Onde diz povo, ponha humanidade.
Pessoa, comunidade, país.
Se a ignorância é o instrumento por excelência da dominação, o estudo, o conhecimento, a consciência, a experiência, a prática, são, ao contrário, instrumentos de libertação.
Ser humano, humana, dá trabalho.
Não nascemos feitos nem feitas.
Vamos nos fazendo.
Esta construção é contínua. Não pára em momento algum.
Em algum momento temos que decidir se vamos ser quem somos, ou o que querem de nós.
Este ponto crucial se repete a cada dia.
E se não decidirmos ser quem somos, iremos nos afastando cada vez mais do nosso próprio ser.
O resultado deste alheamento, desta alienação, é o medo de nós mesmos/as, e o surgimento de um sentimento de ódio a todos e todas, a começar pela nossa própria pessoa.
A produção de pessoas alienadas é a base de sustentação da sociedade capitalista. A pessoa que se ignora, que não sabe nem quem é nem o que quer ou não quer, é manipulável.
Ela vai fazer o que lhe disserem para fazer. Vai querer o que lhe implantem para que queira. Vai ser uma pessoa para o outro, para a outra, não para sí.
A revolução é repor a pessoa ao seu lugar. Fazer com que saiba quem é e o que quer ou não quer.
Isto não é feito de fora para dentro. Nasce de crises internas e conduz à emergência do ser auténtico, mediante um trabalho contínuo de conscientização e presentificação.
Mergulhar na própria história de vida. Nos tornarmos donos e donas de nós mesmos/as.