Policiais envolvidos no desaparecimento de Amarildo são indiciados

amarildoO relatório do inquérito que apura o desaparecimento de Amarildo Souza Lima, ajudante de pedreiro e morador da Rocinha, foi entregue ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pedindo o indiciamento e a prisão preventiva de 10 policiais militares. Amarildo foi visto pela última vez no dia 14 de julho, ao ser levado por policiais militares para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha.

Entre os acusados está o major Edson Santos, ex-comandantes da UPP Rocinha. O pedido de prisão preventiva dos acusados foi baseado em denúncias de moradores da Rocinha que alegam ter sofrido tentativas de suborno, intimidação e coação durante a investigação.

Desde o desaparecimento de Amarildo, a Anistia Internacional tem se mobilizado para pressionar as autoridades estaduais a darem uma resposta sobre o caso. Foram lançadas duas ações urgentes convocando todas as seções da organização a atuarem sobre o caso – escrevendo cartas às autoridades locais e cobrando uma resposta sobre o que aconteceu com Amarildo -, além da realização de atos de apoio à família no Rio de Janeiro e a divulgação da campanha “Onde está o Amarildo?”, no Tumblr.

“O indiciamento dos policiais é um passo importante na luta contra a impunidade dos crimes cometidos por agentes do estado e uma vitória notável da mobilização da sociedade em torno deste caso. Devemos continuar mobilizados para que a morte do Amarildo e a luta de seus familiares por justiça não sejam esquecidas e que impulsionem o debate público por mudanças profundas no sistema de segurança pública no Brasil”, afirma Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.

A Anistia Internacional continuará acompanhando o caso, observando se os policiais indiciados serão afastados de suas funções, se os responsáveis serão levados à justiça e se as testemunhas do caso e os familiares de Amarildo terão sua segurança garantida.

Fonte: Anistia Internacional-Brasil

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