Revoluções neo-conservadoras

Por Isaac Bigio

LONDRES, 10/3/2005. Se Lenin desde 1917 alertava sobre uma onda de revoluções socialistas em todo o mundo, os neo-conservadores propõem hoje uma série de revoluções que liberalizem política e economicamente o planeta. Os bolcheviques diziam lutar por uma sociedade mundial sem classes e Estados. As revoluções que propuzeram eram muito violentas, partiam de baixo e fundamentavam-se em impulsionar a ‘luta de classes’ entre ‘proletários’ e ‘burgueses’.

Os ‘bushistas’ querem uma sociedade global dominada por sua classe e seu Estado. Acreditam que é a hora de libertar os poucos regimes protecionistas que restam, assim como seus antigos aliados autocráticos que apoiaram contra Moscou durante a guerra fria. As ‘revoluções’ que promovem tratam de ser ditadas por cima. A ideologia que os nutre baseia-se na luta do bem e da liberdade contra o mal e a tirania. Podem impulsionar muitas demonstrações populares, porém buscam evitar excessos. Preferem evitar a violência plebéia, mas sem utilizar intervenções estrangeiras.

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