É preciso tomar cuidado com certas ilações levianas que podem prejudicar o juízo da população nas eleições”.
- “É ilegítimo o discurso acusatório que procura mudar o resultado da urna”.
- “A ideia de você investigar é você proceder com racionalidade a apuração de algo que aconteceu no passado. Tem que ter uma certa racionalidade, ponderação. Não dá pra ir no ritmo da ansiedade eleitoral”.
- “Não houve aparelhamento maior do Estado brasileiro do que no regime militar, onde havia um Estado autoritário e voltado aos interesses dos ocupantes do poder exclusivamente. Mas depois disso avançamos em consolidar instituições”.
E eu complemento com a pérola do mês: Mônica Valdvoguel, advogada caloura (primeiro período, pelo visto): “Já que investigações não estão concluídas, não dá pra dizer que não há nenhuma relação”. É como diz a lei, nobre Valdvoguel: todo mundo é culpado até que se prove o contrário… heim?
Assistir à integra do programa (aproximadamente meia hora de duração) clicando aqui.
Jornalista, 38, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis clicando aqui). Atualmente é estudante de Psicologia. Acesse o currículo lattes clicando aqui. Acesse também pelo Facebook (fb.com/gustavo.barreto.rio) e Twitter (@gustavobarreto_).