O Brasil vende para o exterior a imagem da “sustentabilidade”. Dentro de casa, destroi florestas e seus povos.
Todo o discurso vazio do “marketing ambiental” de nada adiantou na tentativa de parar Belo Monte e a mudança no Código Florestal. O legislativo deu isenção para desmatar cerca de 90% da Reserva Legal brasileira, cerca de 70 milhões de hectares. Exclui ainda as áreas de risco urbanas, que levaram a tragédias como a da Região Serrana e de Ilha Grande e Angra dos Reis, e considera “pequenas propriedades” terras de até 400 hectares, sem critério social! Entre outros retrocessos (leia quais são aqui e aqui). Grande legado!
De Erik Haagensen Gontijo no Facebook:
“O cacique Raoni chora ao saber que Dilma liberou o início das construções de Belo Monte, que inundará pelo menos 400.000 hectares de floresta, expulsando 40.000 indígenas e populações locais e destruindo o habitat precioso de inúmeras espécies – tudo isto para criar energia que poderia ser facilmente gerada com maiores investimentos em eficiência energética.”
Sonia Mariza Martuscelli completa:
“O pior sempre vem depois. Belo Monte é só a ponta do iceberg das hidrelétricas projetadas para toda a Amazônia, brasileira e estrangeira. Vejam-se essas outras usinas já engatilhadas para o rio Tapajós, inclusive, com alagamento de terras indígenas. Obras do PAC, jantando comunidades: http://tapajoslivre.org/site/?p=136
Isso é politica de limpeza étnica. Quem diria, nos inícios dos anos 80, que o PT protagonizaria o genocídio no pais…”
Em relação ao desastroso código florestal aprovado na Câmara, o líder do PT no Senado acenou para mudanças:
“A maneira como o texto foi votado na Câmara vai ensejar que internacionalmente haja questionamentos da posição do Brasil e até mesmo adoção de barreiras internacionais. Países deixarão de adquirir produtos brasileiros pelo fato de termos adotado medidas como estas” (leia aqui)
A ver.
Jornalista, 38, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis clicando aqui). Atualmente é estudante de Psicologia. Acesse o currículo lattes clicando aqui. Acesse também pelo Facebook (fb.com/gustavo.barreto.rio) e Twitter (@gustavobarreto_).