“Um povo ignorante é instrumento cego da sua própria destruição” (Simón Bolívar)

Onde diz povo, ponha humanidade.

Pessoa, comunidade, país.

Se a ignorância é o instrumento por excelência da dominação, o estudo, o conhecimento, a consciência, a experiência, a prática, são, ao contrário, instrumentos de libertação.

Ser humano, humana, dá trabalho.

Não nascemos feitos nem feitas.

Vamos nos fazendo.

Esta construção é contínua. Não pára em momento algum.

Em algum momento temos que decidir se vamos ser quem somos, ou o que querem de nós.

Este ponto crucial se repete a cada dia.

E se não decidirmos ser quem somos, iremos nos afastando cada vez mais do nosso próprio ser.

O resultado deste alheamento, desta alienação, é o medo de nós mesmos/as, e o surgimento de um sentimento de ódio a todos e todas, a começar pela nossa própria pessoa.

A produção de pessoas alienadas é a base de sustentação da sociedade capitalista. A pessoa que se ignora, que não sabe nem quem é nem o que quer ou não quer, é manipulável.

Ela vai fazer o que lhe disserem para fazer. Vai querer o que lhe implantem para que queira. Vai ser uma pessoa para o outro, para a outra, não para sí.

A revolução é repor a pessoa ao seu lugar.  Fazer com que saiba quem é e o que quer ou não quer.

Isto não é feito de fora para dentro. Nasce de crises internas e conduz à emergência do ser auténtico, mediante um trabalho contínuo de conscientização e presentificação.

Mergulhar na própria história de vida. Nos tornarmos donos e donas de nós mesmos/as.

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