
“Hoje, sou um dos únicos psiquiatras em uma área onde vivem cerca de 3 milhões de pessoas. Devido à guerra, a situação é trágica”, explica o doutor Satoo, psiquiatra e diretor administrativo do Centro de Saúde Mental Sarmada, apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no noroeste da Síria.
“Isso afeta tudo: dificuldades em encontrar emprego e más condições de vida. Ninguém está livre de algum tipo de problema psicológico. Não há números oficiais, mas estamos vendo cada vez mais casos extremos a cada mês”, acrescentou.
A escalada em curso dos conflitos na região continua a impactar fortemente os civis. Entre primeiro de maio e 18 de agosto, mais de 570 mil pessoas foram deslocadas. O acesso aos cuidados de saúde também foi severamente limitado.
Existem apenas dois psiquiatras para quase 4 milhões de pessoas, e apenas duas instalações têm capacidade para tratar pessoas que sofrem de condições graves de saúde mental por meio de atendimento hospitalar.
“Não há unidade de saúde, a não ser a nossa, para doenças mentais e psicológicas graves. Se isso não existisse, para onde iriam as famílias? Algumas pessoas são realmente um perigo para si mesmas, sua família e seus arredores. Vir aqui é geralmente o último recurso para situações terríveis”, acrescenta Satoo.
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Jornalista, 41, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.
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