Familiares são contra a difusão da história em um musical espanhol. O diretor afirma que atingirá mais os jovens dessa forma do que através de um livro ou de uma apresentação seca. Por Ana Rachel Dantas, editora de Artes Consciência.Net, de Amsterdã.
Com a estréia tendo ocorrido em 28 de fevereiro em Madrid, o musical The Diary of Anne Frank: A Song to Life (‘O Diário de Anne Frank: Uma Canção para a Vida’) promete mais do que contar uma tragédia em formato de ópera, afirma o diretor espanhol Rafael Avero.
A idéia surgiu há dez anos quando o diretor estava em Amsterdã a trabalho e visitou a Casa de Anne Frank, onde a garota se manteve escondida com a família na época do nazismo. Em entrevista à AFP News Agency, Rafael sentiu que poderia um dia trazer os sentimentos que a história e o lugar evocam para o público, mas de uma forma que ele poderia fazer facilmente, que é produzindo música.
O primo e parente mais velho de Anne Frank, Buddy Elias (82), é o diretor da Fundação Suiça Anne Frank e é totalmente contra o musical. A Fundação detém os direitos do diário, mas como a produção não é baseada nos escritos da garota, não há como mover uma ação legal contra Rafael Avero.
O pai de Anne Frank, Otto Franck, sempre foi contra qualquer produção artística baseada no diário da filha e lutou contra isso até sua morte, em 1980. A Fundação Anne Frank, que dirige a casa em Amsterdã, apoiou os desejos do pai sempre sendo cuidadosos com produções sobre Anne Frank.
De qualquer maneira, passado o ceticismo inicial, a Fundação suporta Rafael Avero. Em entrevista à Spiegel Online, Jan Erik Dubbelman, diretor internacional da Fundação, afirma que está convencido da qualidade do trabalho e dos altos padrões de Rafael.
Rafael Avero diz ainda que essa é uma forma efetiva de propagar aos jovens, principalmente os da América Latina, a história de Anne Frank e, conseqüentemente, a do Holocausto.
Sobre Anne Frank
Anne Frank começou a escrever no seu aniversário de 13 anos em 1942. A partir de suas descrições, se pôde acompanhar a fuga da família e como viveram escondidos até 1944, quando foram delatados, presos e levados para o campo de concentração Bergen-Belsen. Anne Frank faleceu de tifo em 1945. Desde então seu livro foi traduzido para mais de 70 línguas, sendo considerado um dos maiores testemunhos contra o holocausto.
Serviço: Casa Anne Frank
Preço: Normal – 7.50 EUR; Estudante – 3.50 EUR; Crianças – 3.50 EUR; Para crianças com menos de 9 anos a entrada é gratuita.
Horário de funcionamento:
15 de setembro ate 14 de março: 9-19h
15 de marco ate 14 de Setembro: 9 -21h
Exceções: 1 de janeiro, 4 de maio, 25 e 31 de dezembro
Contato:
Prinsengracht 267
1016 GV Amsterdã, Holanda
Telefone: 0031-20-55671-05
Fax: 0031-20-62079-99
Site: http://www.annefrank.org
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