Eis que o semeador saiu a semear casamentos…
No primeiro lar, o relacionamento era seco e duro. O casal mal conversava, cada um tinha a sua própria vida, seus amigos, seu trabalho e seu lazer. Ambos haviam desistido de se envolver integralmente. Viviam em função de seus próprios interesses. Só nutriam egoísmo, teimosia, raiva, vingança, ressentimento e apatia. Nenhum sentimento positivo conseguia penetrar nessa relação.
No segundo lar, o casal jovem e apaixonado estava muito entusiasmado em constituir um novo lar. Porém, logo vieram os filhos, as noites mal-dormidas, as dificuldades financeiras, os desentendimentos, as crises… Como o relacionamento não tinha criado raízes fortes em valores éticos e espirituais, quando a paixão esfriou, o casamento se desfez.
No terceiro lar, o relacionamento começou e se desenvolvia de forma muito vistosa. O casal nutria temor a Deus e respeito ao próximo, boa comunicação, estabilidade financeira e relações sociais agradáveis. No entanto, o casal vivia ocupado com insaciáveis expectativas, intermináveis atividades profissionais e sociais, sempre correndo atrás de novos empreendimentos, fascinados com casas, carros, móveis, viagens, lazer e programas dos mais variados e sofisticados. A família foi sufocada pelo excesso de preocupações e sonhos.
Finalmente, no quarto lar, o casal firmou raízes profundas no respeito e amor a Deus e ao próximo. Dia a dia, o casal cultivava valores e ações que os amadureciam na autoestima e autonomia, os aproximavam das outras pessoas, de Deus e de tudo ao redor. Vez ou outra, quando surgiam inveja, orgulho, egoísmo, raiva, ressentimento e brigas, ainda predominava o amor: o substrato fértil do diálogo, da paciência, da paz, da bondade, da compaixão, do perdão, da fé, da esperança, da alegria pela verdade… Amor que sobrevive às pressões e aos sofrimentos tantos… (1 Co 13.4-7).
Amor utópico? Não, real e humano, desde que missão divina!
Eis que o semeador saiu a semear, e semeou o seu lar….
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
O amor no casamento (Uma paráfrase do texto bíblico: Mateus 13.1-23)
